CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Localização: LISBOA, Portugal

Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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segunda-feira, março 24, 2008


Não sabia se o sol ficaria pela tarde do outro dia
De manhã acordara e havia sol
Ao fundo o Mar e a vontade de ficar a ver ao longe
A vontade de sair para o dia


Não sabia se o sol vinha para ficar
Abria-se uma janela para o céu
Mas naquele dia não iria voar
A janela era alta e teria vertigens


Elas chamá-lo-iam à razão
E ele teria medo ( das vertigens)
Sentiria um buraco no peito
E como que um choque a subir-lhe o corpo todo até ao cimo


Olhou pela janela
Ao fundo o mar
Ao cimo a janela do céu
De repente a memória abriu-se no olhar
E a voz precipitou-se no Mar......
Era o sol que entrara pela janela da alma.


-
ACCB

( sábado 22)

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quarta-feira, dezembro 12, 2007


O Antes e o Agora


Antes eras alegre
No sorriso havia a imagem da paixão
Os teus olhos brilhavam
Pela lembrança da imagem


Antes, tudo era certeza
Na alegria a vontade de viver
Antes não havia nem ontem nem amanhã
Tudo era hoje


Agora caíste na serenidade
no amorfo da falta da imagem
da lembrança
Na ausência da lembrança
que te trazia a Vida

Vives?


ACCB

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terça-feira, outubro 16, 2007

( Óleo de Maria de São Pedro - Blog Lua de Lobos -linKado ao lado)


Aguarela

Risco ....
Risco de dedo ao de leve nas tuas costas...
Como um sentir os teus poros na ponta dos meus dedos
Ou a marca do teu corpo nas minhas impressões digitais....

Cor .....
Vermelho da tua lingua na minha perna...
Branco de frio dos teus dedos na minha anca...
Azul de olhos que se fecham ao beijo da tua boca....

Forma ....
De corpos que de súbito se fundem...
Aguarela de luz que se torna confusão de reflexos de sol nos teus olhos..
Ou som de Voz nos meus cabelos...

Assinatura ...
O Amor assinou.
_____________________


ACCB

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domingo, outubro 07, 2007


"Agora aquelas duas cadeiras hoje estão vazias"

....

Eram duas cadeiras com mar ao fundo
Como horizonte de sonhos que não terminam mais
Duas cadeiras que um dia se sentaram frente a frente
Tinham nos olhos a vontade de acreditar


Hoje estão vazias
Ninguém com sonhos nos olhos
se senta nelas
Não podem sentar-se nelas
Alguém lhes destruiu os olhos
Quem sabe os sonhos


Tinham por horizonte o infinito
Roubaram-lhes o infinito
Tinham por lema que o nunca, nunca existiria


Eram duas cadeiras com mãos abertas à verdade
Com palavras sagradas
palavras autênticas, ....


Agora , aquelas duas cadeiras estão hoje vazias...
O mar já não as olha
E o horizonte mudou-se para muito longe
As palavras continuam sagradas
Mas elas já não sabem isso.


ACCB

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sexta-feira, setembro 14, 2007


A memória não se fecha

Alastra-me a alma constantemente

Bem queria bater a porta

Voltar o rosto

Seguir em frente

Trancafiar a memória

Fazê-la sofrer de Alzheimer

( Deus tenha piedade de mim!)


Mas a memória não se fecha

E abre-se

Espraia-se

Inunda-me os olhos

Os pensamentos

O acordar da manhã

O ultimo pensamento da noite

..........

A memória ...É lixada!

.

ACCB

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sexta-feira, julho 20, 2007

Brincadeir(inh)a de miúda

( Duo Gary Benfield)

*


Deixa-me rir ,
brincar
como miúda
com o teu olhar perdido.
Deixa-me fingir
não querer fazer amor...
ficar desnuda...
.
Deixa-me
dizer coisas
sem nexo,
sem sentido,
que não oiço.
Enquanto sinto,
vindo de ti,
o teu calor.
.
Deixa-me
ser louca
desvairada
num momento.
Logo a seguir
apaixonada,
enquanto invento
outra razão,
outra forma,
outra cama,
onde é contigo
que eu me envolvo
e que me deito.
.
Deixa-me ser louca,
desvairada.
Fingir que beijo
e que não beijo
e, sentir
a minha boca
singrando
levemente
no teu peito.
.
Por capricho
fingir
que não quero
e que te quero,
fazendo um laço
e morrer
neste desejo
de me apertar
no teu abraço.
.
Deixa-me olhar-te
num sorriso
de menina
enquanto
numa lágrima
te beijo
e deixo
e te puxo
e te envolvo
e te desejo.
.
Deixa-me
contradizer
o que não digo.
Neste ficar
que parece
ausente
e, contudo,
quando me dou
é tudo antes
é depois
e é presente.
.
Deixa-me ser
fugidia
e permanecer
e renascer
a cada instante
neste querer
e não querer
de mulher
de miúda
de amante!

.
ACCB

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sexta-feira, junho 15, 2007

A Saudade Morreu

Encontrei-a morta
dentro
de um livro de poesia
caído na praia.

Já tinha dado pela morte dela
quando a encontrara
em agonia
entre umas cartas que juntas
tentavam reanimá-la.


Mas, a saudade morreu.
Já não conseguia
inalar o aroma inconfundível
do amor
Já não conhecia o olhar da Paixão,
Nem a Voz da ternura,
Nem a chama da cumplicidade.

A saudade morreu
De desgosto
Ainda tentou sobreviver junto ao mar
Procurar nas tardes de sol
com cheiro a maresia
o ultimo fio de Vida


Mas nem o Pôr -do -sol
Conseguiu reanimá-la
Morreu diluída em lágrimas
E, quando as lágrimas secaram
E se evaporaram no frio
Cristalino da manhã
à beira -mar
......
A saudade tinha morrido.
-
ACCB

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quinta-feira, junho 07, 2007

Simples

O Mote que me deram foi- "Mentira"
Eu , chamei-lhe "Simples"
Podia ser "Naif"
Mas, podia chamar-lhe "Sonho"
-
QUEREM DAR-LHE EM VEZ DE MOTE, OUTRO TITULO?
-



Um dia
Abriste os braços e eu sorri
Não queria encontrar-me com o teu peito
A tua Voz sussurrou loucuras
Eu sorri
Não queria acordar do meu sono

Estendeste as tuas mãos e
eu sorri
Não queria encontrar os teus gestos.
.
Um dia olhaste-me os olhos
e eu fugi
Tive medo do meu Olhar.
.
Depois, abriste-me a alma e
eu pensei
Que a minha alma tinha um espelho
A tua Voz falou-de de ti
E eu senti que te via inteiro.
.
Um dia
Abriste-me os braços
e eu fiquei
A tua Voz sussurrou loucuras e eu verdades
As tuas mãos procuraram as minhas
E eu dei
.
Um dia, tu olhaste o céu
E eu olhei-te os olhos
E tu partiste
E eu fiquei
...,...,...
e acordei.
-
*ACCB*

Mote dado: - "Mentira"


*

Alimenta tus sueños, me decían...

Y yo lo creí, inocentemente.

Olvidé que los sueños

viven en un mundo diferente

intangible y silente..

Y alimente mis sueños,

poblándolos de imágenes deseadas por mi mente

con amaneceres eternos y seres sin sombra...

que comparten en graciael placer de la gloria..

Un día , enancada en una brisa fría,

la realidad me dijo simplemente:

Despierta, aqui estoy yo...soy diferente ....
-



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domingo, maio 13, 2007

(Foto de Susane)

Não me Morras.

Não me morras

sem que te ame da forma a que tens direito.
Não me morras

sem respirares os meus sussuros
sem partilhares comigo
o teu leito

Não me morras

Não te vás
sem que os meus lábios te digam do meu ser
E os meus dedos te falem do teu sentir.

Não partas

Sem viver através de mim
O que nunca te disseram
E nunca soubeste ouvir.

Há no Sol
Na névoa
Na luz da manhã
Um pôr do Sol
Que é uma promessa de amanhã

Não me morras Amor
que não mereço.

Aqui

( inspirado na foto do Blog Poesia Portuguesa - aqui)


ACCB

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quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Escrever com L




É em Lisboa que a Lua se demora no meu olhar...

No Luar há um reflexo Laranja...

O rio Lá em baixo está verde de esperança...

Tiro a Luva para lhe sentir a cor

Ris baixinho como um Louco

E sussurras- Meu Amor...

.

A Lua demora-se nas colinas...

Um rio corre Lento ao som do Luar...

Há um sabor a Laranja no teu beijo

e desliza a minha Luva em teu cabelo...

Sorri amor...

É Louco o tempo de esperar.

-

ACCB- 11.1.07

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007



Mote : -

" Estranha Coisa Esta em forma de Assim"

Estranha coisa esta em forma de assim
Que me enleia e perturba, me chama
e me invade, me impele para ti.

Estranha coisa esta em forma de vento,
De tudo e de nada, de ontem e de hoje,
de agora e de Tempo.
.............................................................

Estranha coisa esta em forma de assim
Que no mar me procura e encontra em ti.
Que descalça a sinto, a cheiro e a vejo.
Que me leva e enleia em forma de beijo.

Estranha coisa esta em forma de mim
De saudade e de pranto,
de dor ou encanto, de tudo e de tanto,
de ti e de mim.............................

Estranha coisa esta em forma de mar
que quando não tenho,
Que quando não estás, te vai procurar.
............................................................................

Estranha coisa esta em brilho de Olhar
Em asa de sonho, em maré, em rochedo...
Em Voz meio perdida em choros e medo.
E, ausente, te traz tão preso a mim...

Estranha coisa esta em forma de nós
No vento , no sal, no Olhar e na Voz.
Por Tudo e por Nada
Por Pouco e por Tanto
Por mim e por ti
...........................................
Estranha coisa esta em forma de assim.....................
.

ACCB . 27.1

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terça-feira, janeiro 02, 2007

O Poeta distraído



"-Quero um poema." - Pediu-lhe como um menino mimado.
" - Agora quero um poema." - como quem pede um beijo ao adormecer

Mas ela não tinha um poema para lhe dar. Escrevera-lhe um havia poucas horas. Deixara-lhe as marcas na pele.
Deixara-lhe as exclamações entre os lábios.
Deixara-lhe as reticências, as metáforas e as ilusões entre os cabelos.

Sim, que isto dos poemas tem um tempo, um ritmo próprio; um cheiro e uma luminosidade que nem sempre existem ou coexistem...

" -Quero um poema!." disse ele.
" -Escrevi-te um. - disse ela - Não o vês tatuado na pele? Não o ouves sussurrar ainda?

Ai poeta sem dono...
Não conheces os poemas que tu próprio escreves!

28.10.06
.
ACCB

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domingo, julho 09, 2006

Ao Vinicius numa quarta feira - 9.7.80/9.7.06





Ao Vinicius de Morais


Porque hoje não é Sábado, há um Sol de semana de trabalho.
Não há um homem louco de ciúme,
Nem o funeral de um político.

Porque hoje é Quarta feira,
Há apenas uma saudade enorme que fica
E se espraia na pena de te perdermos.

Hoje é quarta -feira.
Há um samba de várias notas no vento que sopra lá fora.

Há um segredo que fica na poesia que deixaste
Uma criança sorrindo ao mendigo que pede esmola,
Porque hoje é quarta feira.

Há um Brasil do lado de lá
E, um Homem, um poeta do lado de cá;
Há uma mulher que ama um Homem
E continuam a existir crianças que não comem;

Há uma pena funda de te ter perdido,
E uma música suave que pouco a pouco vai tomando sentido.

Há um segredo de presença no vento que passa
E um sambinha de dor em ar de chalaça;

Hoje não é Sábado....


E tu morreste a uma quarta Feira...
Tudo se acabou numa Quarta feira.... (?)
Não.
Tu ficas, permaneces....
Os poetas não morrem,
nem sequer às quartas feiras...

E como poderias fazê-lo se hoje... Hoje ... não é Sábado?!

ACCB em 9.7.1980 copyright

Dia 9.7.1980


Quando morre um poeta,
O dia chora uma lágrima
cristalina e transparente
de uma dor mista de saudade...


Há uma tristeza, um vazio, uma lacuna,
Porque a Vida perdeu
mais uma pétala nas flores
do seu jardim...


Quando morre um poeta
a alma grita desventrada
A perda de um filho que criou...


E o dia desfalece entristecido
No horizonte azulado,
Como nos dias da criação do Mundo......



Quando morre um poeta
Há um grito de dor
na oração que o vento canta
Nos vidros cheios de poente
em cada janela de poesia.....


ACCB na mesma data - a da morte do poeta -

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segunda-feira, junho 26, 2006

Recordações

Foto 25.6.06 - José Colaço - http://colacojose.blogspot.com/

Fico suspensa no sonho...
nada em redor existe
para além do teu olhar.
.
Não é azul mas é etéreo...
Não é liquido
Mas cheira a mar.
.
Há uma neblina de sentidos
Um toque leve
que se desenha no ar
.
Pareço ter vontade de existir
ali,...contigo
mas o que sinto
é apenas vontade de sonhar.
.
ACCB-
CleopatraMoon

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segunda-feira, junho 19, 2006

Saudade

(ACCB - Tunisia - Sidibusaid )

Não tenho nada para te dar
................................Porque o nada é tão profundo
que nunca sairá à superficie
A ferida é tão doída
................................que o mais leve toque dói
Não tenho nada para te dar
Nada à tua espera
.................................nem flores à espera de que chegues
........................................................................para florirem
................................nem frutos verdes à espera de que chegues
........................................................................para "amadurarem"
Não tenho nada para te dar
porque tudo o que tenho
........................................................................sou eu .
.
( 1989 )

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sexta-feira, junho 09, 2006

Fazer amor












.
Tantas vezes que nos beijamos
numa simples palavra
e nos desejamos a uma simples virgula.
Tantas vezes que os meus lábios tocaram os teus
entre duas letras
e os meus dedos percorrem teu corpo
numa frase.
Tantas vezes que me envolves num parágrafo
e depois me acaricias como a uma criança
numa sílaba.
Fazemos amor ao escrever
o amor mais puro de quatro letras
Beijamo-nos em cada sílaba da palavra Beijo
e olhamo-nos nos olhos mais puros
das palavras que inventamos
(1989 )

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sábado, maio 13, 2006

Em Tom de fado


.

É no sonho que me perco
Na saudade de te ter
No inferno de te não ver
na lembrança de seres meu
.
Que me fizeste amor
Deixaste-me no coração
Uma dor
um sofrimento
um querer e não querer
um amar-te uma paixão
.
Esta ferida que me abriste
O tempo pode fechar
Mas não sei se a cicatriz
é de dor ou de te amar
.
Nem sei se quero curar
Esta dor que me atormenta
Passe o tempo que passar
A paixão dói e aumenta
.
Foi tudo por um ciúme
Uma palavra infeliz
tanto tempo para ser tua
valeu a pena
o que quis?
.
Vem mas não voltes amor
Deixa-me ficar meio perdida
Em jeito de desamor
Em jeito de já esquecida
.
Se voltarmos a sentir
Em uníssono, este fado
Atormentar os sentidos
Queimar a alma dorida
.
Voltaremos como antes
Em desespero e pecado
Ao beijo sempre já dado
À paixão nunca esquecida
A consumir a ternura
A abrir mais uma ferida
A respirar a loucura
A viver a nossa Vida.
.
.
......
Fado perdido por aí

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quinta-feira, abril 20, 2006

Mote Lançado pela Morgana


.



Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água ao amanhecer
sabe a cal molhada
sabe a luz mordida
sabe a brisa nua
ao sangue dos rios
sabe a rosa louca ao cair da noite
sabe a pedra amarga
sabe à minha boca
.
( Eugénio de Andrade)
.

sabe a dor profunda
a doce lamento
sabe a querer mais
e não ter o Tempo
.
Sabe amargo doce de tanto querer
E a frio inverno
De te não poder ter
.
Sabe a saudade funda
a manhã submersa
no fundo dos olhos...
na boca,.. na pressa.
.
Sabe-me a ti e a mim
sabe-me só a nós
sabe a nada e a tudo
sabe à tua Voz.
.
18/4/06
.
ACCB copyright

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segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Concerto para piano a duas mãos


Concerto para piano a duas mãos

.
Há um vitral de luz no meu olhar
Um reflexo de voz quente e doce ...
Ao longe o rio percorre um destino sem limite ou definição
E, na neblina transparente que o envolve
Desenha-se um beijo , um gesto ou um desejo

Não há tempo no tempo que passa
E a tarde avança de mãos dadas com o dia
Como se não existisse noite

Como se houvesse fogo no meu cabelo
Ou um desejo louco de te beijar....
Como se a neblina se deixasse apenas existir ao longe sobre o rio...

E, subitamente como o bater de asas de uma gaivota que passa,
Como se na voz não houvesse som ou no olhar calor,
A tarde abandona o dia, sem tempo para a neblina ou o rio. ....


PTT

.
---13.2.04

.
A neblina forte e densa beijando o rio
A voz e o olhar vidrados no horizonte,
Porém, sem vislumbrar o infinito,
Como ambos desejam
A palavra é fácil e fluente
A Voz aquece e o Olhar brilha
Com uma intensidade arrepiante
As mãos acariciam-se
Sentem a torrente sanguínea
a percorrer vertiginosamente todos os vasos
E os lábios abraçam-se de forma
sentida e sensível como se de uma
primeira vez se tratasse.
PG
......

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segunda-feira, fevereiro 06, 2006

( Personagem de um Livro)



















Acendeste um cigarro.
semicerraste os olhos floridos de Outono
e aspiraste lentamente uma fumaça
longa e pensativa...

Falaste dela, de Ela
a personagem do teu livro
e silenciaste a tua voz
partindo para sítios longínquos
e tão próximos de nós
ficaste perdido nos pensamentos...

Talvez a beijasses...
Talvez fizesses amor com ela
Talvez apenas a continuasses
a amar em silêncio...
- Importas-te? - perguntaste
- Não. - respondi.

Outubro de 1990

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