CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Concerto para piano a duas mãos


Concerto para piano a duas mãos

.
Há um vitral de luz no meu olhar
Um reflexo de voz quente e doce ...
Ao longe o rio percorre um destino sem limite ou definição
E, na neblina transparente que o envolve
Desenha-se um beijo , um gesto ou um desejo

Não há tempo no tempo que passa
E a tarde avança de mãos dadas com o dia
Como se não existisse noite

Como se houvesse fogo no meu cabelo
Ou um desejo louco de te beijar....
Como se a neblina se deixasse apenas existir ao longe sobre o rio...

E, subitamente como o bater de asas de uma gaivota que passa,
Como se na voz não houvesse som ou no olhar calor,
A tarde abandona o dia, sem tempo para a neblina ou o rio. ....


PTT

.
---13.2.04

.
A neblina forte e densa beijando o rio
A voz e o olhar vidrados no horizonte,
Porém, sem vislumbrar o infinito,
Como ambos desejam
A palavra é fácil e fluente
A Voz aquece e o Olhar brilha
Com uma intensidade arrepiante
As mãos acariciam-se
Sentem a torrente sanguínea
a percorrer vertiginosamente todos os vasos
E os lábios abraçam-se de forma
sentida e sensível como se de uma
primeira vez se tratasse.
PG
......

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25 Comentários:

Blogger DarkMorgana disse...

Poesia à desgarrada? Não!
Paixão à desgarrda!

É pena esta postagem não ter música...
Quase se consegue ouvir o Nocturno Opus 9 nº 2 de Chopin...

13 fevereiro, 2006  
Blogger DarkMorgana disse...

Poesia à desgarrada? Ou Paixão à desgarrada? Muito bonito...

Ao ler, quase se consegue ouvir o Nocturno Opus 9 nº2 de Chopin...

13 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Podia muito bem ser essa a música...

Também concordo.

14 fevereiro, 2006  
Blogger DarkMorgana disse...

Errata: onde se lê "nº 2", leia-se segundo andamento...

14 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Os andamentos do Chopin, independentemente de serem o 1º o 2º ou sei lá... são sempre... Um MUST!

Uns mais lentos outros menos... mas Sempre CHOPIN!

Realmente continuo a achar que Chopin fica muito bem aqui...

Mas também podia ser uma guitarra portuguesa.....Ou não podia?!...

14 fevereiro, 2006  
Blogger Jorge Moreira disse...

Que Maravilha,
Senti todas as nuances que os poemas transmitiram!
Beijinhos e feliz dia...

14 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Não...

Lusitana paixão...
Não, não ficava mal..
Mas é um concerto para piano...a duas mãos....

Mas...

Ok Alguém sugere outro titulo???

16 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Apesar da palavra dominante ser “neblina” eu daria o nome de “Fernão Capelo Gaivota”.

16 fevereiro, 2006  
Blogger Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! disse...

Atraiu-me o teu nome, e ainda bem que te visitei atravez do blog do João. Fiquei com mais um cantinho para visitar à noite.
A minha noite é tão longa, seria perfeito se puzesses mesmo Chopin, para se disfrutar cada palavra do que escreves ao som do piano.
Hoje estou bem humorada, vim do blog do João assim, apetece-me dizer escreves tão bem...Quem escreve assim não é gaga.
Gostei mesmo de te
ler. Aprecio imenso a cultura egipsia, conta-nos mais coisas. Haverá por aí um Ramsés II? lol
Um abraço

17 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Para O Gonçalo:
O Nome é interessante, ou o titulo.
Fernão Capelo Gaivota é um hino à Liberdade... à vontade de inovar...
Podia ser....
Mas aqui não há grande liberdade ao que parece...
Quem escreveu este concerto a duas mãos deve sentir-se livre, deve voar, deve inovar mas está preso... sem espaço..no bom sentido é claro... mas ....mas.... mas...

Mas gostei...gostei pela inovação.



Para a noite estrelada:

Este nick vem apenas do fascínio que sinto pela civilização egípcia e pelo mistério que ela representa,...

Pela magia que há nela, pela criatividade e pela simbologia que encerra.

De qualquer forma vem também do fascínio que sei que a personagem histórica Cleopatra exerceu no seu tempo, a sua determinação, a sua vontade, a sua beleza.......

Embora a sua verdadeira história não tenha tido só fascínio honra e glória.

Um dia trago aqui a história de verdadeira Cleopatra.

18 fevereiro, 2006  
Blogger Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! disse...

Cleopatra, Tenho algo para te contar, mas não aqui...maoliveira50@hotmail.com
um abraço

18 fevereiro, 2006  
Blogger DarkMorgana disse...

Outro título?
...Alquimia dos sentidos...
...Feitiço do rio...

18 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Cara Cleópatra,
É o drama e a grandeza da poesia….
À liberdade do Autor associa-se a liberdade do leitor…
O que por vezes desloca completamente o ênfase do poema, na intenção do Autor.
Confesso-lhe, porém, que interpretei de forma diversa o primeiro e o segundo poema, tendo comentado o primeiro.
Do segundo, para me lembrar do Fernão Capelo Gaivota só “retirei” o “vertiginosamente”.

18 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Gonçalo, diga-me então que interpretação deu ao primeiro...

E já agora acha-os saídos de géneros femininos ou masculinos.... Ou ... que acha mais??

Gosto das suas análises.
Completam sempre as ideias... pela inovação, marcam pela diferença e pela profundida...

18 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Morgana...

Alquimia..

O rio feiticeiro...ou enfeitiçado....

Não.. feiticeiro... também ficava bem...

18 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Não lhe vou responder explicitamente, porque a poesia tem pouco “disso”, mas deixo as frases (ou parte delas) que marcaram a minha interpretação e a escolha do “título”:
“Há um vitral de luz no meu olhar
Ao longe o rio percorre um destino sem limite ou definição
Não há tempo no tempo que passa
como o bater de asas de uma gaivota que passa,
Como se na voz não houvesse som ou no olhar calor”.

18 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

A outra parte deixei para depois, pois é provocatória…
Há tantos poetas, como tantas poetas, que admiro e que conseguem expressar os seus sentimentos de forma sublime.
Não os identifico, aprecio-os…

18 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Tem razão há poetas e poetisas..

Mas a poesia tem sempre um toque feminino ou masculino...
Não acha?

Os temas podem ser iguais... a forma de os trabalhar é ligeiramente diferente..

Porque é diferente a forma de os sentir..... embora se possa sentir o mesmo....
Deixe lá.
É da hora tardia!

19 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Não creio que o sexo dos poetas ou, mais correctamente, dos poemas seja relevante.
Não há poetas no masculino e no feminino. Não há poetisas no feminino e no masculino.
Existem diferenças? Sem dúvida!
Na forma de encarar a vida, existirão (existem) diferenças, mas é tão só isso.
No que diz respeito à sensibilidade apenas existem formas diversas de manifestação.
Choramos à primeira ou à segunda, mas choramos todos…
Assumidamente ou às escondidas…
Eu, pelo menos, choro algumas vezes…

19 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Não fique à espera, pois a provocação já cá está.
E não era só uma… Eram duas (mais opiniões do que provocações… É verdade).
A Cleópatra de forma notável reagiu a ambas.
A das poesias assexuadas, como resposta.
A linguística, corrigindo-me de forma subtil.
Quanto à questão do sexo dos e das poetas, estou convencido (e eventualmente enganado) que é mais relevante o sexo do leitor do que o do escritor.
Reconheço que a sensibilidade do escritor está sempre presente, mas porque a poesia apela aos sentimentos e à sensibilidade, os poemas são lidos tendencialmente de forma diferente por um homem e por uma mulher, como são lidos de forma muito diversa entre homens e entre mulheres.
Quanto à linguística, é uma guerra antiga que tenho com a língua portuguesa que faz questão de distinguir o que não precisa de ser distinguido.
São inúmeros os casos em que a existência do feminino e do masculino é inócua.
Poeta é poeta, juiz é juiz, advogado é advogado e por aí fora…
Em português é que a igualdade se faz com a diferenciação…
É uma matéria em que sou “partidário” de Alcains… Devia ser a/o poete, a/o juíze e a/o advogade.
O que importa é a qualidade ou função que é exercida e não o sexo de quem a exerce…

19 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Gonçale, nãe respondeu à minhe pergunte!
Boles!

E eu que queria testar a sua sensibilidade para defenir o sexo dos poetas e poetisas ou poetes como lhes queira chamar.
Fiquei frustrada desta vez!!

19 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Mas é claro que foi um “poete”…
Porém, porque de teste se trata, aqui vai o meu palpite: trata-se de uma poetisa.
Será?

19 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Eu sinceramente não sei...
Apanhei isto por aí e achei bonito. Postei...

Mas olhe que no primeiro falasse de "fogo nos meus cabelos"...

Poetisa?

E no segundo falasse de torrente sanguínea etc etc..

Poeta?

Só me confunde o abraço dos lábios "como se da primeira vez se tratasse"...

Se for poeta é super sensível..

SE for poetisa... é poetisa e pronto!

19 fevereiro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Devia ficar calado, pois o que se segue nega a minha tese.
Porém, não resisto a comentar.
Não imagino um homem escrever isto:
“Há um vitral de luz no meu olhar
Um reflexo de voz quente e doce ...
Ao longe o rio percorre um destino sem limite ou definição
E, na neblina transparente que o envolve
Desenha-se um beijo , um gesto ou um desejo”
Não é por nada, mas o uso das palavras é (julgo) revelador de uma sensibilidade feminina.
Relativamente ao segundo poema, tenho as maiores dúvidas.
Mas se de sondagem se tratasse votava no feminino.
“Sentem a torrente sanguínea
a percorrer vertiginosamente todos os vasos
E os lábios abraçam-se de forma
sentida e sensível como se de uma
primeira vez se tratasse.”

20 fevereiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Lusitana Paixão...voc~e está mesmo apaixonado não é?
Ou será que está ..."vidrado" ??

Sabe a diferença???

isto só porque tem a certeza absoluta do sexo do autor do segunto texto!!!

OK...

Pode ser ..

Eu sinceramente estou como o Gonçalo... Não sei...

Você sabe???

21 fevereiro, 2006  

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