CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

A minha foto
Nome:
Localização: LISBOA, Portugal

Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

online

segunda-feira, outubro 30, 2006

Ainda silêncios (que me preocupam)

( Foto de Emanuel Valentim )
-
*
"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos,
dos corruptos,
dos desonestos,
dos sem-caráter,
dos sem-ética.
.........................
O que mais preocupa é o silêncio dos bons "
*
Martin Luther King.

domingo, outubro 29, 2006




E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos

ouço a música das tuas.
.
Eugénio de Andrade

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sábado, outubro 28, 2006

( Monsaraz )
-

.
Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.
É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.
Tu és melhor -
- muito melhor!-
- Do que tu.
Não digas nada.
Sê Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.
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Mário Cesariny

quinta-feira, outubro 26, 2006

Discurso - ( 40 anos de ) 2006-10-25

*
"Para que o saneamento efectivo dos nossos tribunais tenha sucesso.
Para que os direitos dos cidadãos sejam definidos em tempo útil como o impõem as Convenções internacionais dos direitos humanos.
E para que ninguém se sinta, afinal, filho de um deus menor."
Luís António Noronha Nascimento
Juiz Conselheiro
Presidente do Supremo

O Primeiro Moicano


o primeiro moicano
http://oprimeiromoicano.blogspot.com/

.
-Há vários estilos de escrita.
Mas muito raros são os que escrevem com a alma.
Não posso deixar de expressar aqui, o meu sincero obrigada pelo prazer que tenho em ler aquele de quem apenas sei que se intitula " O Primeiro Moicano".
Ler é um enorme prazer.
Uma experiência gratificante e única.
Mas ler a alma de alguém e o que essa alma tem a capacidade de criar e oferecer, é uma experiência inesquecível.
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Só posso deixar uma pergunta:
Como nos podem privar assim de uma partilha tão enriquecedora?
E se eu pudesse pedia-lhe:
Escreva. Continue a escrever.
Escreva pelo amor de Deus.
.
ACCB

quarta-feira, outubro 25, 2006

Sabem de quem é?


Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar

Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
*

terça-feira, outubro 24, 2006

Os teus Cabelos

( AVISO: desconheço o personagem da foto. Escolhi pel silhueta em contra luz, apenas. Estava na NET!! )

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Entrelaço os meus dedos nos teus cabelos....
deixo que o branco que neles existe
Me submeta.
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Nada em ti é alegre ou triste.
Tudo é doce,
tudo me envolve,
tudo me enternece.
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Do toque suave que desse gesto emana,
Nasce-me o desejo de te desnudar.
Estivera eu a sós contigo
num leito de lençóis, como uma cama
E, conjugaria sem medo
O verbo Amar.
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Não sei que seda
envolve os meus dedos nos teus cabelos,
.
Que loucura,
Que ternura,
Que querer ficar...
.
Sei que estremeço de desejo
de te possuir num beijo
na procura do teu ser
pelos teus cabelos com raios de luar.
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5.2.05 (23h00)
.
ACCB copyright

domingo, outubro 22, 2006

*
****


Grandes * Portugueses
-
.
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*********
Há muito Português que, apesar de (fisicamente) morto,
-
ainda incomoda muita gente.
Porque será?

Etiquetas:

sábado, outubro 21, 2006

É que eu sou mesmo uma miúda ---------------------------mal comportada.

*
********
Eu queria fazer um post diferente.
Juro que queria.
Queria dizer-vos que não ando distraída.
Que não me "enfronhei nos processos " e deixei de olhar o mundo lá fora.
Aliás, quem me conhece, sabe bem que não é meu feitio "enfronhar-me" em nada e , muito menos, em processos.
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Mas a informação é tanta! Se de um lado chove do outro faz vento e, por vezes, apetece-me deixar cair os braços e deixar andar.
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Se me manifesto, tenho a mania que sou jornalista e toca de me criticarem porque não faço notícia nem tenho direito a fazê-la; se não me manifesto, ando ao lado, ou de fora, o que é pior.
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E penso: - Quero lá saber!
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Quero lá saber que o PGR tenha dado uma entrevista de camisa cor de rosa, de mangas arregaçadas, com aroma a fim de semana ou a jovem em crise de meia idade.
Quero lá saber que o pessoal lá da terra venha todo a correr a falar do Sr DR. , e de que ele até é uma boa pessoa.Pois porque é que não havia de ser?
Quero lá saber se é ou não Maçon... (Aliás, aqui para nós, ainda não consegui perceber muito bem o tabu que existe à volta da maçonaria);
Quero lá saber que a assessoria de imagem do PGR tenha gostos tipo, imprensa cor de rosa.
Quero lá saber que o PGR não tenha conseguido o Vice que queria! Eu nem sou do MP!
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Quero lá saber que o ignorante do Presidente dos Estados Unidos, que devia ser eleito por todo o planeta porque se mete em tudo o que diz respeito a todos, ( já pensei em votar também como cidadã obrigada a aturar os desmandos do senhor) quero lá saber dizia eu, que a prisão de Guantánamo em Cuba, Terra de Fidel ou lá de quem é, seja quase que legalizada num golpe legislativo, que até arrepia, e se torne em território de ninguém, ou melhor, em território de Bush, e se justifiquem todos os actos daquele idiota, como se tivesse uma legitimidade divina.
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Quero lá saber que os Direitos Humanos só sejam defendidos no papel?
Quero lá saber que a Magna Carta - Magna Carta Libertatum - impeça o exercício do poder absoluto, da arbitrariedade, do abuso do poder, implique a sujeição de todo o poder à Lei, se é o Poder que faz a lei?.
Quero lá saber!!...
Só se um dia me imaginarem terrorista e me interrogarem da tal forma DURA de que fala o tal diploma, de que nem quero saber, mas que me incomoda de forma tão absurda que chego a querer saber.
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Quero lá saber que a reforma penal ponha os arguidos na rua antes de um Juiz dizer:
- Condenado em 3 anos de prisão. - E que os faça circular mais perto e mais rapidamente junto das vítimas e das testemunhas. Mais rápido do que, como dizia a minha avó, "o diabo esfrega um olho!"
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Quero lá saber que eu seja um aplicador da Lei. Que seja eu quem melhor lhe conhece os meandros, as agruras e as fragilidades se , assim que as aponto, alguém vem gritar:
- Então mudemos a Lei. Sujeitemos a Lei à lei, e vai de lhe criar mais agruras e fragilidades.
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Quero lá saber que os novos Juízes vão fazer estágio a empresas privadas ou a escritórios de advogados... Coitados.
E quero lá saber das NUTS e dos gastos que implicam.
Quem lhes pagará as idas, a todos, tendo em conta a retenção orçamental?
A política orçamental tem ao que parece 25 anos!
Mas até vai mudar e, a redução do défice público, é uma das formas de a mudar!
Apesar de Portugal ter sido nos últimos 20 anos o país da União Europeia que teve maior aumento de carga fiscal.
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E eu quero lá saber que os aumentos dos ministros voltem a ser superiores aos restantes.
E quero lá saber que digam que eu até pertenço aos privilegiados, se não é verdade.
E que sou um daqueles que nada fazem, condenam muito ou pouco, conforme a hora, e até têm mão leve para o que não devem e, mão pesada para o que não deviam ter.
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Só me apetece dizer:
- Estou-me nas tintas!
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Mas o problema é que não me consigo estar nas tintas.
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Não me consigo estar nas tintas quando o PGR vai falar de corrupção para a China e cá continuamos a não saber falar de corrupção ou pior, a não saber combatê-la e a não ter os meios devidos para tal. E a perceber que, afinal, a corrupção ficou fora do pacto para a Justiça.
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Não me consigo estar nas tintas para a afirmação de que o OE assenta em leis não promulgadas pelo PR e não aprovadas pela AR.
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Não me consigo estar nas tintas para o facto de todos os dias saber que a Constituição da República Portuguesa foi trancafiada numa gaveta.
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Não me estou nas tintas pelo facto de se ignorar tudo, incluindo o Protocolo de Kioto, e de pagarmos cada vez mais para termos cada vez menos, nem para o facto de haver mais uma providência cautelar por causa da co-incineração aqui logo ao lado, na Arrábida.
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Não consigo estar nas tintas para a guerra das Estrelas tão desejada pelos EUA.
Há tanto tempo! Desde o afundamendo do submarino Kursk (19/06/2002) e muito antes disso.
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E, também não consigo ficar indiferente, ao facto de saber que, como nunca soubemos porque "se afundou" o Kursk, da mesma forma nunca vamos saber quem matou Anna Politkóvskaya .
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Não me estou nas tintas para a queda vertiginosa da imagem dos professores e para a queda vertiginosa da qualidade do ensino no nosso país.
Nem sequer consigo deixar de pensar que a Finlândia com um orçamento igual ao nosso para a educação é o que tem melhores resultados, ou seja os melhores alunos.
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Não me estou nas tintas para o aumento inflacionário da inflação, até porque não vejo aumentos e não me pagam turnos há já não sei quanto tempo e, todos os dias tudo aumenta e, ainda mais, a electricidade... que, ao que parece, está cara por culpa nossa e não por culpa de quem tem por função administrar ou gerir a economia portuguesa.
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Não consigo estar-me nas tintas face às bombas de fragmentação utilizadas contra as populações em Israel ou no Líbano ou onde quer que seja.
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Não me posso estar nas tintas quando, todos os dias, começando por este cantinho à beira mar plantado, tantas crianças ficam em silêncio porque ninguém as olha nos olhos, ou as observa com atenção, a ponto de descobrir a violência de que são vítimas.
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Não me consigo estar nas tintas para o referendo sobre a despenalização do Aborto,
porque me diz respeito enquanto mulher e mãe e enquanto mulher e filha.
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É tramado este estado de alma aqui!
E fico-me por aqui...
Porque este trava-me a capacidade de pensar no que quer que seja mais...
Este obriga-me a acordar e a pensar que não me posso estar mesmo nas tintas para nada do que disse supra e não disse e há para dizer.
Nem como mãe.
Nem como filha.
Nem como mulher.
Nem como cidadã.
E muito menos como Juíz
........................................................................
Desculpem o desabafo, mas já não aguentava mais.
É que eu sou mesmo uma miúda mal comportada!
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Já estou como diz a canção:
"Yo soy uma mujer sincera
de donde crece la palma
Y antes de morir yo quiero
Cantar mis versos del alma.
Cultivo una rosa blanca
En junio como en enero
Para el amigo sincero
Que me da su mano franca.

..............
ACCB
..

Um amigo mandou-me, ontem

Se há algo que me habituei a ouvir desde pequena e adoro ouvir é a voz de FranK Sinatra.

A sempre eterna voz de FranK Sinatra.

Eternamente cantor de charme.

Aqui fica um pedacinho do charme de Frank e Jobim.

....

sexta-feira, outubro 20, 2006

Poeta ao espelho

( Carlos Teixeira)
-
*
Deslizou um rio nos teus braços
e não percebeste
as margens da água estendidas.
E não viste a líquida pele
encostada à tua.
Brandiste a palavra,
lâmina contra o dia.
Teu olhar colado ao espelho
ignorou a flor sinuosa
oferecida a ti.
Não é impune o gesto
embaraçado na arrogância,
no amor a si próprio.
Não encontrarás palavras
na imagem virtual,
apenas eco.
Delineias teu destino :absoluta solidão.
Sem lábios que te acolham.
*
Silvia Chueire

quinta-feira, outubro 19, 2006

Sonho Egípcio



*
Hoje acordei egípcia
e só ando de lado,
função que com perícia,
pratico há um bocado.
.
Ando de tanga às riscas,
sandálias de bambu,
um colar de ametistas,
o resto... tudo a nu.
.
Ao meu pequeno-almoço,
sentada num tripé,
bebi chá de tremoço
e papas de rapé.
.
Enquanto meu abutre
cantava no quintal,
dei banho a Tot-A-Mut,
minha cobra coral.
.
Sentei-me numa esteira
a estudar hieroglifos,
mas deu-me uma soneira
e sonhei com três grifos.
.
Chegou o meu amante,
que me trouxe do Nilo
um colar de diamante
e unhas de crocodilo.
.
Chamámos dois felás
p´ra nos levarem, às costas,
a casa de Al-Faissaz,
comer umas lagostas,
.
e, para terminar,
e como era Domingo,
salada de nenúfar,
e um bife de flamingo!
.
Voltámos para a sesta,
até ao pôr-do-sol,
mas foi tamanha a festa,
rasgámos o lençol...
.
Acordámos, enfim,
e fomos, num repente,
dançar para o jardim,
uma Dança do Ventre!
.
À hora em que Amon-Rá
se põe lá em Gizé,
degustámos maná,
fumámos narguilé.
.
Rezámos a Osiris,
cantámos a Horus,
tomámos banho de íris,
tomilho e alcaçuz.
.
Pusemos os unguentos
que fazem delirar:
ele, sândalo bento,
eu, rosa e almíscar,
.
enquanto a serva núbia,
nos ia embalando,
uma ária da Aida
numa lira ensaiando…
.
E assim aperaltados
lá fomos p´ró banquete,
por Cleópatra chamados
- pois fazia dezassete
aninhos, a menina…
.
E levámos, de prenda,
um escravo, uma ocarina
e um soutien de renda
todo em crepe da China !!!
*
In - Aspásia Blog spot


Sei......

Sei de um lugar,
Onde o mundo acaba,
onde as terras desabam,
Onde o rio se abre ao mar
Sei um sentir,
Entregar-se ao abraço,
aliviar o cansaço
Mas saber deixar-te partir...
Pois sei de cor os teus silêncios
E sei de cor o teu olhar
Ser livre e leve na certeza,
No teu laço ser princesa das histórias
De encantar...
:
(Poema da Princesa)

À janela da recordação



"-Minha Princesa . -disseste...

E a minha alma aqueceu. Não pela palavra mas pelo tom meigo, doce, carinhoso como foi pronunciado..."Minha Princesa". Sabia a mel, soava a Chopin... era arrepio de doçura no meu peito...

Meu menino de olhos meigos ....."
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In " Livro por escrever".
.
ACCB

quarta-feira, outubro 18, 2006

Protocolo em dia/ Porque também é Importante

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http://diariodigital.sapo.pt/super_elite/news.asp?section_id=21&id_news=4341
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"A importância dada à imagem, à comunicação e às relações públicas de uma maneira geral, contribuiu decisivamente para intensificar, ou melhor, para recuperar o interesse pelo Protocolo nas suas diferentes formas e contextos.
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O protocolo é, sem dúvida, um suporte indispensável no sucesso de todas as acções, de todos os contactos, entre nações, povos, organizações e empresas, ao nível institucional, empresarial, profissional e pessoal.
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Os velhos hábitos de civilidade e cortesia saem do sótão e ganham outra vez importância. E marcam a diferença. A tradição continua na modernidade.
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Reconhece-se que a linguagem, as precedências, as fórmulas de tratamento e o traje são apenas alguns dos muitos elementos que, usados correctamente, facilitam a comunicação tornando-a mais eficaz, evitando situações embaraçosas, gaffes e incidentes desagradáveis muitas vezes difíceis de remediar.
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Estar com naturalidade e à vontade em todas as circunstâncias é uma arte que também se adquire e aprende.
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«Protocolo em dia» vai estar por aqui para falar de tudo isto. Pretende-se que estas páginas sejam pró-activas e por isso espera-se a vossa colaboração com perguntas, comentários, concordâncias e discordâncias e sugestões de temas a tratar.
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Também à margem do tema – ou não – falaremos de situações com que nos deparamos no dia-a-dia e que merecem a nossa reflexão.
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Enfim, este é um canal aberto para melhorar os nossos conhecimentos de protocolo, aperfeiçoar o nosso saber estar, tornar mais eficaz a nossa comunicação com os outros.
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Contactem-nos através de protocoloemdia.mmm@gmail.com "
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Margarida de Mello Moser

terça-feira, outubro 17, 2006

17.10.1849 CHOPIN

sábado, outubro 14, 2006

A Violência e as Crianças

Picasso
*
A ONU elaborou e divulgou um relatório sobre o aumento da violência contra as crianças no mundo.
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Há dias, logo de manhã, eu e o meu filho arranjámos uma briga de 20 minutos que só terminou depois de eu, irada, levantar a voz e pregar uma valente palmada nas pernas da criança em questão.
Saímos zangados.
Amuados e sem nos olharmos.
Doeu-me até ao fundo da alma e, até à porta do colégio, onde o deixei sem um beijo, gesto que é tão costumeiro como demorado e se perde em frases de " Deus te guarde. Dá um beijo à mãe para me correr melhor o dia, Até logo" etc etc, até não se poder mais, porque o tempo foge e não dá espaço a ternuras.
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Cheguei ao Tribunal e no elevador uma colega surpreendeu-me de respiração acelerada e mal encarada.
Não é hábito e vai de perguntar:
- Então?!
-Então?! Hoje bati no Guilherme!
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Não é que não tivesse acontecido em 9 anos uma ou outra vez. Mas confesso que é uma violência.
Ai é sim
Para ele.
Para mim.
Roída de raiva porque não me despedi com um beijo e roída de raiva porque só consegui impôr ordem na discussão com uma forte palmada nas pernas da criatura em questão, que por acaso, até é o meu filho mais novo.
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Claro que não é a este tipo de violência que o tal regulamento se refere.
E agora eu pergunto, para que servem relatórios?
Para dizer que alguém pensou nisso?
De que servem intenções que se estendem a nível Mundial?
Para se dizer que alguém se preocupa com as crianças?
E porque será que há violência por parte dos adultos?
Um ser violentado é seguramente um ser violento?
De que servem comissões de proteccção a menores, se não as há de apoio a maiores?
Tirar as crianças a quem os violenta?
Sim.
Mas há tanta violência psicológica!
Como fazer então?
Começará a prevenção por cima ou terá de recair em primeira mão, sobre as crianças?
Actuar onde?
No adulto ou na criança?
Nos dirigentes politicos?
Porque não por aí?
Provavelmente são eles quem mais permite essa violência...quem mais contribui para essa violência, quem esquece ou finge ignorar tanta violência, tanto silêncio, tanto medo, tanta vergonha calada.
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A questão não é simples.
Exagera-se para os dois lados.
Se por um lado bater se tornou tabu, não há mãe ou pai que não tenha já pregado uma palmada ao seu filho ou filha.
E reparem " no caso concreto supra referido", - ;) - a violência esteve no espanto. Na surpresa do gesto não habitual.
Talvez seja apenas um correctivo.
Talvez a dor psicológica de quem actuou assim, seja maior que a dor física de quem foi alvo da actuação....
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Mas violência mesmo , são os bombardeamentos, os abusos sexuais, os maus tratos reiterados e repetidos, fisicos e psicológicos, os medos que algumas crianças vão tendo só ao som dos passos do pai ou da mãe que por frustrações ou humores descontrolados, passaram a tê-los como alvo, ou objecto, das descargas psicológicas não contidas.
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A indiferença deliberada, o silêncio castrador, a carência de gestos protectores...a ausência constante de um dos progenitores...
Pode-se estar perto e tão ausente...
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E a violência vem também de colegas de escola. Grupos na escola. Brincadeiras cruéis que parecem inofensivas por virem de crianças, mas são cruéis. Simplesmente cruéis, que deixam marcas eternas.
Normalmente têm lugar nas escolas...
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DEixo apenas simples referências.
Referências soft.
Leiam o relatório, vale a pena..........................................
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À noite ainda nos olhávamos de lado, mas para dormir vieram os beijos do costume.
O não resistir ao carinho morno do abraço aconchegado para dormir e sonhar.
O beijo e o "Dorme bem. Sonhos bonitos" e ainda o "És uma querida"- sussurrado baixinho e como um passarinho que se aninha para dormir.
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Não é desta violência que fala o relatório.
Estejamos atentos e sejamos atentos, independentemente de relatórios.
Por vezes basta olhar nos olhos de uma criança ou ouvir-lhe os risos; presenciar-lhe as brincadeiras...os papéis escolhidos para si e para as suas conversas imaginárias....
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Durmam bem
E sonhos bonitos! ;)..........................................( se conseguirem ter sonhos bonitos depois deste post!)
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ACCB
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quarta-feira, outubro 11, 2006

The Lost City

A critica,

A critica é tremendamente critica e criticável também.

Havana - Cidade Perdida ou - The Lost City, é um filme que vale a pena ver.

Vale a pena pelo desempenho; vale a pena pelo argumento; vale a pena pela coragem de realizar um filme que tem como cenário uma Cuba de 1958.

Vale a pena pelo projecto de uma vida, idealizado por Garcia há mais de uma década, que com avanços e recuos lá o conseguiu pôr de pé.

Vale a pena pelo autor do argumento, o escritor cubano exilado Guillermo Cabrera Infante, que morreu durante o processo

Vale a pena pela música e pela cor.

Vale a pena porque o Amor é tramado e a saudade também

Vale a pena porque a História também se faz no cinema.

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Página Oficial --» The Lost City

terça-feira, outubro 10, 2006

3 Blogs mais 2

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«Numa semana de equívocos e mal-entendidos no Dizpositivo, no Verbo Jurídico Blog e no CleopatraMoon, que o tempo já se encarregou de "relativizar", ressurge na blogosfera um conhecido Anónimo. Claro que não faria sentido que, depois do Incursões, não tocasse esta segunda vez - e é permitido fumar. Isto de aproveitarem o meu descanso (da web) para se divertirem, não está certo. Adiante.»
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Dito por Paulo Ramos de Faria na(o) Segunda-feira, Outubro 09, 2006 in -http://dizpositivo.blogspot.com/
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P.S.: - Vão lá. Vale a pena e é permitido fumar.
Mas,... não fumem pela vossa saúde!!
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ERRATA: Onde se lê- 3 mais 2 Blogs, deve ler-se com toda a Justiça 3 +3 Blogs -
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domingo, outubro 08, 2006

------------------Sophia/Bethânia


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A poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andersen
foi a musa da cantora brasileira Maria Bethânia,
que lhe dedica um dos seus dois novos discos.
‘Mar de Sophia’
é o título do álbum em causa,
e tem lançamento previsto para
Novembro.
*
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PS: - Faço anos em Novembro OK?
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Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar.
Livro Sexto(1962)

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sábado, outubro 07, 2006

O Presidente A República e a Corrupção

Aprendi com o meu Pai, homem simples mas culto e conhecedor da Vida, a Honestidade e o Rigor das Atitudes.
Valores como a Honra, a Lealdade, eram imperativos na educação dos filhos.
Teve duas filhas.
(Mas nem por isso deixou de entender que tanto para homens como o para mulheres o rigor era igual, a transparência tinha a mesma carga.)
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Rigoroso consigo mesmo, não deixava de exigir aos seus próximos, quer familiares quer subordinados o mesmo rigor de comportamento, a mesma Verdade nas atitudes a Lealdade das condutas e, sobretudo a Honra de se ser Honesto e Impoluto.
Aprendi-o com ele.
Orgulho-me de o ter aprendido.
E orgulho-me ainda mais de o ter aprendido com Ele.
..................
O discurso do Presidente da República tocou-me fundo quer porque a sua mensagem atingiu todos os cidadãos quer porque acordou os mais distraídos.
E atingiu mesmo o homem mais simples e mesmo o homem menos culto.
Atingiu-me como mulher de Leis e senti que, afinal nada está adormecido.
Ainda há quem pense enquanto os outros actuam, ainda há quem entenda que Honra Lealdade e Mérito cabem nas condutas de todo um País.
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Bem haja Senhor Presidente por acordar o País.
Acordemos agora as acções.
.....
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Intervenção do Presidente da República na Cerimónia das Comemorações dos 96 anos da Proclamação da República
Lisboa, 5 de Outubro de 2006
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Senhor Presidente da Assembleia da República
Senhor Primeiro Ministro
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Senhora Presidente da Assembleia Municipal
Portugueses
(...)
. A transparência da vida pública deve começar precisamente onde o poder do Estado se encontra mais próximo dos cidadãos.
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Nesse sentido, é necessário chamar a atenção, de uma forma particularmente incisiva, para as especiais responsabilidades que todos os autarcas detêm nesta batalha em prol da restauração da confiança dos cidadãos nas suas instituições.
.
A instauração de uma ética republicana de serviço público não pode basear-se apenas numa pedagogia de deveres, nem em meros apelos a uma mudança de atitudes. Infelizmente, sempre existirão indivíduos ou situações dos quais estará ausente esta dimensão moral do republicanismo.
.
Daí que para este esforço colectivo deva também ser convocado o poder judicial, pilar fundamental do Estado de direito.
.
Mas para que as instâncias de controlo persigam os prevaricadores de uma forma célere e eficaz, é necessário que o combate à corrupção seja assumido como um esforço a que todos são chamados, nomeadamente pelo sistema de justiça, cuja dignidade e credibilidade devem ser reforçadas perante os Portugueses.
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Por outro lado, a influência que nos nossos dias a comunicação social adquiriu implica que os seus profissionais participem igualmente neste esforço de renovação da ética republicana.
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Exige-se da imprensa uma atitude de responsabilidade, rigor e isenção, pois o papel que ela desempenha na formação da opinião pública não se compadece com formas sensacionalistas ou populistas de tratamento da informação nem, menos ainda, com a divulgação de factos ou notícias sem qualquer correspondência com a realidade.
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Neste dia 5 de Outubro, a República deve ser comemorada. Mas para que essa comemoração se converta numa festa onde todos os Portugueses participem devemos mudar de atitude e de mentalidade, tendo presente que a República é regra de vida, sentido de dever e modelo de comportamento. Celebremos a República! Mas, acima de tudo, celebremos a República por aquilo que a República de nós exige.
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http://www.presidencia.pt/

A Sinceridade







NOTÍCIAS de SÁBADO

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O artigo de sábado de Pedro Mexia reza assim:

"A sinceridada acima de um certo grau ( escasso) significa mostrarmos realmente aquilo que somos, a nossa fragilidade e defeitos, a nossa nudez quase metafísica. E isso, segundo autoridades de reconhecida experiência não é admissível.
Perdes os teus melhores amigos se fores sincero.
Perdes a pessoa que amas se fores sincero.
Assim: - evitem a sinceridade. A sinceridade faz mal à saúde. A sinceridade mata.
Eu é que já não mudo.
Porque não posso e porque não quero.
Desculpem lá."
PEDRO MEXIA
Notícias de Sábado

terça-feira, outubro 03, 2006

A teia ( das palavras )


Eu não vou dizer grande coisa.
Não vou dizer quase nada.
Limitei-me a ler o editorial do Público, subscrito por José Manuel Fernandes e fiquei a pensar para comigo, como é realmente, aquilo a que se vem chamando o 4º Poder.
Tenho um amigo que me diz que, a pior guerra que se pode fazer num conflito militar é a "guerra de informação"
Sabem o que é isso?
Não sei se algum de vós já leu o livro de Alvin Toffler " A terceira Vaga".
Diz este autor a certa altura do seu livro: - Uma bomba informacional está a explodir no meio de nós, a atingir-nos como uma chuva de estilhaços de imagens e a modificar drasticamente o modo como cada um de nós apreende o nosso mundo privado e actua no seu contexto. (..) Os Media tornaram-se cada vez mais poderosos."
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A guerra de informação passa pela utilização das várias formas de enviar informação, quer errada quer certa e portanto real, tudo no intuito de influenciar o destinatário, levando-o necessariamente a tomar uma posição, que pode até nem ser a correcta, mas é sempre a desejada.
É como informar ao contrário, para desestabilizar o alvo ou, provocar uma tomada de atitude que enfraqueça o destinatário/ receptor e traga vantagens ao emissor.
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Numa época em que a Justiça está em foco constantemente as notícias que são transmitidas sobre a mesma ou à volta da mesma, são absorvidas pelos leitores de forma sedenta e na maior parte das vezes acrítica.
Eu não vou fazer aqui nenhuma critica.
Não vou emitir nenhuma opinião pessoal.
Vou só "fazer um suponhamos" como dizem os miúdos.
Então façamos assim:
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“Querem um símbolo, um expoente, um sinónimo, dos males da imprensa portuguesa? É fácil: basta citar o nome de José Manuel Fernandes e tudo o que de mal se pensa sobre corporativismo, atavismo, manipulação, jogos de sombras e de influências, vem-nos imediatamente à cabeça.
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O jornalista- porque é de um jornalista de que se trata - é um homem tão inteligente como maquiavélico.
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Anos a fio, (...) esta figura de que a maioria dos portugueses nunca ouviu falar foi tecendo uma teia de ligações, de promiscuidades, de favores e de empenhos (há um nome mais feio, mas evito-o) que lhe assegurou que ontem conseguisse espetar na sua melena algo desgrenhada a pena de pavão que lhe faltava: ser o editorial do dia!
O lugar pouco vale (quem, entre os leitores, sabe dizer quem é o actual director do Público (...)?). Não dá só umas prebendas, porventura algumas mordomias, acrescenta uns galões, mas pouco poder efectivo tem.
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(...)
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O homem não fez a coisa por pouco: ao mesmo tempo que vestiu a pele de jornalista (pôs a sobrecasaca de subversor (...) e acrescentou o lustroso (pela quantidade de sebo acumulado) chapéu do "resistente"
ao sector da justiça.
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Se era aconselhável que um director de um Jornal desse mais atenção (...) à separação de poderes do que à cartilha que lhe ofereceram , José Manuel Fernandes fez exactamente o contrário.
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Reivindicou como um metalúrgico capaz de ser fixado para a posteridade numa pintura do "realismo socialista" e, esquecendo-se de que é
director de um Jornal e representante do "quarto poder", vai de escrever o editorial.
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(...)
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(..) É (...) sinal de que José Manuel Fernandes se preocupa mais com o seu protagonismo público do que com os problema da justiça. A segunda, bem mais grave, é que o homem se disponibiliza para ser o rosto de uma fronda dos jornalistas contra as decisões (...) do poder judicial, neste momento objecto de um consenso alargado entre o partido do Governo e a principal força da oposição.
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É tão patético que daria para rir, não estivéssemos em Portugal e não entendêssemos como funcionam as estratégias das aranhas. O homem, creio sem receio de me enganar, é tão inteligente e habilidoso como é perigoso.
(...)
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É certo que o texto tem cortes. Mas era só para "fazermos um suponhamos".
Suponhamos que o visado pelo texto era o seu autor.
Suponhamos o que sentiria o mesmo com as afirmações públicas feitas em cascata e catadupa , gratuitas e não provadas.
É apenas um artigo de brincadeira o que escrevi.
Nem sequer é um artigo de opinião...
É apenas um suponhamos .
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E suponhamos que quem leu este e o outro é o cidadão comum que nada percebe desta teia de palavras e intenções, jogos ou opiniões.
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E nem sequer me atrevo a colocar outro nome, outra figura de Estado, que o senhor director, pertence ao 4º Poder ,mas não é figura de Estado! ;)
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ACCB - 3.10.06
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Editorial do Público aqui está trancrito o dito Editorial.

O "facto político" do dia na área da justiça é, evidentemente, o editorial do Público assinado por José Manuel Fernandes - quer pela natureza das funções exercidas por José Manuel Fernandes, quer pela importância que aquele diário tem na nossa comunicação social, quer, ainda, pela "violência" do texto. Já se começam a "ouvir" algumas reacções...
Dito por Paulo Ramos de Faria na(o) Sexta-feira, Setembro 29, 2006 http://www.dizpositivo.blogspot.com//;
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Uma discussão esclarecedora
Estarrecido. Vou lendo o que se escreve no blog do Verbo Jurídico e no Dispozitivo - de que por aqui se tem dado nota - e pasmo. O que tenho lido - descontando as questões laterais de saber se houve plágios ou não. ... posted by Coutinho Ribeiro @ 07 Outubro, 2006
Percebi mal?
Interessante a discussão que vai por aí, no blog do Verbo Jurídico e no Dispozitivo, ainda a propósito do editorial de José Manuel Fernandes sobre Noronha do Nascimento. A base da discussão é um artigo do jornalista Jorge Van Krieken. ... posted by Coutinho Ribeiro @ 06 Outubro, 2006
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domingo, outubro 01, 2006

Hoje é dia da Música

Chopin iria adorar Brad Mehldau

Exit Music (for a film) - Radiohead cover - Brad Mehldau 2006/07/22

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