Mote Lançado pela Morgana
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Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água ao amanhecer
sabe a cal molhada
sabe a luz mordida
sabe a brisa nua
ao sangue dos rios
sabe a rosa louca ao cair da noite
sabe a pedra amarga
sabe à minha boca
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( Eugénio de Andrade)
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sabe a dor profunda
a doce lamento
sabe a querer mais
e não ter o Tempo
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Sabe amargo doce de tanto querer
E a frio inverno
De te não poder ter
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Sabe a saudade funda
a manhã submersa
no fundo dos olhos...
na boca,.. na pressa.
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Sabe-me a ti e a mim
sabe-me só a nós
sabe a nada e a tudo
sabe à tua Voz.
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18/4/06
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Etiquetas: poemas
4 Comentários:
Bela resposta.
Gostei.
Um beijo Só!
"Sabe a dor profunda (...) sabe a saudade funda"
Mas ainda assim, sabe tão bem!
Quando o “sabe” vem de sabor e não de saber… Sabe sempre bem.
Cheiros e sabores que trespassam a pele e ficam guardados na alma.Muito lindo! Parabéns.O próprio Eugénio teria sem dúvido apreciado.:)))
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