CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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terça-feira, outubro 03, 2006

A teia ( das palavras )


Eu não vou dizer grande coisa.
Não vou dizer quase nada.
Limitei-me a ler o editorial do Público, subscrito por José Manuel Fernandes e fiquei a pensar para comigo, como é realmente, aquilo a que se vem chamando o 4º Poder.
Tenho um amigo que me diz que, a pior guerra que se pode fazer num conflito militar é a "guerra de informação"
Sabem o que é isso?
Não sei se algum de vós já leu o livro de Alvin Toffler " A terceira Vaga".
Diz este autor a certa altura do seu livro: - Uma bomba informacional está a explodir no meio de nós, a atingir-nos como uma chuva de estilhaços de imagens e a modificar drasticamente o modo como cada um de nós apreende o nosso mundo privado e actua no seu contexto. (..) Os Media tornaram-se cada vez mais poderosos."
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A guerra de informação passa pela utilização das várias formas de enviar informação, quer errada quer certa e portanto real, tudo no intuito de influenciar o destinatário, levando-o necessariamente a tomar uma posição, que pode até nem ser a correcta, mas é sempre a desejada.
É como informar ao contrário, para desestabilizar o alvo ou, provocar uma tomada de atitude que enfraqueça o destinatário/ receptor e traga vantagens ao emissor.
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Numa época em que a Justiça está em foco constantemente as notícias que são transmitidas sobre a mesma ou à volta da mesma, são absorvidas pelos leitores de forma sedenta e na maior parte das vezes acrítica.
Eu não vou fazer aqui nenhuma critica.
Não vou emitir nenhuma opinião pessoal.
Vou só "fazer um suponhamos" como dizem os miúdos.
Então façamos assim:
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“Querem um símbolo, um expoente, um sinónimo, dos males da imprensa portuguesa? É fácil: basta citar o nome de José Manuel Fernandes e tudo o que de mal se pensa sobre corporativismo, atavismo, manipulação, jogos de sombras e de influências, vem-nos imediatamente à cabeça.
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O jornalista- porque é de um jornalista de que se trata - é um homem tão inteligente como maquiavélico.
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Anos a fio, (...) esta figura de que a maioria dos portugueses nunca ouviu falar foi tecendo uma teia de ligações, de promiscuidades, de favores e de empenhos (há um nome mais feio, mas evito-o) que lhe assegurou que ontem conseguisse espetar na sua melena algo desgrenhada a pena de pavão que lhe faltava: ser o editorial do dia!
O lugar pouco vale (quem, entre os leitores, sabe dizer quem é o actual director do Público (...)?). Não dá só umas prebendas, porventura algumas mordomias, acrescenta uns galões, mas pouco poder efectivo tem.
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(...)
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O homem não fez a coisa por pouco: ao mesmo tempo que vestiu a pele de jornalista (pôs a sobrecasaca de subversor (...) e acrescentou o lustroso (pela quantidade de sebo acumulado) chapéu do "resistente"
ao sector da justiça.
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Se era aconselhável que um director de um Jornal desse mais atenção (...) à separação de poderes do que à cartilha que lhe ofereceram , José Manuel Fernandes fez exactamente o contrário.
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Reivindicou como um metalúrgico capaz de ser fixado para a posteridade numa pintura do "realismo socialista" e, esquecendo-se de que é
director de um Jornal e representante do "quarto poder", vai de escrever o editorial.
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(...)
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(..) É (...) sinal de que José Manuel Fernandes se preocupa mais com o seu protagonismo público do que com os problema da justiça. A segunda, bem mais grave, é que o homem se disponibiliza para ser o rosto de uma fronda dos jornalistas contra as decisões (...) do poder judicial, neste momento objecto de um consenso alargado entre o partido do Governo e a principal força da oposição.
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É tão patético que daria para rir, não estivéssemos em Portugal e não entendêssemos como funcionam as estratégias das aranhas. O homem, creio sem receio de me enganar, é tão inteligente e habilidoso como é perigoso.
(...)
. "
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É certo que o texto tem cortes. Mas era só para "fazermos um suponhamos".
Suponhamos que o visado pelo texto era o seu autor.
Suponhamos o que sentiria o mesmo com as afirmações públicas feitas em cascata e catadupa , gratuitas e não provadas.
É apenas um artigo de brincadeira o que escrevi.
Nem sequer é um artigo de opinião...
É apenas um suponhamos .
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E suponhamos que quem leu este e o outro é o cidadão comum que nada percebe desta teia de palavras e intenções, jogos ou opiniões.
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E nem sequer me atrevo a colocar outro nome, outra figura de Estado, que o senhor director, pertence ao 4º Poder ,mas não é figura de Estado! ;)
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ACCB - 3.10.06
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Editorial do Público aqui está trancrito o dito Editorial.

O "facto político" do dia na área da justiça é, evidentemente, o editorial do Público assinado por José Manuel Fernandes - quer pela natureza das funções exercidas por José Manuel Fernandes, quer pela importância que aquele diário tem na nossa comunicação social, quer, ainda, pela "violência" do texto. Já se começam a "ouvir" algumas reacções...
Dito por Paulo Ramos de Faria na(o) Sexta-feira, Setembro 29, 2006 http://www.dizpositivo.blogspot.com//;
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Uma discussão esclarecedora
Estarrecido. Vou lendo o que se escreve no blog do Verbo Jurídico e no Dispozitivo - de que por aqui se tem dado nota - e pasmo. O que tenho lido - descontando as questões laterais de saber se houve plágios ou não. ... posted by Coutinho Ribeiro @ 07 Outubro, 2006
Percebi mal?
Interessante a discussão que vai por aí, no blog do Verbo Jurídico e no Dispozitivo, ainda a propósito do editorial de José Manuel Fernandes sobre Noronha do Nascimento. A base da discussão é um artigo do jornalista Jorge Van Krieken. ... posted by Coutinho Ribeiro @ 06 Outubro, 2006
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8 Comentários:

Blogger arsene lupin disse...

E por vezes essa contrainformação está mesmo ao nosso lado.

03 outubro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Ali mesmo ao lado... com uma diferença de dois ou três passos.
por vezes, basta olhar à direita... ou à esquerda depende do centro! ;)

03 outubro, 2006  
Blogger Claudia Sousa Dias disse...

Oh, Cléopatra não é só em Portugal basta ver todas as teorias de conspiração tecids à volta do 11 de stembro que até já fazem duvidar que tenha sido o Bin Laden o autor do atentado e da derrocada das torres!


CSD

04 outubro, 2006  
Blogger LUA DE LOBOS disse...

o que se passa nos outros países resvala em mim, mas o que se passa aqui, em Portugal, no meu País, já me interessa, afecta e revolta. Porque é aqui que eu vivo e é aqui que eu vejo coisas que por vezes penso estar a ser vitíma de uma "partida" gigantesca e surrealista.
Porque com 63 anos nunca pensei assistir a tanta pulhice, feita à descarada porque a impunidade, o desrespeito e desresponsabilização foram instituidas.
Porque para além de toda a revolta... sobra uma tristeza profunda.
Bem hajas CleoMoon e que a voz nunca te doa!
xi
maria de são pedro
ai se eu falasse... se calhar acordava morta.

04 outubro, 2006  
Blogger Brandybuck disse...

Pura falta de valores.
Não sei bem onde ainda chegaremos.
Como diz a Lua de Lobos "sobra uma tristeza profunda".

Um beijo

06 outubro, 2006  
Blogger António Balbino Caldeira disse...

A minha solidarieda na questão críkica.

Num país com vergonha Krieken não merecia qualquer crédito. Aqui é oq eu se sofre... Uma vergonha!

06 outubro, 2006  
Blogger DarkMorgana disse...

Não é suposto os directores de jornais terem discernimento para distinguir entre aquilo que hão-de publicar e não?
E não há pessoas que são processadas por "falsos testemunhos" ou algo parecido?

No entanto esta tua versão, soa-me muito mais autêntica...

06 outubro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

«Os Media tornaram-se cada vez mais poderosos.»

...claro. Porque agora pertencem aos que detêm o(s) poder(es).

E não é só em Portugal que é esta vergonha. É em todo o mundo dito civilizado e ocidental.

Bjs

07 outubro, 2006  

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