E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.
.
Eugénio de Andrade
Etiquetas: poemas alheios
Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.
Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.
Etiquetas: poemas alheios
8 Comentários:
Olha o bailado da Garça, no seu voar feiticeiro, o bailado da graça envolto em nevoeiro...
Doce beijo
Os silêncios tranformados em melodias pela lembrança de um toque...
Kiss per tê
Até outro instante
Aqui o silêncio é de ouro, para ouvir as "minhas mãos"... só para isso!
De nada valem as palavras que não sabem dizer como "és"... De nada vale o silêncio se não for para "te" ouvir!...
Juro que já antes tinha tentado dar continuidade a este poema lindíssimo do Eugénio, mas tinha sempre alguém a "melgar".
Vou tentar outra vez...
E com o silêncio desaba a solidão
e com os olhos vidrados
na sombra da minha mão
e com os ombros curvados
sobre o vazio em que me sento,
oiço apenas este silêncio sem ti...
Mas esvai-se a música
esvai-se o alento
porque as minhas mãos nuas
não mais tocarão a música das tuas
e sobre o vazio em que me sento
sinto a vida a esvair-se aqui...
Muito bem, Morgana, muito bonito, muito... em sentido dos sentidos.
Cléo, fazem falta os seus comentários no blog do Angel. Boa semana!
O silêncio é o fenómeno/sensação mais subjectivo que já vi.
Sempre que o peço e sou atendido, acabo a pedir que o quebrem.
Sinto-me em silêncio num ambiente ruidoso (à beira-mar) e num ambiente ruidoso quase em silêncio (na cidade).
Deve ser uma questão de agrado em relação à sonoridade, mas não deixa de ser estranho.
Gonçalo Capitão
Olá Alquimista
Comentário com alquimia...
~
Olá Louco da minha cidade
É verdade. Os silêncios ficam parados para poderem lembrar....
Olá Apache...o silêncio é bom companheiro para nos podermos ouvir... e aos que amamos.
Vou ao Blog do Angel. Ok
Olá Morgana.
Gostei. Mas dói.Dói muito.
Olá Gonçálo
"Sempre que o peço e sou atendido, acabo a pedir que o quebrem."
Acontece comigo também.
E de repente
Não mais que de repente
A tua memória inunda-me
A música da tua voz
sussurra baixinho um murmúrio eterno, sem fim.
E sem mais que essa recordação
sento, choro e sorrio
porque te sinto
eternamente em mim.
.
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cleopatra
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