Etiquetas: frases
CleopatraMoon
Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.
Acerca de mim
- Nome: Cleopatra
- Localização: LISBOA, Portugal
Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.
quarta-feira, maio 31, 2006
segunda-feira, maio 29, 2006
domingo, maio 28, 2006
A propósito de Crimes Menores in- Jornal de Notícias - de hoje -
(Dal tema in classe: “Dove vivi”)
R.A.R.–15anni- http://www.itclenoci.it/SpazioStudenti/progetti/progettoinfanzia
Credos e raças.
Era assim, tão simples quanto isto:
- Vocês tratam-nos assim porque somos pretos!
Ouvia isto vezes sem conta da boca de miúdos que nem sabiam o que tinha sido o racismo ou o que era.
Miúdos de bairro, filhos de homens e mulheres trabalhadores, que sofriam na pele a dureza de um horário desgastante para trazerem para casa o salário de um mês que a custo geriam.
Todos jovens, muito jovens mas a enveredar por comportamentos de grupo, quase tribais e principalmente desviantes.
.
- “A gente” assaltou a loja porque queria uns ténis da Reebok e uns blusões da Nike.
- “ Fizemos” o Civic porque as “garinas” gostam desses carros e nós queríamos dar umas voltas com elas.
- Faço isto porque quero dinheiro para comprar roupas de marca.
- Faço isto porque é um desafio. Só quem tem coragem consegue. Não tenho medo. Só “tou” arrependido porque estou aqui…e “tou” preso.
- Não vou estudar porque não gosto. A cabeça não dá. Prefiro beber uns copos - vinho tinto com Coca Cola… O pessoal fica “bué da fixe” e depois faz merda!
- Estou arrependido porque estou preso.
- A “bófia” arreou-me e eu tive de dizer que era eu.
- Fumo uns charros e dou uns “drunfos”….nada de mais. Arranjo o dinheiro por aí a “fazer” uns putos na escola e umas velhotas nas compras. Também arrumo uns carros.
-A minha velha e o meu velho são uns chagas… dão-me cabo da cabeça… dizem que se não estudo tenho de trabalhar… mas… sou preto… não dão trabalho aos pretos.
- “Chinei” o tipo porque ele não queria dar-me o dinheiro. Começou a enervar-se e …e olha, “chinei-o” depois dei-lhe a “palmada”. Se o gajo não tem feito “basqueiro”…não “tava” hoje aqui!!.
- O “ moelas” é que foi da ideia. Eu e o “Fininho” só demos cobertura. Os putos eram só dois. Fizemos os telemóveis… era para vender… “pá” droga eu?! Não… eu queria uns ténis NiKe e os meus pais diziam que não!...
- Estou na 3ª classe. Ainda não tive tempo de fazer mais anos… tenho 16 anos… tenho de trabalhar às vezes… não dá para ir à escola. “Bazo” dali logo que me levam lá. AH! Isso não é “pra mim”, cabeça não dá!
Enquanto eles desenrolam os disparates que dizem e fazem no dia a dia, abanando-se ao ritmo não sei de que som imaginário que lhes enche os ouvidos, ou como se tivessem de falar marcando o ritmo das palavras, as mães, porque só as mães aparecem, choram lá atrás sem solução para tanta indisciplina.
Quando os acórdãos são lidos há os que amolecem, os que prometem mudar de vida e há os que nos olham com a arrogância própria de quem não entende porque não pode ter o que alguns têm. Não aceitam desigualdades sociais e transformam-nas em desigualdades raciais.
Lembro-me de um olhar de 17 anos que me fixava de baixo para cima, cheio de revolta e de ódio. Disse-lhe que teria de levantar mais o rosto… que estava muito desnivelado, muito em baixo…Ergueu a cabeça e passou a olhar-me muito de cima para baixo, com a mesma arrogância revolta e desafio, quase com um misto de ódio .
- Assim já consegue estar quase ao nível do meu olhar – respondi-lhe com um sorriso seco e irónico.
O resultado foi desconcertante. Os ombros quebraram e, por inacreditável que possa parecer, dos olhos caíram lágrimas grossas e, das mãos atrás das costas atadas num mutismo de desafio, soltaram-se soluços que o abanaram pelos ombros enquanto lhe li o acórdão.
- Percebeu?!
- Vou preso.
- Valha-me Deus! Estive a falar para quem?!
- Não entendi!!!
- Vais em liberdade! – Ouviu-se na sala e em coro.
Não entendia.
Já não podia fazer parte do grupo mais destemido do bairro.
Não. A pena suspensa na sua execução obrigá-lo-ía a optar.
É uma obrigação do estado de Direito criar condições para a inserção do cidadão na sociedade.
Havia uma oportunidade a dar a miúdos como ele.
O rapaz ficaria com a pena suspensa pelo período de três, sujeito a apertado regime e a um leque de obrigações que não lhe dariam tempo para pensar em outra coisa que não fosse o que o tribunal lhe impunha.
Era uma escolha que lhe cabia fazer. O Tribunal propunha-se apoiar…. A escolha era dele apesar de tudo.
.
Era ali, naquelas situações que mais me sentia Juiz. Na intervenção que fazia de uma forma mais directa na sociedade. Ou que pelo menos tentava fazer.
Por isso o Direito Penal me seduzia. Porque me seduziam os outros.
Nunca seria uma civilista de alma e coração. Embora o Direito Civil fosse um jogo de intelecto, desafiador e gratificante, o Direito Penal era a descoberta do outro. O procurar e o encontrar de um Mundo Real que, embora controlado, me entrava pela alma dentro e que eu tentava perceber e por vezes modificar, que me encantava e seduzia, porque, no outro, descobria-me a mim.
Na sala de audiências, na cadeira vedada aos outros mortais em que eu me sentava para exercer a Justiça em nome deles e por eles, e que eles sabiam pertencer-me por direito, o espaço era pouco para tanta sede de entender a personalidade dos outros, os porquês dos outros… .
E o Direito, em especial o Penal, não pode abstrair-se dessa realidade, porque essa realidade, é importante a cada um de nós e é cada um de nós.
Os Juízes não são mais figuras medievais, nem seres longínquos e inatingíveis, fechados ao Mundo que os rodeia. Eles são técnicos de Direito que saem do Mundo que os rodeia e fazem parte intrínseca do mesmo.
O seu conhecimento não se pode limitar ao Direito. O Juiz deve ter a abertura suficiente para poder conhecer o ser humano no seu todo, isso é ainda mais exigível ao Juiz do Crime mas, é-o também ao Juiz de Família e ao Juiz de Cível e do Trabalho....
É também na sua experiência e na sua capacidade de abertura que encontra o outro, objecto do seu julgar. Para isso não precisa de ser mais ou menos velho…precisa apenas de estar atento e aberto aos outros. O facto de ser mais velho ou mais novo, não dá ao Juiz mais sensatez. Pode dar-lhe, ou não, mais experiência de vida, mas, se não tiver sensibilidade nem estiver vazio de preconceitos, pouco lhe adiantará os anos a mais com que percorreu a vida.
.
Como diz Kant na sua Crítica da Razão Pura : «Não há dúvida que todo o nosso conhecimento começa com a experiência. Com efeito, como poderia ser despertada para o seu exercício a capacidade de conhecer se não fosse pelos objectos que impressionam os nossos sentidos e que, por um lado, produzem representações por si mesmos e, por outro, põem em marcha a nossa faculdade intelectiva a fim de que compare, ligue ou separe estas representações, e elabore assim a matéria bruta das impressões sensíveis para delas extrair um conhecimento dos objectos a que se chama experiência? Deste modo, cronologicamente, nenhum conhecimento precede em nós a experiência e é com esta que todos os conhecimentos principiam. Mas, se todo o nosso conhecimento principia com a experiência, daí não resulta que proceda todo da experiência (…).»
“ Sem a sensibilidade nenhum objecto nos seria dado; sem o entendimento nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios; intuições sem conceitos são cegas.
É por aí que passa a capacidade de apreciar a prova, apurar os factos e determinar a culpa com a correspondente medida da pena.
Não é igual à capacidade exigida ao Ministério Público. A esse cabe-lhe a investigação, a intuição da descoberta dos indícios, a inteligência para os reunir, a táctica para chegar a eles, o constante zelar pela legalidade democrática. A esse, cabe-lhe a sensibilidade para os oferecer ao que os irá apreciar e concluir pela segurança e credibilidade dos mesmos. Ao Procurador cabe a tarefa de estar sempre alerta, de esmiuçar os pormenores e fazer deles indícios que serão inevitavelmente prova.
Ao advogado, e por ora, apenas a falar do Direito Penal, cabe o papel de mostrar os indícios reunidos com outra face, aos olhos do Juiz. Talvez lhe caiba o papel de acordar o Juiz à tal interdisciplinaridade de que tanto se fala e necessita.
Não é como se o Procurador, a acusação, fosse um anjo da Justiça assim como o advogado outro anjo em busca da verdade da Justiça, e o Juiz um anjo na hierarquia superior aos outros dois, que decide e pode fazê-lo porque distanciado de qualquer das personagens em juízo.
Etiquetas: menores
sábado, maio 27, 2006
Lisboa feita de Luz
Lisboa.
fragmentada de águas .
memórias inchadas de prazer.
assim caída nos meus ombros à deriva
por outros mares
outras marés
outros cheiros
mas sempre rente à música do teu ventre
inclinado para o tejo.
há quanto tempo não te fazia e dizia amor nos dentes.
amor nas ancas
dedilhadas por farpas e guitarras e vielas...
assim te desdigo saudade.
e volto aos teus flancos como gaivota
em dezembros líquidos e densos.
oleosos.
florestais.
lisboa de um piano que finalmente se cala.
neste aqui.
que já foi tanto.
mesmo quando tocava sangue e silêncio.
não é de adeus que te falo.
é de mais longe.
de mais logo.
de outro lugar.
as árvores dão ramos.
que fazem de ninho.
onde me aninho.
e te beijo lisboa.
de teclas acesas.
amanhã.
outro rio.
e voltar é o princípio.
Etiquetas: poemas alheios
quinta-feira, maio 25, 2006
IDÍLIO
IDÍLIO
.
Quando nós vamos ambos, de mãos dadas,
Colher nos vales lírios e boninas,
E galgamos dum fôlego as colinas
Dos rocios da noite inda orvalhadas;
.
Ou, vendo o mar das ermas cumeadas
Contemplamos as nuvens vespertinas,
Que parecem fantásticas ruínas
Ao longo, no horizonte, amontoadas:
.
Quantas vezes, de súbito, emudeces!
Não sei que luz no teu olhar flutua;
Sinto tremer-te a mão e empalideces
.
O vento e o mar murmuram orações,
E a poesia das coisas se insinua
Lenta e amorosa em nossos corações.
ANTERO DE QUENTAL
.
Antero de Quental (1842-1891) nasceu em Ponta Delgada, Açores. Frequentou a Universidade de Coimbra, tendo passado depois algum tempo em Paris. Viajou pelos Estados Unidos e Canadá, fixando-se em Lisboa. Pertenceu à à chamada Geração de Setenta, grupo que pretendia renovar a mentalidade portuguesa, e participou nas Conferências do Casino. Foi amigo, entre outros, de Eça de Queirós e Oliveira Martins. Atacada por uma doença do foro psiquiátrico, regressa aos Açores onde se suicida. As suas obras vão da poesia à reflexão filosófica: Raios de Extinta Luz, Odes Modernas, Primaveras Românticas, Sonetos, Prosas e Cartas.
terça-feira, maio 23, 2006
Astrologia / Vinicius
.
Áries
De 21 de março a 20 de abril
Branca, preta ou amarela
A ariana zela.
Tem caráter dominador
Mas pode ser convencida
E aí, então, fica uma flor:
Cordata... e nada convencida.
Porque o seu denominador
É o amor.
Eu cá por mim não tenho nenhum
preconceito racial:
Mas sou ariano!
Touro
De 21 de abril a 20 de maio
O que é que brilha sem
Ser ouro? - A mulher de touro!
É a companheira perfeita
Quando levanta ou quando deita.
Mas é mulher exclusivista
Se não tem tudo faz a pista.
Depois que dona de casa...
E a noite ainda manda brasa.
Sua virtude: a paciência
Seu dia bom: a sexta-feira
Sua cor propícia: o verde
As flores do seus pendores:
Rosa, flor de macieira.
Gêmeos
De 21 de maio a 20 de junho
A mulher de gêmeos
Não sabe o que quer
Mas tirante isso
É uma boa mulher.
A mulher de gêmeos
Não sabe o que diz
Mas tirante isso
Faz o homem feliz.
A mulher de gêmeos
Não sabe o que faz
Mas por isso mesmo
É boa demais...
Câncer
De 21 de junho a 21 de julho
Você nunca avance
Em uma mulher de câncer.
Seu planeta é a lua
E a lua, é sabido
Só vive na sua.
É muito apegada
E quando pegada
Pega da pesada.
É a mulher que ama
Com muito saber
No tocante à cama
Não sei lhe dizer...
Leão
De 22 de julho a 22 de agosto
A mulher de leão
Brilha na escuridão.
A mulher de leão, mesmo sem fome
Pega, mata e come.
A mulher de leão não tem perdão.
As mulheres de leão
Leoas são.
Poeta, operário, capitão
Cuidado com a mulher de leão!
São ciumentas e antagônicas
Solares e dominicais
Ígneas, áureas e sardônicas
E muito, muito liberais.
Virgem
De 23 de agosto a 22 de setembro
Se Florence Nightingale era Virgem
Não sei... mas o mal é de origem.
mulher de virgem aceita a amante
Isto é: desde que não a suplante.
Sexo de consumo, pães-de-minuto
Nada disso lhe há de faltar
O condomínio é absoluto
A virgem é mulher do lar.
Opala, safira, turquesa
São suas pedras astrais
Na cuca muita esperteza
Na existência muita paz.
Libra
De 23 de setembro a 22 de outubro
A mulher de libra
Não tem muita fibra
Mas vibra.
Quer ver uma libriana contente?
Dê-lhe um presente.
Quando o marido a trai
A mulher de libra
balanças mas não cai.
Se você a paparica
Ela fica.
Com librium ou sem librium
Salve, venusina
Que guarda o equilíbrio
Na corda mais fina.
Escorpião
De 23 de outubro a 21 de novembro
Mulher de escorpião
Comigo não!
É Abelha Mestra
É a Viúva Negra
Só vai de vedete
Nunca de extra.
Cria o chamado conflito
de personalidades.
É mãe tirana
Mulher tirana
Irmã tirana
Filha tirana
Neta tirana
tirana tirana.
Agora, de cama diz
que é boa paca.
Sagitário
De 22 de novembro a 21 de dezembro
As mulheres sagitarianas
São abnegadas e bacanas
Mas não lhe venham com grossuras
Nem injustiças ou censuras
Porque ela custa mas se esquenta
E pode ser muito violena.
Aí, o homem que se cuide...
Também, quem gosta de censura!
Capricórnio
De 22 de dezembro a 20 de janeiro
A capricorniana é capricornial
Como a cabra de João Cabral.
Eu amo a mulher de capricórnio
Por que ela nunca lhe põe os próprios.
A caprina é tão ciumenta
Que até o ciúmes ela inventa.
Mulher fiel está aí: é cabra
Só que com muito abracadabra.
Suas flores: a papoula e o cânhamo
De onde vem o ópio e a maconha
Ela é uma curtição medonha
Por isso nos capricorniamos.
Aquário
De 21 de janeiro a 19 de fevereiro
Se o que se quer é a boa esposa
A aquariana pousa.
Se o que se quer é uma outra coisa
A aquariana ousa.
Se o que se quer é muito amor
A aquariana
É a mulher macho sim senhor.
Porém não são possessivas
Nem procuram dominar
Ou são meigas e passivas
Ou botam para quebrar.
Peixes
De 20 de fevereiro a 20 de março
Mulher de Peixe... peixe é
Em águas paradas não dá pé
Porque deslisa como a enguia
Sempre que entra numa fria.
Na superfície é sinhazinha
E festiva como a sardinha
Mas quando fisga um namorado
Ele está frito, escabechado.
É uma mulher tão envolvente
Que na questão do Paraíso
Há quem suspeite seriamente
Que ela era a mulher e a serpente.
Seu Id: aparentar juízo
Seu Ego: a omissão, o orgulho
Sua pedra astral: a ametista
Seu bem: nunca ser bagulho
Sua cor: o amarelo brilhante
Seu fim: dar sempre na vista.
segunda-feira, maio 22, 2006
Saudade
Etiquetas: poemas alheios
domingo, maio 21, 2006
Lusitana Paixão
.
Fado
Chorar a tristeza bem
Fado adormecer com a dor
Fado só quando a saudade vem
Arrancar do meu passado
Um grande amor
Mas
Não condeno essa paixão
Essa mágoa das palavras
Que a guitarra vai gemendo também
Eu não, eu não pedirei perdão
Quando gozar o pecado
E voltar a dar a mim
Porque eu quero ser feliz
E a desdita não se diz
Não quero o que o fado quer dizer
Fado
Soluçar recordações
Fado
Reviver uma tal dor
Fado
Só quando a saudade vem
Arrancar do meu passado um grande amor
Mas não condeno essa paixão
Essa mágoa das palavras
Que a guitarra vai gemendo também
Eu não, eu não pedirei perdão
Quando gozar o pecado
E voltar a dar a mim
Eu sei desse lado que há em nós
Cheio de alma lusitana
Como a lenda da Severa
Porque eu quero ser feliz
E a desdita não se diz
O fado
Não me faz arrepender
.
Dulce Pontes : Lusitana paixão
Música: José da Ponte; Jorge Quintela
Letra: José da Ponte; Fred Micaelo
In: "A brisa do coração", 1995Marlene A.Martins, Sandra Gaspar
quarta-feira, maio 17, 2006
Quand il est mort le poète
.
O poeta....
Esconde os olhos...
A voz não lhe sai
por razões que diz
desconhecer.
O poeta...
fecha os olhos,
O olhar não lhe foge...
Ele foge
do olhar...
O poeta...
Anula o sonho
Afoga-o em silêncio
Porquê?
O poeta esconde a alma...
Afoga-a em ilusões
em momentos fugazes.
Porquê?..
O poeta não sabe...
O poeta não sabe!!!
O poeta não quer saber...
O poeta fugiu dele próprio
O poeta não tem Voz
Já não tem alma..
Perdeu o Olhar...
Será que o poeta...
existe(iu)?
ACCB - copyright
O som de fundo pode ser este -http://www.malhanga.com/musicafrancesa/becaud/poete.htm
segunda-feira, maio 15, 2006
Ai, vem aí Agosto!
domingo, maio 14, 2006
Homem forte
sábado, maio 13, 2006
Em Tom de fado
.
É no sonho que me perco
Na saudade de te ter
No inferno de te não ver
na lembrança de seres meu
.
Que me fizeste amor
Deixaste-me no coração
Uma dor
um sofrimento
um querer e não querer
um amar-te uma paixão
.
Esta ferida que me abriste
O tempo pode fechar
Mas não sei se a cicatriz
é de dor ou de te amar
.
Nem sei se quero curar
Esta dor que me atormenta
Passe o tempo que passar
A paixão dói e aumenta
.
Foi tudo por um ciúme
Uma palavra infeliz
tanto tempo para ser tua
valeu a pena
o que quis?
.
Vem mas não voltes amor
Deixa-me ficar meio perdida
Em jeito de desamor
Em jeito de já esquecida
.
Se voltarmos a sentir
Em uníssono, este fado
Atormentar os sentidos
Queimar a alma dorida
.
Voltaremos como antes
Em desespero e pecado
Ao beijo sempre já dado
À paixão nunca esquecida
A consumir a ternura
A abrir mais uma ferida
A respirar a loucura
A viver a nossa Vida.
.
.
......
Fado perdido por aí
Etiquetas: poemas
sexta-feira, maio 12, 2006
Do amar com amor
(Poema de Eduardo Leal)
Etiquetas: poemas alheios
Sonata de Outono
Inverno não ainda mas Outono
a sonata que bate no meu peito
poeta distraído cão sem dono
até na própria cama em que me deito.
Acordar é a forma de ter sono
o presente o pretérito imperfeito
mesmo eu de mim próprio me abandono
se o rigor que me devo não respeito.
Morro de pé, mas morro devagar.
A vida é afinal o meu lugar
e só acaba quando eu quiser.
Não me deixo ficar. Não pode ser.
Peço meças ao Sol, ao céu, ao mar
pois viver é também acontecer.
--
Ary dos Santos
Etiquetas: poemas alheios
quinta-feira, maio 11, 2006
C' est si bon
C'est si bon
.
Yves Montand
C'est si bon
De partir n'importe ou,
Bras dessus, bras dessous,
En chantant des chansons.
C'est si bon
De se dir' des mots doux,
Des petits rien du tout
Mais qui en disent long.
En voyant notre mine ravie
Les passants, dans la rue, nous envient.
C'est si bon
De guetter dans ses yeux
Un espoir merveilleux
Qui donne le frisson.
C'est si bon,
Ces petit's sensations.
Ca vaut mieux qu'un million,
Tell'ment, tell'ment c'est bon.
Vous devinez quel bonheur est le nôtre,
Et si je l'aim' vous comprenez pourquoi.
Elle m'enivre et je n'en veux pas d'autres
Car elle est tout's les femmes à la fois.
Ell' me fait : "Oh !". Ell' me fait : "Ah !".
C'est si bon
De pouvoir l'embrasser
Et pui de r'commencer
A la moindre occasion.
C'est si bon
De jouer du piano
Tout le long de son dos
Tandis que nous dansons.
C'est inouï ce qu'elle a pour séduire,
Sans parler de c'que je n'peux pas dire.
C'est si bon,
Quand j'la tiens dans mes bras,
De me dir'que tout ça
C'est à moi pour de bon.
C'est si bon,
Et si nous nous aimons,
Cherchez pas la raison :
C'est parc'que c'est si bon,
C'est parce que c'est si bon,
C'est parce que c'est si bon.
Lindo de morrer -
Aqui mesmo : - http://www.malhanga.com/musicafrancesa/yves/cest_si_bon.htm
ou oiçam no Blog http://luadoslobos.blogspot.com/
quarta-feira, maio 10, 2006
terça-feira, maio 09, 2006
A propósito de Caminho
António Machado
domingo, maio 07, 2006
Dia da Mãe
( Para a minha filha sobre o dia em que nasceu)
Havia uma madrugada serena e confortante
Um sinal de parto nos olhos de uma mãe
havia um querer ser e continuar no tempo
Um permanecer e existir num astro...
As horas percorriam o tempo certo para se nascer
a dor se fez luz e o esgar sorriso
Do choro se fez Vida e da vida Amor
e as duas olharam-se toda a noite no calor de uns braços de mulher
A que só os Deuses têm direito!!!
23.8.04 (Mãe)
************************************************
( Ao meu filho sobre o dia em que nasceu por causa de um poema que a irmã me deu)
A noite rompeu a aurora como a torrente de um rio rompe a terra
Havia um cheiro a fúria de viver
No tempo, no espaço, entre os Homens.
As horas galoparam à garupa dos minutos
Rebeldes e sadias num espaço infinito
A Vida esperava-te de braços abertos enérgicos e francos
Nasceste e não choraste logo...porque tinhas pressa de viver
Mas não pudeste conter por muito tempo um grito forte
de quem sai para o Mundo e reclama o espaço.
E marcaste o território como quem diz: " É MEU!"
E exigiste ser, ficar e sentir
Abriste caminho e continuarás a abrir
Como o rio rompe a terra em que nasceu.
23.8.04 ( a Mãe)
sábado, maio 06, 2006
Ainda que mal te pergunte,
Ainda que mal respondas;
Ainda que mal te entenda,
Ainda que mal repitas;
Ainda que mal insistas,
Ainda que mal desculpes;
Ainda que mal me exprima,
Ainda que mal me julgues;
Ainda que mal me mostre,
Ainda que mal te encare,
Ainda que mal te furtes;
Ainda que mal te siga,
Ainda que mal te voltes;
Ainda que mal te ame,
Ainda que mal o saibas;
Ainda que mal te agarre,
Ainda que mal te mates;
Ainda assim, pergunto: Me amas?
E me queimando em teu peito
Me salvo e me dano...
...de AMOR!!!
*
Etiquetas: poemas alheios