Lisboa feita de Luz
*
Lisboa.
fragmentada de águas .
memórias inchadas de prazer.
assim caída nos meus ombros à deriva
por outros mares
outras marés
outros cheiros
mas sempre rente à música do teu ventre
inclinado para o tejo.
há quanto tempo não te fazia e dizia amor nos dentes.
amor nas ancas
dedilhadas por farpas e guitarras e vielas...
assim te desdigo saudade.
e volto aos teus flancos como gaivota
em dezembros líquidos e densos.
oleosos.
florestais.
lisboa de um piano que finalmente se cala.
neste aqui.
que já foi tanto.
mesmo quando tocava sangue e silêncio.
não é de adeus que te falo.
é de mais longe.
de mais logo.
de outro lugar.
as árvores dão ramos.
que fazem de ninho.
onde me aninho.
e te beijo lisboa.
de teclas acesas.
amanhã.
outro rio.
e voltar é o princípio.
Lisboa.
fragmentada de águas .
memórias inchadas de prazer.
assim caída nos meus ombros à deriva
por outros mares
outras marés
outros cheiros
mas sempre rente à música do teu ventre
inclinado para o tejo.
há quanto tempo não te fazia e dizia amor nos dentes.
amor nas ancas
dedilhadas por farpas e guitarras e vielas...
assim te desdigo saudade.
e volto aos teus flancos como gaivota
em dezembros líquidos e densos.
oleosos.
florestais.
lisboa de um piano que finalmente se cala.
neste aqui.
que já foi tanto.
mesmo quando tocava sangue e silêncio.
não é de adeus que te falo.
é de mais longe.
de mais logo.
de outro lugar.
as árvores dão ramos.
que fazem de ninho.
onde me aninho.
e te beijo lisboa.
de teclas acesas.
amanhã.
outro rio.
e voltar é o princípio.
Etiquetas: poemas alheios
3 Comentários:
Ó Lisboa... não fossem algumas (poucas) mulheres e serias tu a maior das minhas paixões!...
"No castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama descanso o olhar
E assim desfaço o novelo
De azul e mar
À ribeira encosto a cabeça
À almofada da cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto cruz, bordada
Toalha à beira mar, estendida
Lisboa, menina e moça, amada
Cidade, mulher da minha vida.
No terreiro eu passo por ti
Mas da Graça, eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar.
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto cruz, bordada
Toalha à beira mar, estendida
Lisboa, menina e moça, amada
Cidade, mulher da minha vida.
Lisboa no meu amor, deitada
Cidade por minhas mãos, despida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida."
(Ary dos Santos)
Maravilha! Quer a foto do José, quer o poema. Lindo! Amei!
Apache obrigada pelo poema, pela canção, pelo poeta...
Canela e Jasmim... Deixaste um cheirinho bom...
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