É Inverno mas eu estou à tua espera
.
.
Porque não oiço no ar a tua voz
Entre brumas e segredos escondidos
E descubro que o silêncio entre nós
São mil versos de mil cantos escondidos.
.
Porque não vejo no azul-escuro da noite
Nas estrelas esse brilho que é o teu
E procuro a madrugada que me acoite
Num poema que não escrevo mas é meu.
.
Olho o vento que se estende no caminho
E ensaia a tua dança de voar
És gaivota que só chega a fazer ninho
Quando o tempo te dá tempo para amar.
.
Mas também se perde o tempo que se tem
Para gastar só quando chega a Primavera
Veste um fato de saudade amor e vem
Que é Inverno, mas eu estou à tua espera.
.
Helder Moutinho
.
.
( Não sei qual é o titulo deste soneto.
Foi gentilmente cedido a este blog pelo Apache.
Os índios também gostam de poesia pelos vistos!
Mas arrisquei o titulo.
Há momentos da nossa Vida em que é Inverno...
Idades que podem corresponder ao Inverno
Mas No Amor é sempre Verão!)
3 Comentários:
Já tinha dito e volto a repetir: É lindo!!!
Que coincidência, passei neta estrada no Domingo... fica muito bem a ilustrar o texto.
Chama-se "Porque não oiço no ar" mas prefiro o título que lhe deu.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial