CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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sexta-feira, abril 21, 2006

Do dever de Deslumbrar

( Café Del mar - Ibiza - 2005 ACCB)

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A inútil tragédia da vida
Não chega a merecer um poema.
Só o poema merece, por vezes
A inútil tragédia da vida.
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As pessoas caem como folhas
E secam no pó do desalento
Se não as leva consigo
A fúria poética do vento.
.
Para que se justifique a nossa vida
É preciso que alguém a invente em nós.
Os que nunca inspiraram um poema
São as únicas pessoas sós.
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Natália Correia

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Um dia pediram-me para comentar este poema da Natália Correia.
Fi-lo.
Propositadamente sem convicção.
Disseram-me então que esperavam mais do meu comentário.
Eu sei.
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Querem comentar?
Façam-no com convicção.
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Juro que se um dia o voltar a comentar, o farei com toda a convicção.

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10 Comentários:

Blogger xavier ieri disse...

Com toda a convicção vos digo:
No fundo, no fundo, aliàs, com também no raso, o que a Natália Correia quis dizer é de uma profundidade insondável.
Todavia, para o comum mortal a mensagem é bem clara:
Depois de inspirar um poema
Nunca mais nos sentimos sós.
Mas não podemos perder-nos em devaneios poéticos: Depois de inspirar é preciso expirar.
Além disso, há os efeitos colaterais: Por exemplo, a cocaína provoca, ao que parece, um ataque de poeticite, mesmo quando inspirada a solo.
Já os que inspiram um poema passam a um estado eufórico tal que se julgam acompanhados pelas mais belas fêmeas ou pelos mais belos machos.
Uma coisa é certa: Nunca mais se sentem sós.
Isso, claro, enquanto durar o efeito, não é verdade?!
Vai daí, proponho o seguinte, já com layout para campanha publicitária e tudo: "Está só? A solidão é o seu pior inimigo? Não desespere. Inspire uma linha poética por dia e nunca mais se sentirá só! (não se esqueça de expirar, assim que passar a tontura inicial)".
:)

22 abril, 2006  
Blogger Apache disse...

Não sei se devo comentar o poema da Natália ou o comentário do Xavier?!

Bom, o Xavier gosta de ser o centro das atenções mas por ora...

Este não é um poema fácil de comentar!

"A inútil tragédia da vida
Não chega a merecer um poema."
Nenhuma inutilidade merece um poema! (Não gosto desta primeira estrofe mas a partir daí, o poema é espectacular!)

"As pessoas caem como folhas
E secam no pó do desalento
Se não as leva consigo
A fúria poética do vento."
Gosto! Ou se vive com fúria (com poesia, com paixão) , ou não vale a pena viver!

"Os que nunca inspiraram um poema
São as únicas pessoas sós."
Os que nunca inspiraram (noutrém) um poema, nunca foram amados, por isso, independentemente das pessoas que os rodeiam, estão sós!

Obrigado Cleo, não conhecia isto!

23 abril, 2006  
Blogger xavier ieri disse...

Ó patego do penacho,
o xavier não gosta de ser o centro das atenções.
Se bem vires as coisas, são pategos como tu, com os seus comentários da treta sobre o xavier, que fazem do xavier o centro das atenções, percebes?

O blog é livre (pelo menos até o moderarem) e eu escrevo livremente.
Não tenho que me submeter às lógicas e aos paradigmas intelectuais subjacentes aos temas e às formas.

Mas nessa cabecinha empenachada nada mais corre do que a mesquinha e balofa idéia de há alguém a querer ser o centro das atenções.

Ó do penacho: Olha para o céu! Não olhes para o dedo que aponta o céu!!!!

Pôrra!!!!!!!!!!!!!

23 abril, 2006  
Blogger Apache disse...

Caro patego cara-pálida, não precisava de ser tão rápido a dar-me razão!

23 abril, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Julgo que o essencial está aqui:
“Os que nunca inspiraram um poema
São as únicas pessoas sós.”
É, tão só, uma interpretação, mas a ideia com que fico é que se trata de um elogio àqueles que marcam a diferença por manifestarem as suas posições.

23 abril, 2006  
Blogger Silêncios disse...

Só não consigo aceitar que "alguém tem que a inventar em nós"... Crei que temos que nós mesmos a criá-la...mas isto é hoje.Amnhã, quem sabe...!
Fica um beijo

24 abril, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

O “tem” é de facto violento, porque (aparentemente) necessário.
Mas quando alguém a inventa em nós, dá outro significado à nossa própria vida.
Julgo que a ideia do poema passa por aí.
A Natália Correia é o exemplo do seu poema… A sua vida mais do que aquilo que foi é tudo o que nos deixou(e é muito).

24 abril, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

guerra entre indios e caras pálidas?
santo Deus!!!!

No meu blog?
nem pensar!!!

E se fumassem o cachimbo da Paz???

03 maio, 2006  
Blogger Clotilde S. disse...

Curiosamente, na quinta-feira à noite estive numa tertúlia dedicada á Natália e onde pude ler Ave(matr)ya e Saudade.Tenho as obras completas dela e também o diario de Abril "Não percas a rosa".
Natália Correia, não deixem calar a sua voz!

06 maio, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Tantas pessoas que já inspiraram poemas e... nunca deram por isso.
A todos a quem escrevi aquilo a que alguns chamam poesia... um bj para a eternidade.
Aqueles que me escreveram poesia... obrigada por me tornarem eterna...
Aos poucos que me chamaram poema "...Só o poema merece, por vezes
A inútil tragédia da vida..."
...Obrigada por me darem uma razão para viver!

19 maio, 2006  

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