CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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domingo, março 30, 2008


Homicídios em nome da Paz?


A Visão pela mão de César Rodrigues, traz-nos esta semana uma referência à guerra do Vietname de uma forma realista e alarmante.

"Há 40 anos, a Companhia Charlie do Exército norte-americano estacionada no Vietname, entrava na aldeia de My Lai e, em pouco mais de três horas, chacinava a sangue frio cerca de 500 civis."

No dia 16 de Março de 1968, entre 300 a 500 aldeões (velhos, mulheres e crianças) foram mortas pelo exército americano em My Lai, no Vietname. Colin Powell, então adido no Quartel General americano no Vietname) tentou esconder o horror cometido pelas tropas americanas. Contudo, os americanos acabam por ter de reconhecer o massacre .
Denunciado pelo soldado Tom Glen, o tenente William Calley da 11ª Brigada da Divisão Americal foi acusado como instigador do acto contra populações indefesas.....................................


Na verdade fala-se muito de holocausto, de armas quimicas, de guerra em África, de terrorismo, mas... será que certas passagens da história do Vietname não fazem parte da História do Homem?!
Ou farão parte da vergonha da História?

Para ler aqui - aqui - aqui - aqui

12 Comentários:

Blogger prafrente disse...

É muita ténue a fronteira que separa a sanidade da loucura.
Todos nós,por detrás da nossa aparente normalidade,nos esforçamos por esconder os nossos "monstros" interiores.
Em ambiente de guerra, o acumular de tensões,liberta toda a nossa irracionalidade latente.
Lembro-me bem das fotos, a preto e branco, que mostravam os corpos mutilados, dos colonos brancos, que em Angola haviam sido vítimas da insurreição armada dos anos 60.
Todo o meu pelotão viu essas fotos,na Guiné Bissau.A intenção era incitar-nos á vingança; Chamavam-lhe "acção psicológica".
...e nós acreditávamos estar a defender a pátria...
Não defendo o branqueamento da história;mas há sentimentos que não podem ser entendidos,senão por quem os viveu...
Falar da vergonha da história, e é bom que isso seja feito,implica falar também de Hitler,Staline,Khmers Vermelhos,Pinochet,Bush...

Quando não podemos voltar atrás,devemos procurar a melhor maneira de seguir em frente !! Por muito doloroso que seja o caminho...

30 março, 2008  
Blogger Apenas um homem disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

30 março, 2008  
Blogger Apenas um homem disse...

Infelizmente não foi só em My Lai que aconteceram massacres, as tropas portuguesas, por exemplo, foram intervenientes em alguns durante a Guerra Colonial. O caso mais flagrante ocorreu em Moçambique numa povoação chamada Wiriamu onde a 6ª Companhia de Comandos chacinou cerca de 150 pessoas civis na maioria mulheres e crianças (16 de Dezembro de 1972).

O mundo teve conhecimento desta vergonha na sequência de uma denúncia internacional do padre Adrian Hastings, tendo o Papa Paulo VI solidarizado com os missionários que revelaram a chacina.

Uma nota:
Não foi por acaso que se criou um direito particular para tentar enquadrar a violência de guerra. Existe a convenção de Genebra, e as categorias de "crime de guerra" e de "crime contra a humanidade". Quer isto dizer que casos graves devem ser julgados. Ou seja, o que se passou em Wiriamu não é comparável com um afrontamento entre tropas regulares.

Foi para situações como essa que se criou o TPI. É evidente que muito boa gente que continua a não compreender para que é que tudo isso serve. O exército americano, por exemplo...

Um beijo
Fernando

30 março, 2008  
Blogger Lady disse...

Os massacres em nome da Paz não se justificam nunca, e principalmente de gente inocente...
Nessas alturas tudo serve para justificar um acto vergonhoso, e do qual ninguém sabe explicar... um autêntico homicidio, chacina...
Parece mais um acto de racismo... como os que se efectuaram no tempo do Hitler...

Jinhos

30 março, 2008  
Blogger Lady disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

30 março, 2008  
Blogger Cleopatra disse...

Infelizmente...continua a haver massacres.

31 março, 2008  
Blogger Pecadormeconfesso disse...

Os Tratados, as Convenções as leis, os Tribunais e a boa vontade, pouco podem contra a loucura.
Temos um exemplo muito fresco em que o Tratado de Lisboa deixou ficar a pena de mnorte em caso de conflito militar.
O Homem é sempre o mesmo. Pelos séculos dos séculos até à extinção.

31 março, 2008  
Blogger Apache disse...

Não sei se faz parte da condição humana, se resulta do stress da guerra. Mas sei que não conheço nenhuma guerra em que ambas as partes não se acusem mutuamente de crimes de guerra e em muitas delas, de crimes contra a humanidade.
Quanto ao TPI, dificilmente conseguirá isenção política para condenar criminosos dos dois lados. Oxalá esteja enganado, mas parece-me apenas uma versão “moderna” dos julgamentos de Nuremberga. (veja-se por exemplo o caso da ex-Jugoslávia, Milosevic morreu na cadeia, Thaci é “primeiro-ministro”).
Acresce o facto de hoje ser mais fácil encomendar estas chacinas a outrem, o que não faltam por aí são Al-Quaeda’s dispostas a despachar inocentes por uns milhões (como no Iraque).

31 março, 2008  
Blogger M@nza disse...

Por vezes torna-se dificil distinguir entre realidade e ficção. Quando se está muito tempo em combate "surge" um click que leva muitas vezes à loucura, ao heroismo, ou à morte. Estes "Homens" que cometeram actos de autêntica chacina, de certeza que não estavam no seu perfeito juízo quando a cometeram e por isso não terão a culpa total pelo sucedido. Quem os mandou para lá também tem a sua "quota-parte" e como tal, também deveria ser julgado no tão falado TPI. Mas como diz o Fernando muitos países apregoam a justiça, mas apenas para os outros daí não assinarem as Convenções Internacionais.
De certeza que não vimos até hoje um "militar" novato cometer este genero de crimes, mas sim quem geralmente está há muito tempo na frente de combate.
Devemos antes de mais primeiro acabar com estas "guerras" que levam ao desgaste físico e psicológico de quem está nestas frentes.

01 abril, 2008  
Blogger Cleopatra disse...

Por isso eu pergunto: Que fazemos com os Tratados, as convenções, as leis... E COM AS PESSOAS???

01 abril, 2008  
Blogger M@nza disse...

Continuamos a insistir para que todos os "peões" a nível global os assinem e cumpram, porque não basta assinar.
Essas Leis devem continuar a existir e a ser severas.

01 abril, 2008  
Blogger Cleopatra disse...

Ainda bem que os militares pensam assim. Oxalá sejam as chefias. É dessas que precisamos.

01 abril, 2008  

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