Pela mão ou pela escrita do "bando dos sete" - Alice Vieira, João Aguiar, José Fanha, José Jorge Letria, Luísa Beltrão, Mário Zambujal e Rosa Lobato Faria entramos pela época de Eça "adentro".
Sim, que durante a leitura do livro quase nunca me consegui transportar para a minha época, ou seja, aquela em que o livro é escrito.
Vejo os herdeiros dos Maias irresistivelmente vestidos com as fatiotas dos ditos e, não consigo olhar Lisboa com as imagens e as cores de hoje a não ser quando Carlos entra em depressão ao descobrir ( ou pensar que descobre) que Maria Hermengarda é sua irmã.
Só aí é que eu o vejo de malas aviadas para um local de férias do mais vulgar e com tufões à mistura e tudo.
Eça aparece e desparece, sempre presente, contudo. João da Ega ressuscita na sua fragilidade fisica e intectualismo sempre em acção. Não tão machista diga-se.
O livro é delicioso. Talvez o melhor que este Bando dos Sete escreveu até agora.
Pelo menos na minha opinião.
Revisitamos os Maias. Um Carlos da Maia menos inutil e mais humano Um João da Ega mais politico e vitima de uma confusão policial à maneira e, uma Maria Hermengarda mais sofisticada mas mais decidida e que acaba nos braços do seu amado Carlos.
Desta vez Carlos e Maria Hermengarda conseguem viver o seu amor fatal e Karmico ( sorrisos).
Pelo meio deles uma sociedade lisboeta fútil, cheia de "tiás", mulherzinhas ocas que vivem do dinheiro dos maridos, cheia de politicos corruptos, de novos ricos bossais e de muita intriga politica inofensiva.
Aconselho.
Muito melhor que os "Novos mistérios da estrada Sintra" e muito melhor que "O Código D'Avintes".
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ACCB
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