Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti
Fazes pintura de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar
Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim
Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão
Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti
Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar
Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim
Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão
-
Mafalda Veiga
9 Comentários:
Este comentário foi removido pelo autor.
Enganei-me na forma... bem, queria dizer que bela foto! Tão perto um do outro, e tão irremediavelmente separados...
Nos seus últimos postais, há claramente um fio condutor, uma mensagem. Mas, honestamente, eu não sei qual é. Nem tenho que saber, obviamente. Mas intriga.
Bom... Para começar, subscrevo os comentários anteriores. Para terminar, gosto desta letra, não tanto da intérprete.
Só há uma solução: metralhar. Metralhar até que o peito ceda, as palavras fluam e o mistério escape, distendido, num repente que recusa silêncios e que exorbitam.
(que grande palermice, mas apeteceu-me e quando me apetece, fico assim)
JC , Não há mistério nenhum
E se há nem eu sei qual é. Provavelmente tenho de ir ao psicólogo. eheheh
Mas Vexa é que é o homem das causas dificeis...
Não quer descobrir o mistério?
Depois diga-me.
Ah e as postagens já cá andavam em rascunho.
Bjito.
Cabral Mendes e Apache
Irremediávelmente separados? Aquilo parece-me papel daquele fininho de embrulhar prendinhas...Ou será plástico. Provavelmente é mais plástico...
Apache
A Mafalda escreve bem, tem uma voz ...bem, ... coitada, canta no tom apenas.
Mafalda Veiga canta a tranquilidade das coisas, os abrigos que nos trazem conforto...
Mafalda igual, Mafalda em pinturas de sonhos...
Se não há mistério, então não há nada que eu possa descobrir :-) E também não há razões para metralhar :-)
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