CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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quarta-feira, junho 28, 2006

Há pessoas que Nunca vão perceber.


"(...) Tinham-se ligado um ao outro sem querer, duma forma natural. Sem saber, o Principezinho tinha aprendido o segredo da amizade com a raposa.
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Como lhe explica a Raposa, a amizade consiste precisamente nesse paciente processo de aprendizagem progressiva e nessa descoberta recíproca da confiança que acontece quando dois seres são «cativados» um pelo outro.
.
No amor, como em tudo o que possui valor para o ser humano, é absurdo pretender «poupar» tempo, como o fazem as «pessoas crescidas», e querer colher frutos antes de florirem e amadurecerem.
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A pressa, a insistência, a precipitação só lhe podem causar dano, pois os mais tímidos e sensíveis, os mais pudicos e apaixonados dos enamorados precisam de um longo tempo de aproximação que lhes permita desfazerem-se de qualquer receio do «caçador» e habituarem-se progressivamente à presença do outro, entregando-se-lhe de dia para dia um pouco mais.

Não se pode comprar o afecto, a confiança, a ternura ou a elevação da alma que possibilita a presença do outro, daquele que se ama.

Mas pode descobrir-se a pouco e pouco a linguagem dos seus olhos, as suas expressões, os seus gestos – tudo aquilo que faz com que se inaugure uma relação infinitamente preciosa e única, de valor incomparável.
É isso que a raposa lhe tenta ensinar. A amar.

.[...]Não há amizade que não se submeta às leis de tal “cerimonial”, da sacralização ritual do tempo vulgar, para que a presença se dê interiormente.”
.
O Essencial é Invisível, uma leitura psicanalítica de O Principezinho, pp. 45-48 "Eugen Drewermann.

19 Comentários:

Blogger RPM disse...

olá Cleópatra....

um obrigado pela visita!! já reconheci uma foto, que está no blogue do José, Conversas ou Talvez Não...

voltarei

um abraço

RPM

28 junho, 2006  
Blogger GTL disse...

Há pessoas que nunca vão perceber, porque raras são as que tocam no invisivel.
Não sei se é bom ou não ser assim, mas sei que se todos tivessemos essa Visão, seriamos iguais, e sabe tão bem quando nos tocam no invisivel ;)

Só para dar um beijinho
MDB

28 junho, 2006  
Blogger Brandybuck disse...

Vale a pena ler e reler essa obra fantástica.

um beijo

28 junho, 2006  
Blogger sem-comentarios disse...

O Princezinho foi um dos livros que mais me deu prazer de ler, até hoje .

Bj**

29 junho, 2006  
Blogger Apache disse...

Muito vou ter de escrever para... pôr a escrita em dia!
O principezinho é um dos melhores livros "infantis" que li!

Volto amanhã para os comentários em atraso!

30 junho, 2006  
Blogger Unknown disse...

Tá fantástico. Bj

30 junho, 2006  
Blogger cris disse...

o amor é um sentimento que une duas pessoas, mas acima de tudo é uma forte ligação de amizade que se estabele...
Acho que todos nós um dia passamos por essa forte ligação nem que seja num só segundo...
todos nós sentimos esse "elo" que se cria de emediato...

o amor é sempre aquele sentimento que as pessoas querem, mas que não aceitam, muitas vezes da melhor maneiras, certas consequencias que ele trás, como a dor...

adorei o texto...

bjinho**********************

30 junho, 2006  
Blogger DarkMorgana disse...

Ó Apache!
Infantilidade é não conseguir transpôr as mensagens d"O principezinho" para as relações humanas!!
Ou será que para ti o essencial é SÓ o que é visível para os olhos?

02 julho, 2006  
Blogger Apache disse...

"Ó Apache!
Infantilidade é não conseguir transpôr as mensagens d"O principezinho" para as relações humanas!!"
Vossa Feitiçaria não quererá tomar um chazinho para se acalmar? Parece que as exibições de Portugal, no mundial, também a deixam nervosa!...

Chamei "infantil" (entre aspas) ao livro, porque o li com 12 ou 13 anos e, porque me parece com uma linguagem perfeitamente acessível aos primeiros anos da adolescência.

Saiba Vossa Poção Real que a leitura do "Principezinho" é recomendada no programa de Língua Portuguesa, do 3º ciclo, do ensino básico. Saiba também que qualquer adolescente percebe que trata de valores humanos como a amizade, por exemplo.

"Ou será que para ti o essencial é SÓ o que é visível para os olhos?"
Depende... De que fala a Princesa dos Cristais Esféricos?...

03 julho, 2006  
Blogger Bushi disse...

impressionante como um simples psudo-livro infantil tem a capacidade de atravessar geraçoes, idades, raças ou credos. entretenimento, verdade universal escrita, ou uma biblia dos tempos ditos modernos?

03 julho, 2006  
Blogger Dafne disse...

Olá
O Principezinho é um livro fantástico, que nos dá com cada lição de vida.
Bj
Dafne

04 julho, 2006  
Blogger lobices disse...

... na verdade e em qualquer circunstância da vida, haverá sempre, mas sempre, pessoas que nunca irão perceber...

05 julho, 2006  
Blogger £ou¢o Ðe £Î§ßoa disse...

Tão.... onde andas?
O princepezinho nunca mais vai dar uma volta??

Hummm...

Vou ficar aqui á tua espera!!!

06 julho, 2006  
Blogger DarkMorgana disse...

Então Cleo?
Foste de férias também?
Ou estás à espera que as pessoas que nunca vão perceber, percebam?...

07 julho, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Ora viva!

RPM -
Obrigada pela visita espero que se repita.

gtl -

obrigada pelo beijinho.Outro para vocês.

José

Vale a pena ler e reler e voltar a ler... em todas as idades.


Sem comentários

è uma delicia sim. Uma delicia de sentir.

Apache

Não é um livro infantil e, não foi escrito com esse intuito.
Um dia explico-lhe porque foi escrito.
Não posso é explicar-lhe porque é que o que é essencial é invisível para os olhos.
Isso terá de o aprender com o coração e os sentidos..."
BJ

Adryca - escorpião!

Bem vinda!

Grão de areia.

Este Blog espera o teu elo de amizade também.
Bj.


Joaninha

Volta sempre
Já tinhamos saudades.
As notas foram boas?



Olá Morgana

Estas mensages de Vida não são para todos.
Provavelmente ficou mais tempo por isso. Estava realmente á espera de que quem não percebe... precebesse.

Não. Infelizmente ainda não fui de férias e tenho tido tanto trabalho que nem tenho vindo por aqui.
BJ

Nasty

É apenas uma das melhores lições de vida que conheço!


Dafne.
É isso mesmo. Nem mais!


Olá Lobices.

bem vindo. Volta sempre


Viva Louco de Lisboa.

Obrigada por esperares por mim.

08 julho, 2006  
Blogger Apache disse...

Nem todo o essencial é invisível, para os olhos, Cleópatra e, muito do in´visível para os olhos, "vê-se" com os outros sentidos.

08 julho, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Apache... concordo com o espirito e percebo a letra.
Vai uma cachimbada??? ; )

08 julho, 2006  
Blogger Picasso disse...

Hum... Está bem.

08 julho, 2006  
Blogger M@nza disse...

"... Há pessoas que Nunca vão perceber..." o verdadeiro sentido da palavra amizade. Não se ganha, conquista-se...

Eis o diálogo entre a raposa e o principezinho, que aqui falas Cleopatra.


"...E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
- Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! ...
Antoine de Saint Exuperry

09 julho, 2006  

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