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Contextualizar
O poema é aleatório e chama.
Não sei porque chama,
porque arde,
nem como as palavras nascem
na cabeça e nas mãos
que se apressam a segui-la.
Nem como se organizam
as pequenas habitações do olhar,
palpitando sonoras,
vivas,
a me empurrarem para ele.
Não sei o modo do som
a me tomar a voz.
Só sei o relâmpago
a encher as folhas de palavras.
A paixão.
Silvia Chueire
3 Comentários:
Que poema lindo.
Uma grande poetisa.
No ano passado tive o privilégio de conhecer a autora no lançamento do livro ' Por Favor, um Blues,' no Porto.
É tão bonita como a sua poesia...
Bonito poema
«...chama...» «...arde..."
Fez-me lembrar logo o soneto de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;"
bjos
É um bom poema sim.
também gosto.
É fora do habitual esta forma de dizer
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