CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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segunda-feira, janeiro 02, 2006

Estava dentro da caixinha



O Poema



…O poema sabe, o poema conhece-se e, a si próprio, nunca se chama poema, a si próprio nunca se escreve com p, o poema dentro de si é perfume e é fumo, é a exaustão e a liberdade sentida, é tudo o que quero aprender se o que quero aprender é tudo, é o teu olhar e o que imagino dele, é solidão e arrependimento, não é um torrão de terra a cantar hinos e a estender muralhas entre os versos e o mundo, o poema não é a palavra poema porque a palavra poema é uma palavra, o poema é a carne salgada por dentro, é um olhar perdido na noite sobre os telhados na hora em que todos dormem, é a última lembrança de um afogado, é um pesadelo, uma angustia, esperança.
.
O poema não tem estrofes, tem corpo, o poema não tem versos, tem sangue, o poema não se escreve com letras, escreve-se com grãos de areia e beijos, pétalas e momentos, gritos e incertezas, a letra p não é a primeira letra da palavra poema, a palavra poema existe para não ser escrita como eu existo para não ser escrito, para não ser entendido, nem sequer por mim próprio, ainda que o meu sentido esteja em todos os lugares onde sou, o poema sou eu, as tuas mãos nos meus cabelos, o poema é o meu rosto, que não vejo, e que existe porque me olhas, o poema é o teu rosto, eu, eu só sei escrever o seu sentido.

José Luís Peixoto
in: A Criança em Ruínas

8 Comentários:

Blogger Eva disse...

Que o P lhe vá fazendo companhia aí no quentinho. Estava a pensar mandar-lhe também, junto com o chocolate belga, o O, o D, o E, o R, mais outro O, um S e por fim um A, para poder juntar todas. Aceita?

04 janeiro, 2006  
Blogger Angel_Ariel disse...

Se me é permitido um comentário, penso que com todos juntos a Cleópatra ficaria poderosa de mais e… poder a mais…

04 janeiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Todas essas letras???

É um grande desafio!

Uma grande responsabilidade...

É como diz o Ariel. poder a mais...


Provavelmente não saberia administrá-lo!!...

04 janeiro, 2006  
Blogger Eva disse...

E não é poderosa?
Já reparaou bem na quantidade de gente que não se conhece que faz deste cantinho uma passagem e uma paragem para dois dedos de conversa?
E depois vem dizer que não é! tá bem, tá bem!


E nunca mais chega dia 9 e o malfadado movimento.
QUE RAIVAAAAAAAAAA

04 janeiro, 2006  
Blogger DarkMorgana disse...

Secalhar sabias gerir o poder melhor do que pensas!

Será que os nossos políticos tiraram algum curso de Gestão de Poderes?
E que "cadeiras" terá?
1- Chantagem subtil avançada...
2- Suborno reptício...
3- Características do assistente
que escreve discursos
convicentes...
4- Representação avançada
5- Estratégias de marketing
6- Estratégias de captura de
fundos da CE...

and so on...

05 janeiro, 2006  
Blogger DarkMorgana disse...

Ops!...Não sei o que fiz ao "sub" do reptício!
A menos que reptício venha de réptil...

06 janeiro, 2006  
Blogger M@nza disse...

Sentimento de Poder

Ao fazer o bem e mal, exercemos o nosso poder sobre aqueles a quem se é forçado a fazê-lo sentir; porque o sofrimento é um meio muito mais sensível, para esse fim, do que o prazer: o sofrimento procura sempre a sua causa enquanto o prazer mostra inclinação para se bastar a si próprio e a não olhar para trás. Ao fazer bem ou ao desejarmos o bem exercemos o nosso poder sobre aqueles que, de uma maneira ou de outra, estão já na nossa dependência (quer dizer que se habituaram a pensar em nós como nas suas causas); queremos aumentar o seu poder porque assim aumentamos o nosso, ou queremos mostrar-lhes a vantagem que há em estar em nosso poder; ficarão mais satisfeitos com a sua situação e mais hostis aos inimigos do nosso poder, mais prontos a combatê-los. O facto de fazermos sacrifícios para fazer o bem ou o mal não altera em nada o valor definitivo dos nossos actos; mesmo se arriscarmos a nossa vida, como o mártir pela sua igreja, é um sacrifício que fazemos à nossa necessidade de poder, ou a fim de conservar o nosso sentimento de poder.

Friedrich Nietzsche, in 'A Gaia Ciência'

08 janeiro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

LIVRA!!!

Oh Manza... Vou ter de ler outravez e pela manhã....

Ou se calhar é melhor pelas 21hoo...

Isto agora já não funciona!

08 janeiro, 2006  

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