FELIZ NATAL - estamos em Dezembro.
Olá.
Hoje estou muito triste. Há uns dias, há muitos dias, que ando triste e confusa.
Não me vou apresentar porque já sabem quem eu sou e, nem apetece perguntar se incomodo porque preciso que me escutem.
Não que me escutem a voz, mas que me escutem os olhos.
Que me escutem os gestos, a falta de vontade de comer e o medo de dormir.
Tenho tanto medo. Sabem? Eu não quero que o Natal chegue. Não quero mesmo. Este ano não queria que fosse Natal.
Os meus amigos só falam do Natal e dos presentes que querem receber, mas eu não quero ouvir falar disso. Tapo os ouvidos com as mãos e tenho vontade de chorar e bater os pés, gritar que se calem, que o Natal não vai chegar. Que tenho raiva de falar nisso.
Não percebo porque tenho de fazer o que dizem que é melhor para mim, se eu acho que o melhor, é ficar com os meus pais.
Não percebo nada. Dizem que eles não são meus pais. Que os meus pais estão, um para cada lado e que não quiseram saber de mim quando eu era pequena...Não percebo nada. Tenho tanta vontade de chorar.
Acordo de noite com medo e vou deitar-me ao pé da mâe. Por vezes ela também chora e diz para eu não ter medo. Mas tenho. Tenho medo.
pai está sempre zangado e diz que faz isto e aquilo, tudo coisas estranhas e confusas para mim.
Não quero presentes, não quero nada. Quero só que se esqueçam de mim.
Não quero bolo rei, nem filhoses, nem rabanadas, nem quero ter sapatinho em lado nenhum, não quero bonecas...só quero ficar ao canto do meu quarto sózinha.
Não quero fazer o presépio nem a árvore de Natal!
Deixem-me em paz!
Porque não tenho direito a ter uma casa só com um pai e uma mãe iguais aos outros??!!!
Porque me fizeram isto?
Eu não sei quem são os outros pais, só os vejo na televisão. Para que me querem agora se antes não me quiseram? Nunca vivi com eles.
Não sei nada de leis , nem das coisas certas que as pessoas grandes sabem.
Só sei que tenho medo muito medo de tudo e de todos. Só sei que quero voltar a dormir e comer gelados e bolos e rir e brincar como os outros...com os meus amigos.
Mas já não gostamos das mesmas coisas porque eles só falam de como é bom ser Natal!
Mas já não gostamos das mesmas coisas porque eles só falam de como é bom ser Natal!
E eu só sei que não quero que chegue o Natal.
Este ano, vou pedir ao Menino Jesus que não deixe chegar o Natal.
-
Esmeralda
29 Comentários:
Finalmente regressei. Foi uma pausa forçada que me deixou cheia de saudades. Mas...cá estou e com algumas novidades. Espero que fiques feliz por mim.
Também me senti triste ao ler-te.
Bjinho
Ora, ora. O imediatismo ganhou muitos. Mas a informação e a justiça, como sempre acontece com a verdade, foram fazendo o seu caminho. E hoje são cada vez menos os que ainda não viram a luz... Aqui continua a escuridão. Lágrimas de crocodilo.
Dramático... quando somos crianças, o mundo dos adultos parece-nos inexorável: não há por onde fugir quando as coisas correm aml..
Cara amiga, não devia deixar a sua filhota escrever no seu blog !
(Ainda escrevi mais uma ou duas "alfinetadas", mas resolvi omiti-las para não ser atropelado por uma caranguejola preta com o pára-choques sujo:):)).
O natal vai chegar quer a menina queira ou não e, por isso, é melhor que acorde para a realidade e a enfrente porque a vida é mesmo isso: um quadro real onde convivem os dramas, os dilemas, as dificuldades e os sonhos. Há outros, muitos, meninos que não tem sequer "uns" pais, quanto mais dois e, no entanto, ninguém lhes dá voz, ninguém se preocupa com eles, são abandonados em instituições públicas que em vez de os proteger os castiga, usa e humilha... outroa há que ~querem uns pais no natal e não os vão ter, ficaram a mendigar um afecto de quem não chega ou existe..
Já que todos gostam de falar em meu nome, presumindo o que penso e sinto, ao invès de mo porguntarem, por que não experimentam o seguinte:
Será que o processo não teria um desfecho mais f´cail e a contento de todos se não tivesse os holofotes dos media em cima dele?
Não seria mais prudente remetermo-nos ao silêncio uma vez que falamos do que não conhecemos?
Qual é o nosso contributo para o bem da esmaeralda ao pronunciarmos constante e sucessivamente sobre o assunto?
E já que tanto querem saber a minha opinião porque não ma perguntam?
de qualquer modo aqui vai ela: gostavam de ver terceiros a opinar e a imiscuir-se no vosso caso pessoal sem que os tivessem chamado a fazê-lo?
Olá Paula.
Não é para ficar triste é para reflectir. Para que situações como esta não se repitam em ponto ou pormenor algum.
Olá Pilobulos.
O imediatismo não ganhou ninguém Pelo menos aqui não ganhou ninguém
Sabe qual é a sua dificuldade ? E a de outros?
É não conseguirem, pensar como quando tinham 6 anos.
Ou, provavelmente nunca terem conversado, rido, brincado, enchugado lágrimas e tentado apagar medos a crianças de 6 , 7, 5, 4, 3, 8, 9, 10 anos.
Cabral Mendes: Ao menos conseguiu ler o texto com o se ele fosse escrito ou pensado por uma criança .
É verdade:
"Dramático... quando somos crianças, o mundo dos adultos parece-nos inexorável: não há por onde fugir quando as coisas correm mal..
OLá 100 anos. A filhota não escreve no Blog da mãe. E tem uma opinião sobre o assunto que não vou dar aqui por ela.
Mas também já não escreve assim. è grandinha suficiente para não pensar assim e cresceu num ambiente certo, ritmado de pai e mãe que são mesmo dela Graças a Deus.
Sabe onde é o seu porto seguro.
Sabe onde é a sua casa.
Sabe que ninguém a vai tirar daquei nem ao irmão.
Está serena.
Não tem desses medos.
Felizmente.
Terá outros? certamente. Como todos nós.
E quanto à caranguejola... não é uma caranguejola, mas é preta e um dia convido-o a dar uma volta nele.
Quer????
OLá "Esmeralda"
Li com atenção o que foi escrito e percebi logo que não eras a Esmeralda.Pois.
E que nem próximo ou próxima da idade dela estás.
Também me ocorreu que não tenhas esmeraldas, ou que outrem cuide das esmeraldas que tens.
Eu tenho duas esmeraldas cá em casa. São mesmo os meus tesouros. As minhas pedras preciosas. A razão que encontro para continuar a caminhar ...Bem ..deixemo-nos de "lérias"
"é melhor que acorde para a realidade e a enfrente porque a vida é mesmo isso: um quadro real onde convivem os dramas, os dilemas, as dificuldades e os sonhos. "
A realidade foi a que os adultos lhe criaram A começar pela mãe biológica dela. A continuar no pai e a ir por aí fora pelo casal que a tem com ela e pelos senhores que escrevem escrevem como eu e decidem da vida dos outros sem os conhecerem ou consultarem Porque o que se consulta são os códigos.
"Há outros, muitos, meninos que não tem sequer "uns" pais, quanto mais dois e, no entanto, ninguém lhes dá voz, ninguém se preocupa com eles, são abandonados em instituições públicas que em vez de os proteger os castiga, usa e humilha... outroa há que ~querem uns pais no natal e não os vão ter, ficaram a mendigar um afecto de quem não chega ou existe."
ABSOLUTAMENTE DE ACORDO:
E este blog já fez muitas postagens sobre essas crianças.
Concordo em absoluto contigo esmeralda e aqui vejo-te com esmeraldas à volta. Muitas , mesmo as que não são tuas.
Não sei se seria mais prudente remeter-me ao silêncio
Mas eu não sou prudente e, detesto silêncios.
também sei que este caso foi demasiado mediatizado, como o da menina inglesa...
E sei e concordo que isso por vezes prejudica.
mas é preciso saber o que se passa, para poder pensar e mudar o pensamento, a jurisprud~encia e a doutrina....
Por acaso gostava que perguntassem à Esmeralda, à verdadeira, o que é que ela pensa sobre o assunto porque tenho a certeza de que não iria obter qualquer resposta , apenas um enorme silêncio cheio de medos e raivas.
Um enorme medo de pensar de se atrever,.... de falar...
E não creio que ela pense como a esmeralda que hoje aqui se apresenta como sendo a própria
É que as crianças não têm esta linguagem: " de qualquer modo aqui vai ela: gostavam de ver terceiros a opinar e a imiscuir-se no vosso caso pessoal sem que os tivessem chamado a fazê-lo?"
E se alguém já se imiscuiu no caso pessoal dela não foi este Blog.
Outra coisa:
A liberdade de expressão, desde que não ofenda ninguém , ainda é uma liberdade constitucionalmente reconhecida.
Ou será que a Esmeralda que hoje aqui veio, também é daquelas ou daqueles que anseiam mudar a Lei Fundamental?
Vamos então ,,,tratar das Esmeraldas do nosso País e porque não pensar nas tais crianças sem pais, sem Ntal e que o desejam???
Mas vamos regressar aos nossos seis anos e sentir como diz o Cabral Mendes:
Dramático... quando somos crianças, o mundo dos adultos parece-nos inexorável: não há por onde fugir quando as coisas correm mal..
Terei de lhe dizer que não entendeu nada, de nada, do que eu disse.
Apresentar-me como esmeralda foi obviamente uma metáfora. A prova disso encontra-a, como referiu, na intencional linguagem usada. Quisesse eu escrever um texto, ainda que imaginário, na primeira pessoa e muito teria para dizer…não sobre aquela esmeralda, nem sobre os códigos que se consultam (que nestas matérias, como sabe, são perfeitamente discricionários – repare que eu não disse arbitrários)…
É preciso saber o que se passa? Porquê? Porquê temos nós de saber o que se passa neste caso? Então, e os outros? A ser assim, sejamos coerentes e exijamos saber de todos os outros. São aos milhares, espalhados pelo país fora… O que os distingue deste caso?
Pensava eu, pelos vistos erradamente, que fosse suficiente saber que o que quer que se esteja a passar está a ser acompanhado por um mp, por um juiz, por técnicos, por advogados e que se a decisão não satisfizer quem quer que seja haverá outros graus de jurisdição que novamente apreciarão o caso. Afinal não. Não devemos acreditar no Tribunal que está a julgar o caso, nem na justiça em geral e, enquanto cidadãos proprietários da tal liberdade constitucional de expressão, temos de fiscalizar e acompanhar o caso da esmeralda para que saibamos o que se passa. A jurisprudência e a doutrina é feita por quem no caso concreto tem intervenção e à posterior, e só à posterior, discute-se da bondade dessa jurisprudência e doutrina. Querer opinar e condicionar exogenamente quem no caso tem de decidir é errado. E só assim não vê quem, de forma mais ou menos séria, têm de dar notícias e fazer render o peixe como é o caso de alguns jornalistas e imprensa.
Não é seguramente o seu caso e com um pouco mais de esforço teria lido no meu comentário muito para além do que quis ler.
Ai ESmeralda, tivera Vexa 6 anos e entendiamo-nos às mil maravilhas. Pode crer.
Entendi tudo o que disse.
Entendeu tudo o que eu disse.
Só não o queremos admitir.
Boa noite "Esmeralda".
E para as outras Esmeraldas, aquelas que sabemos que também existem, deixo um desejo de que esta nossa conversa de blog, nos acorde e, aos outros, para elas.
Um abraço que não sei se lhe posso dar um bj.
Cara Cleópatra,
Se eu por alguma razão tivesse conhecido este post antes da sua publicação, ter-lhe-ia pedido insistentemente que não o publicasse.
Não creio que tenha adiantado literalmente nada de bom ao assunto em causa - apenas produziu mais "ruído".
Creio que foi isso que a Esmeralda/Comentadora quis dizer no seu primeiro comentário, que me parece muito equilibrado.
Sabe 100 anos? Os pratos da balança pendem para o seu lado e para o lado da Esmeralda comentadora. Não creio que isso seja equilibrio.
Por outro lado, assim como publico os vossos comentários, publico também no Blog, aquilo que escrevo e muito bem entendo dever escrever e publicar.
Coisas de Imperatriz.
Tenha um bom dia e faça o favor de ser feliz e fazer os outros felizes.
Há criaturas que são incapazes de calçar as botas dos outros...
É óptimo ver tudo de cima do poleiro da sapiencia.
Não há dores de cabeça, nem noites mal dormidas.
É cómodo!!!
Olha Cleopatra, a minha filha mais velha aos 3,5 anos ia-lhe caindo o mundo em cima... e tu sabes o que eu fiz.
Nós, adultos, pelas crianças devemos fazer os possíveis e impossíveis para as proteger e isto é um caso de adultos a degladiarem-se ...
Pobre Esmeralda, pobres meninos, bolas de ping-pong.
maria de são pedro
Naturalmente que no seu espaço pública tudo o que entender e lhe apetecer. Mal fora se assim não fosse. Tem, de igual modo, liberdade (diria total - porque activou a moderação) para publicar ou não os comentários que lhe enviam.
E quem lhe envia comentários, como no meu caso, fá-lo expressando o que pensa sobre o que é publicado (de outro modo não permitiria o local para os comentários).
E expressa o que pensa em função do que a matéria publicada lhe sugere ou da afinidade que possa ter com a mesma. E a isso não é V.exa alheia, pois, sabe certamente e tem consciência que uma determinada matéria, desta ou de outra natureza, são susceptíveis de despertar as mais diversas reacções em quem a lê. A comentar, ou digo o que penso ou calo-me, não sei fazer comentários correctamente concordantes. Logo, dizer que os pratos da balança pendem para o meu lado, e isso não é equilíbrio, não me parece uma correcta avaliação.
Não se trata de ver para onde pende a balança. Tratam-se de regras.
É que num tempo em que tanto se fala da soberania das decisões judiciais (sempre prontas a ser postas em causa por todos), da independência e imparcialidade dos juízes, do dever de reserva, da defesa do segredo de justiça, da relação entre o poder judicial e a comunicação, da necessidade de uma definição clara das matérias que devem ser divulgadas, etc, etc, surpreende-me que este processo concreto seja recorrente no espaço de alguém que tem o dever de saber que o que passa na comunicação não espelha, muitas vezes, o que acontece no processo.
Ainda para mais num processo que é dinâmico, não está decidido nem findo e envolve valores tão complexos como as relações paternais (sejam elas biológicas ou afectivas).
Cuidado Cleópatra, essa costelazita autoritária está a latejar de força, creio que V. é capaz de bastante melhor do que isso - a perda do sentido de humor normalmente redunda em défices de qualidade.
Claro que pode e deve escrever o que bem entende no seu blog – essa liberdade de expressão é mesmo a essência da blogosfera, ao salientá-la a Cleópatra está a enfatizar uma verdade consensualmente assumida, insistindo no que é evidente.
Bom..., estamos no Inverno e não é pecado chover no molhado, só é chato quando nos esquecemos do guarda chuva (que no caso concreto bem pode ser o dito sentido de humor).
Um abraço sorridente e cuidado com a chuva.
Não é autoritarismo 100 anos. è mau feitio. Muito mau feitio.
Pelo na venta!!!
Solo Perché, oggi, sono nostalgica!!
eheheh
Já viu a canção em baixo????
Ora delicie-se com o que tenho de bom e deixe lá aquilo de que não gosta.
Que mania de só falar para mim para dizer mal
São as coisas boas que devem ser ditas. ou, também devem ser ditas.
OLá Maria!!!!
Eu sei minha amiga
E há muitas mães assim
Sabes?
Tens toda a razão. è uma guerra de adultos! Cegos e surdos.
Para quem acompanhe este espaço há algum tempo percebe facilmente que aqui se cultiva e promove o elogio e a exaltação das capacidades da autora, nem sempre pelo mérito dos textos mas, na perspectiva do cidadão comum, pela fácil acessibilidade, ainda que virtualmente, de dialogar com um magistrado.
Se o assunto é sério e do foro profissional da autora do espaço as coisas mudam de figura e os comentadores escasseiam. A não publicação do meu último comentário, que nada tinha de ofensivo, revela bem a sua enorme capacidade para aceitar criticas e faz jus às qualidades que a amiúde costuma invocar.
É verdade 100 anos, lembrei-me agora que, no que respeita ao ruído, ele é necessário. Nos carros, por exemplo, indica que não estão a funcionar bem, o mesmo se passa com portas velhas, electrodomésticos, etc etc etc, normalmente são chamads de atenção para algo que está fora do curso normal do objecto....
Caríssima esmeralda, estava realmente em falha com seu comentário. Simplesmente porque abri todas as mensagens e passou-me, não propositadamente, a sua e outras.
Não tem nada de menos correcto, está bem escrita e denota conhecimentos em Direito, seguros e precisos. Concluo portanto que, ou abraçámos a mesma carreira ou, andamos por perto.
Não publiquei o comentário, e acredite mesmo, por distracção. Os mails são mais que muitos e alguns lá vão escapando.
Assim sendo, se devo algum pedido de desculpas é apenas pela pressa e distracção.
Só o ultimo comentário que li apenas hoje, me levou a procurar aquele a que chamava "ultimo".
Escreve como um adulto e, o post que comentou é escrito, pense bem, por uma criança ou pretende, aproximar-se o mais posssível do que pensa uma criança.
Portanto o que eu pretendo APENAS, é que pensem como se tivessem 6 anos.
E parece que só o CM e a LL perceberam isso.
Estamos de acordo, provavelmente em tudo, simplesmente tomámos rumos diferentes na exposição publica do caso e colocámo-nos em posições diferentes.
V.exa na nossa, eu na da Esmeralda.
É necessário no entanto que dentro daquilo que é o nosso percurso profissional, se pare para pensar , naqueles que "temos nas mãos".
Olhe, como fez agora o Tribunal de Coimbra, o Venerando Tribunal de Coimbra, pois que foi o da Relação, que nem precisaria de o ter feito agora, se já o tivesse feito antes.
Quanto à moderação de comentários apenas a coloquei novamente porque, como calcula não estou de sentinela ao blog e, gosto de comentários sérios no meu Blog, como os seus, ainda que discordantes.
Da discussão nasce a Luz e a qualidade é um mérito, concordemos ou não com ela.~
A moderação de comentários deve-se a algumas entradas mais "galhofeiras" que me deixaram a pensar até onde poderiam ir. Não a comentários sérios , estruturados e pensados que demosntram bem que o escrevo foi lido com respeito ainda que não com concordância, que não é requisito para publicação.
Por outro lado gostava ainda de lhe dizer que, é pena que não tenha um perfil disponível e que se esconda por detrás de um nome que não é o seu.
Gostava que tivessse um perfil ou que assinasse pelo menos as iniciais.
É fácil falar quando não damos a cara.
Eu dou a cara. Como Vê até a esmeralda sabe o que faço, que sou mulher, e o que penso, ou do que gosto.
Como Vê da minha parte há mais frontalidade.
Mas gosto da sua. Só lhe falta a coragem do nome
A cobertura do anonimato facilita-nos a vida e, no meu caso, em que parece mas não há anonimato, acredite que muito me controlo, por já não ser anónima, neste espaço que é meu e fiz vosso.
Só mais uma coisa, é exactamente porque o processo não está findo e porque o Direito é algo para aplicar aos Homens, no tempo e no espaço, realidades que não são fixas mas que evoluem, que é bom reflectir.
E neste caso, mais do que nunca, é bom reflectir como se tivessemos 6 anos.
Um abraço e não faça juizos precipitados.
Se é Juiz, : - "in dubio pro reo" ou antes ainda do in dubio, pense que pode ter acontecido alguma circunstancia que nada tem que ver como que disse e pensou.
Se é advogado, ou advogada, pode alegar à vontade ;)
Volte sempre e deixe as iniciais.
Se se quiser identificar pode deixar sempre um comentário terminando com: "este não publique" que, eu sujeito o mesmo a segredo de justiça.
E faça-me um favor, regrida ou melhor, regresse de repente aos seus 6 anos e imagine-se no lugar da Esmeralda, não para decidir, apenas para sentir os medos dela.
Consegue??
Ah esmeralda....esquecia-me.... a sua decisão pode ser aclarada, refiro-me à ultima sobre a criatura que criou este Blog.
Eu por mim não interponho recurso da decisão nem faço questão de aclaração ;) Acho contudo, e desde já em defesa dela ( criatura) , que não a merecia.
Não lhe deixo um bj porque não sei se lho posso dar. ( risos)
Oh!... Que estranho! Chego aqui para te ler, se n�o gostasse n�o vinha. Mas aqui estou porque ividentemente gosto de te ler. Tenho consci�ncia de que sabes muito mais do que escreves. Tenho a certesa que "provocas" para nos obrigares a pensar! :) Gosto de te ler, por isso venho. Esmeralda, lindo nome, podia ser outro, quantas Esmeraldas teremos neste pa�s de faz de conta. Acredito amiga que sabes muito sobre este tema, muito. Eu tamb�m sei, estou acordade, vejo a realidade, sinto-a e fico chocada com ela. Escrever sobre ela � ter consci�ncia da realidade. O Natal � para mim a melhor �poca do ano, mas n�o ser� para todos, infelizmente.... Isso doi, doi sim. Por isso n�o tapemos os olhos para n�o ver, fiquemos de olhos e cora�o aberto para entender e ajudar os que mais necessit�o.
Um Beijo grande amiga, sei que �s uma mulher corajosa e que o teu objectivo � claro, agitar consci�ncias adormecidas. A minha est� acordada e pronta para pensar nos que sofrem e que s�o iguais a mim, gente que pensa e que necessita de amor.
UM beijo e muitos mimos linda!
Não tencionava voltar a comentar. O que pretendia dizer já o disse e de forma clara, segundo julgo. Depois, a dizer muito mais, teria de explanar o assunto noutras vertentes e prismas que, acredite, resvalariam para questões polémicas e, seguramente, dissonantes o que, no actual contexto - de um blogue, não nos levaria a lado nenhum. Portanto, embora não tenha resistido à tentação do primeiro comentário, não me parece o sítio certo, nem adequado, para continuar a polemizar.
Resumo, novamente, a minha opinião à seguinte ideia: a comunicação social não pode, não deve, querer influir nas decisões que estão em curso. Sou terminantemente contra isso. Não concebo, não aceito, que se façam 2 ou 3 programas televisivos, meia dúzia de entrevistas na rádio, manifestações de rua, etc, a defender que o Tribunal deve, no caso x ou y, decidir assim ou assado ou sei lá mais o quê. A isso chama-se tentar “emprenhar” o Tribunal pelos ouvidos. Há matérias que são (ou deviam ser) da reserva absoluta dos Tribunais e se à posterior são sindicáveis, o que está correctíssimo, já o não são antes ou durante.
Aceitar e encarreirar na discussão pública de casos concretos durante a fase decisória é tentar influir e condicional o curso normal da justiça ou o que poderia chamar-se de tráfico de influência…
Se isso é razoável, e compreensível até, por exemplo nos comentários da Maria e outrso comentadores, que presumo não serem da área, já não o é, na minha opinião obviamente, nos operadores judiciais que, por dever de formação e dever estatutário, devem saber separar as águas e recolherem-se a alguma reserva.
Mas não era isto que pretendia dizer-lhe quando me decidi responder-lhe. Queria tão-só dizer que para existir debate de ideias e discussão de matérias, como procurei fazê-lo neste espaço, não é imperioso que exista um perfil ou uma identificação por sigla. Dizer-lhe que me chamo Beatriz, Esmeralda ou Maria, além de poder ser uma falsa identidade e, portanto, nada acrescentar a quem sou, não atribui maior validade aos comentários que faço ou deixo. O que verdadeiramente importa é a substância e a fundamentação que lhe subjaz. Logo, a assinatura com iniciais ou perfil, é uma questão secundária e supérflua. Depois, o anonimato só tem relevância se o comentário deixado for ofensivo ou insultuoso. Aí sim, podería aquilatar ou conjecturar do carácter da pessoa que insulta sob anonimato. Mas, repare, que não foi isso que eu fiz (ou julgo não ter feito). Não pretendo insultar, nem ofender, ninguém. Quis só expor o meu ponto de vista sobre o assunto que publicou e, por sinal, é dissonante do seu.
Por tudo isto, minha cara Imperatriz, é irrelevante o que faço, como me chamo e se o nick corresponde ou não ao meu verdadeiro nome.(De resto, já lhe havia explicado porque usei o nome "esmeralda")
Mas, depois disto, faço-lhe a vontade e regrido aos seis anos da esmeralda:
Mamã, porque estás sempre a mudar de canal? Porque não posso ver televisão?
- Porque não está a dar nada de jeito.
-mas não era o papá que estava na TV?
- não filha, não era, era alguém parecido…
-mas ouvi aqueles senhores falarem no meu nome…
- não filhota, falavam de outra menina com o mesmo nome…
- mamã, porque é que as pessoas olham tanto para nós?
- não sei filha, talvez porque tu és uma princesa linda…
- então porque não posso ir á escola? Porque é que tenho de andar de gorro mesmo quando está calor? e porque é que andamos sempre a mudar de casa? Porque é que não posso ter amigos?
Entre os muitos dramas pessoais da esmeralda, decorrentes da disputa da guarda encetada pelos diversos pais, há estes e outros que nascem e se acentuam por força do mediatismo que é dado ao caso. Ora, se há muitos que são intransponíveis, porque decorrentes da própria disputa, muitos outros haverá que podiam ser perfeitamente dispensáveis, e que a esmeralda agradecia, não fosse a mania de terceiros se sentirem legitimados a opinar mesmo quando não lhes foi pedido que o fizessem.
Ora Bia/esmeralda ou esmeralda/Bia, ficamos na mesma.
V. exa na nossa posição eu na da Esmeralda.
Não vale a pena, nenhum de nós arreda pé.
B noite.
Olá Bia
ou esmeralda
Não pensava voltar a comentar os seus comentários, mas voltei para lhe dar uma sugestão.
Faça um blog
Publique nele as suas opiniões e sujeite-se aos comentários dos que a lêem. É saudável.
Aí eu já poderei dizer se os seus textos são comentados independentemente da qualidade ou não.
Vá lá. Ganhe coragem!
Escribas. Dizes bem escribas.
Mas na realidade, é fácil contrariar ou dizer mal do que outrem escreveu sem dar a cara.
A coragem também se mede pela falta dela.
Quanto ao mais, todos sabemos o que todos pensam. E defender uma classe só por teimosia é burrice.
A postagem limita-se a tentar fazer-nos sentir o que sentem as crianças em situações como esta. Parece que, como diz a Cleo, só o Cabral Mendes percebeu.
Chiiiii....
Bem penso que a "guerra" chegou ao fim sem que houvesse vencedor.
Até mesmo a "Esmeralda" continua na sua guerra psicológica de tentar "convencer" o tal juíz que quer ficar, ou, com o pai biológico ou, com os pais afectivos.
Não se trata aqui saber se ela pensar ficar com A ou B, mas sim saber, ou pelo menos tentar saber, quem melhor servirá o futuro da pequena Esmeralda.
Porque não seguirem juntos (pai biológico e pais afectivos) a sua vida???
Uns dando aquilo que sempre lhe deram desde o início (um tecto, amor, carinho) e outro, o amor que certamente terá para dar.
Juntos iriam "calar" todos aqueles que constantemente dão opiniões sobre o caso.
Sim porque até agora ainda não vi nada de concreto, apenas suposições, alterações de sentenças, adiamentos ....
A minha opinião é de que ressuscitássemos o Rei Salomão que, de acordo com a tradição judaica cristã, demonstrou ser um grande governante e um juiz justo e imparcial, para que pronunciasse a sua decisão de "cortar" a Esmeralda em duas e as entregasse a cada um dos pais e aí vermos quem se iria “sacrificar”.
Esta é a minha opinião.
Qual será a da Esmeralda?
É que a Igreja hoje já não deixa baptizar uma criança com mais de seis anos, por considerar ser esta, a idade da razão, da opinião.
Deixem ouvir a sua modesta opinião, sem interferências exteriores, pois já bastam as do "interior".
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