Lisboa pela manhã com o sol a sorrir-lhe nos olhos.
A R. do Ouro banhada do reflexo do rio ao fundo e, as decorações de Natal já penduradas ao cimo em riscos de estrelas com caudas amarelas.
Não há ar de Natal ainda. É antes um Verão de S. Martinho que me sorri. Sinto-me feliz, feliz porque a minha Lisboa tem um ar de alma limpa e olhos gaiatos.
Não cheira a Primavera nem às manhãs frescas de Verão, aliás os 24º anunciados para hoje, fazem já sentir que o Verão é apenas o das castanhas assadas, mas Lisboa é alegre e feliz e alivia-me a alma...enche-me a alma de Luz.
Não, nenhuma cidade é como Lisboa.... E o que eu gosto de chegar à Praça do Município e encarar de frente com a Sé ao fundo recortada por entre os perfis dos prédios velhos como óleos antigos expostos em galerias de arte.
Ai que bem que eu fico quando a calçada portuguesa ressoa sob os saltos altos... E respiro fundo, porque Lisboa é gaiata, é tela, é aguarela, é rio, é fado, é Sé ao fundo...onde casei...é a minha infancia de mãos dadas com o meu pai avenida acima, é o Parque Eduardo VII e os baloiços onde me imaginava num avião de sonhos, é o Castelo onde corria e sonhava com principes encantados...
É a terra onde nasci cresci e continuo a viver.
-Bom Dia Lisboa!
ACCB
Etiquetas: nos meus olhos
9 Comentários:
Giro, gostei e senti, embora nao tenha nascido nessa belíssima cidade. Cumprimentos.
Lisboa é linda, cidade onde gosto de me perder durante horas sem rumo, percorrendo as suas ruas. Lindo o texto, a nossa terra, ou cidade, é sempre a melhor, tras-nos as nossas memórias.
Beijos.
Cleo, tens mesmo razão,
Lisboa é uma cidade romântica.
A minha cidade!
Deixo mimos
Lisboa Senhora e Moça =]
Belas palavras para a minha cidade :)
Uma carta de amor… e Lisboa bem as merece.
Lisboa é tudo isso. Até entrou sol pelo ecrã.
Lisboa Menina e Moça
Carlos do Carmo
Composição: Ary dos Santos e Paulo de Carvalho
No castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama, descanso o olhar
E assim desfaz-se o novelo
De azul e mar
À ribeira encosto a cabeça
A almofada, na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida
No terreiro eu passo por ti
Mas da graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar
Lisboa menina e moça, menina
.... .... ....
Também a minha cidade! Morei perto da Sé e na Av.liberdade
Agora fui "escorraçado" pelos políticos da Camara de Lisboa que tudo fizeram para que as pessoas dessem lugar aos escritórios.
Ai... que saudades!
Bjos e parabéns por nos avivares esta memória
Adorei este seu texto!
Tenho de comentá-lo com mais tempo... estou a meio de uma contestação e vim dar uma "espreitadela"...
Ai que saudades da Lisboa de meus pais! Que saudades deles! Que saudades do meu avô!
Que saudades de tudo o que houve de bom!
Meus Deus, estou quase a chorar...
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial