CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Localização: LISBOA, Portugal

Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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quarta-feira, junho 13, 2007


"Pondero.

Andar por aqui, suscita as malfeitorias dos velhos inimigos, que vêem na exposição uma forma de tirar desforço. Andar por aqui, suscita a curiosidade demencial de fundamentalistas da demência, que também tiram desforço, sem saberem bem porquê. E, por isso, às vezes hesito.

Depois, quando regresso a mim, cresce a vontade de prosseguir. Lembro-me de todos os bons que conheci por aqui.

Dos amigos que recuperei.
Dos amigos que cimentei.
Ou redescobri.
Dos amigos novos que ganhei.
Há pessoas com quem hoje converso, conversas boas, e que nunca vi, que não sei quem são, e com quem converso como se nos conhecêssemos desde sempre e, afinal, sempre nos conhecemos das palavras e do sentido que elas têm.

Sem jogos.
Já aqui escrevemos textos a várias mãos.
Pessoas que nunca se viram, a escrever sobre as mesmas coisas, como se fossem palavras cruzadas (entrelaçadas palavras), cada uma com as suas mundividências.
Sobre as coisas simples da vida e sobre outras mais importantes que também são simples.
Essa é a minha riqueza e a riquezas delas.

Cada um de nós com a sua vida, vidas por vezes incompatíveis, adversários se nos encontrarmos na vida real, a das profissões, aquela em que cada um de nós assume a sua função e a fará o melhor que sabe, sem contemplações.

Porque só assim continuaremos a respeitar-nos e poderemos continuar a ser amigos, ainda que à distância.
Nenhum de nós quer dos outros mais do que isso - mais do que solidariedade, quando esbarramos contra a malfeitoria e a demência.
E, quanto a isso, não posso queixar-me. Obrigado, companheiros."
-
JMCR
-

Porque gostei do texto.

Porque também eu muitas vezes pondero em ficar ou continuar, ou não, por aqui.

Porque chego sempre à conclusão de que ninguém merece a alegria de que me retire.

Porque este texto é um Hino às coisas pequenas e simples da Vida que, contudo a fazem tão GRANDE!

5 Comentários:

Blogger Neves de ontem disse...

Concordo consigo.

13 junho, 2007  
Blogger Ni disse...

Bonito...

13 junho, 2007  
Blogger o sibilo da serpente disse...

obrigado eu, caríssima :-)

14 junho, 2007  
Blogger Cleopatra disse...

O saber das distancias ainda que próximo e da proximidade ainda que obrigatoriamente distant, é ua arte que se aprende com a Vida, mas é algo que faz parte da nossa intuição também.

Cada um de nós com a sua vida, vidas por vezes incompatíveis, adversários se nos encontrarmos na vida real, a das profissões, aquela em que cada um de nós assume a sua função e a fará o melhor que sabe, sem contemplações.


"Porque só assim continuaremos a respeitar-nos e poderemos continuar a ser amigos, ainda que à distância.
Nenhum de nós quer dos outros mais do que isso - mais do que solidariedade, quando esbarramos contra a malfeitoria e a demência."

È este um dos segredos dos que sabem ser amigos ou se reconhecem iguais sem se absorverem.

15 junho, 2007  
Blogger Apache disse...

Ainda lhe digo mais, "este texto é um Hino às coisas pequenas e simples da Vida que, contudo a fazem tão GRANDE!"

17 junho, 2007  

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