Jurei-te que era longe.
Ouviste que era perto.
Nunca te prometi estrada plana nem praias desertas ou só para nós.
Os promontórios faziam parte do meu mar.
Havia sinais sim, em cada esquina, em cada encontro, sinais de que a estrada nunca seria plana.
Não dava lugar a enganos.
Leste o mapa de outra forma.
(Porque é que os homens nunca lêem os mapas como nós?!)
Não era já, era mais à frente.
Muito depois, mas para sempre.
Era uma via de montes e vales, de flores e espinhos, de sol e chuva, maresia e tempestades...
Até à terra do nada dizias tu...
A terra do nunca. Até À Terra do Nunca..
E nunca soubeste o caminho.
Perdeste-te nos meandros das encostas e tropeçaste nos escolhos da minha voz, no desepero da tua vontade de chegar logo ali ao que era longe e estava tão perto.
Por medo... Nunca encontraste a terra do Nunca.
É lá que os sonhos são reais.. lá lêem-se os mapas do tempo e do espaço com olhos de criança...
O mesmo é dizer, com olhos de acreditar.
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ACCB
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Terça-feira, Abril 03, 2007
Terça-feira, Abril 03, 2007
4 Comentários:
É...
Fizeste-me lembrar o Srek, neste caso o burro, que está sempre a perguntar:
-Já chegámos????
-Já chegámos????
-Já chegámos????
-Já chegámos????
-Já chegámos????
E nos entretantos nem repara na "paisagem", nem usufrui de montes e vales, de flores e espinhos, de sol e chuva, maresia e tempestades...
Gude sundei per tê.
Até outro instante
"Porque é que os homens nunca lêem os mapas como nós?"
As mulheres lêem mapas? Lol.
Gostei!
Estou prnto para seguir viagem
"E nos entretantos nem repara na "paisagem", nem usufrui de montes e vales, de flores e espinhos, de sol e chuva, maresia e tempestades..."
É verdade Louco.
Não Lêem os mapas com olhos de acreditar.
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