CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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quarta-feira, abril 11, 2007


Gato Malhado e a Andorinha Sinhá



Eu devia vir aqui hoje falar do problema da Independente que ficou completamente dependente.
Devia falar hoje de um tal mestrado em Engenharia sanitaria, mas tinha que acabar a falar de sanitas e isso incluía.............................Pois.
Prefiro então falar de coisas mais agradáveis.
Pelo menos por enquanto e enquanto o trabalho aperta.
Assim deixar-vos-ei todos os dias um pedacinho da história de Jorge Amado, O gato malhado e a Andorinha Sinhá.
-
Agradeço que o leiam com sotaque.
Fica mais engraçado ainda.
Levem a narrativa a sério mas divirtam-se com ela.
É riquissima em texto - prosa poética- e em sentimentos.
A alegria da andorinha e a solidão do gato......espreitem.
-

“O mundo só vai prestar

Para nele se viver

No dia em que a gente ver

Um maltês casar

Com uma alegre andorinha

Saindo os dois a voar

O noivo e sua noivinha

Dom Gato e Dona Andorinha”
-
Verso popular no qual Jorge Amado se baseou.

Então aqui vai o primeiro pedacinho:

*

(...) Vestida de luz branca com salpicos de flores azuis e vermelhas a manhã, atravessa por entre as nuvens distraída, pensativa, reflectindo sobre o caso que o Vento viera lhe contar.

Sonhadora ao recordar detalhes. Ligeiramente melancólica.(...)

A história que a manhã contou ao tempo para ganhar a rosa azul foi a do Gato malhado e da Andorinha Sinhá...
(...)
Quando a Primavera chegou, vestida de luz, de cores e de alegria, olorosa de perfumes sutis, desabrochando as flores e vestindo as árvores de roupagens verdes, o Gato malhado estirou os braços e abriu os olhos pardos, olhos feios e maus.
Feios e maus na opinião geral.
Aliás, diziam que não apenas os olhos do gato Malhado refletiam maldade e sim, todo o corpanzil forte e agil, de riscas amarelas e negras.
Tratava-se de um gato de meia idade, já distante da primeira juventude, quando amara correr por entre as árvores, vagabundear nos telhados miando á lua Cheia canções de amor, certamente picarescas e debochadas.
Ninguém podia imaginá-lo entoando canções românticas e sentimentais."
................................................
CONTINUA!

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5 Comentários:

Blogger João disse...

O gato malhado quando chegou a Primavera olhou para nascente seria rainha, não, ela era muito mais que uma rainha era um simples andorinha cheia de graça e de amor

11 abril, 2007  
Blogger Ni disse...

É uma história lindíssima! Excelente escolha, Cleópatra!

11 abril, 2007  
Blogger Apache disse...

"Tratava-se de um gato de meia idade, já distante da primeira juventude, quando amara correr por entre as árvores, vagabundear nos telhados miando á lua Cheia canções de amor, certamente picarescas e debochadas."
Um gato com ambições políticas, certamente...
Gosto de ler Jorge Amado mas não conhecia este escrito. Fico à espera de mais!

12 abril, 2007  
Blogger Eva disse...

Mais uma escolha à moda da Cleopatra.
Este história é lindíssima.
É uma daquelas que tenho guardada para ler a quatro olhos em parceria com o filhote.

Bjo
Eva

13 abril, 2007  
Blogger Cleopatra disse...

Li-o nas férias da Páscoa com a minha filha. E já o comentámos as duas...E já rimos às gargalhadas as duas por causa dele... e já chorámos as duas, também por causa dele!!

Partilhas!

13 abril, 2007  

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