*
Amor
Cala-te, a luz arde entre os lábios,
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
essa perna é tua?, esse braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à lingua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi facil, nunca,
também a terra morre.
*
Eugénio de Andrade
Etiquetas: poemas alheios
12 Comentários:
UFFFFF
Tinha ido parar a um outro mundo virtual entretanto.
O desabafo não tem que ver com a postagem, tem que ver com o bLOG!
Livra!
"Nunca o amor foi fácil"
Muito intenso, muito vivido, muito... Eugénio de Andrade
...só o difícil nos entusiasma...Bjs
Olá :-D
Queria comentar no post de cima mas ná dá :-(
Grande foto!
Viva a CleopatraMoon !!
Beijinho de bom fds
Aló Rainha do Nilo.
Muito obrigado tenho que te dizer, pelas lidns visitas e comentatarios que vc me faz e me cheian de alEgría cuando olho a vc no meu barco.
Infelizmente noa logre abrir lo arquivo qeu vc me eniou por que áinda iste computador nao está muito bom.
Agora desejo falar de iste acto de amor, paixao e doçura nao só nas palabras do poeta, si nao no espíritu tao delicado de aqule aartista que conhece o qué nso deijar para que os nossos coraçoes fiquen felizes de houver recebido tanta beleza.
A imagem é coo a outra carea da misms moneda.
Parabéns pel bon gosto e lo espíritu poetico e delicadamtne sensual.
Um grande beijo, minha querida amiga
...
Li os comentários acima e pensei... 'hummm.... escrevem pouco, mas dizem muito...'
...
Cleo... sabemos que uma palavra dita (ou por dizer) pode mudar uma vida, a rota das aves sem rumo... que se transforma, tal como vento amigo, na rota das aves com asas de memórias.
Às vezes penso como seria um poema se lhe mudassemos uma palavra.
Este é um deles.
«Amor
Cala-te»
«Amor
Fala...»
Será que em vez de
«Amor
Cala-te, a luz arde entre os lábios(...)»
teríamos
«Amor
Fala, a escuridão gela presa nos lábios...»
?
O poder da palavra é tão intenso que uma só tudo transforma.
Entre um 'Sim' e um 'Não' há Universos... e o silêncio, esse, contém todos os segredos. Até os nossos, os que nem ousamos activar.
...
Escrevo demais, eu.
E como pode ler-se brincando com a com pontuação... ou a colocação propositada das palavras...
Cala-te. O amor não conTempla sempre.
Sempre o amor procura.
Abre-se a alma à lingua...morreria
Morreria agora se mo pedisses.
Se mo pedisses, dorme.
Dorme, nunca o amor foi fácil.
Nunca também a terra morre.
Já reparaste??
Sorriso enorme!
Há pequenas (serão pequenas!?) coisas, que me deixam feliz!
Uma delas é descobrir as tais afinidades nos livros lidos, nas músicas escolhidas e nestes pequenos jogos com pontuação e palavras.... recriando o que achamos belo. É algo que faço mesmo sem ser deliberadamente.
Outro sorriso.
Repara no diálogo:
- Amor, cala-te a luz.
- Arde!
- Entre os lábios e o amor não!
- Contempla! Sempre...
- O amor?
- Procura, tacteia!
- No escuro... essa perna.
- É tua? Esse braço...
- Subo por ti.
- De ramo em ramo respiro.
- Rente à tua boca...
- Abre-se a alma à língua.
- Morreria.
- Agora?
- Se mo pedisses!
- Dorme...
- Nunca o amor foi fácil.
- Nunca?
...
Também a terra morre.
Ni*
Brincar com as palavras...
Eu gosto de brincar com as palavras
Brinco com elas para dizer o que sinto, ou esconder o que quero... Disfarçando, mostrando, escondendo para que se descubra.
É um jogo fantástico.
Ora bem:
Amor cala-te.
A luz arde entre os lábios e o amor....
Não!
Contempla sempre o amor.
Procura, tacteia no escuro.
Essa perna... é tua?... esse braço?
Subo por ti.
De ramo em ramo respiro.
Rente à tua boca.
Abre-se a alma rente à tua lingua
.
Morreria.
Agora...
Morreria se mo pedisses...
Dorme.
Nunca...
O amor foi facil?
Nunca também.
E também nunca a terra morre.
Basta ter o mote...
E o mote nem sempre são as palavras.
Alguém aceita este desafio?
Ai se o Eugénio adivinha estas maldades.
Parece-me que se estão a divertir muito e eu estou a gostar de as ler, mas desta vez estou fora do desafio, talvez falta de imaginação...
Boa semana.
Bonito poema
Só o Eugénio Andrade assim de expressa. Profundo e sincero.
Não entro no desafio porque tal não sou capaz. O jogo de palavras e pontuação não é o meu forte por isso deixo aqui um outro deste génio:
"É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer."
Bjos muitos
Ora obrigada Manza.
Lá aceitou o desafio meio envergonhado.
Mas o que nós queriamos era mesmo "brincar" com o poema (lindíssimo) do Eugénio de Andrade.
Será que não há um único homem corajoso que o tente?
Ora vamos lá ver!
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