CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Ainda sobre a Esmeralda

Aqui

Agora no Expresso deparei-me com vários comentários ao meu post que contém " uma carta da Esmeralda"


É engraçado ver a esta distância a polémica levantada.

Já agora deixo aqui mais opiniões.


É que todos queremos saber do evoluir desta estória.


Diz-se a certa altura no primeiro comentário:
**
"Esqueça por um momento que é um ser perfeito, imaculado, impoluto, que nunca, jamais, errou, pecou, etc., e imagine que é uma pessoa igual às outras, um SER HUMANO, imperfeito, como todos os outros e que, humano que é, errou um dia"....


Não sei se o comentário é comigo ou para mim porque eu não sou nada disso.

Mas vou responder.
E não como Juiz
Vou-lhe responder como mãe.
Como ser humano igual a todos os outros.

Já muitas vezes pensei nisso.

Já muitas vezes me interroguei e sabe a que conclusão cheguei?

Se de repente me dissesssem que a filha que tenho não é minha, que houve um engano um lapso... uma troca, e que a minha filha biológica era outra que não a que eu julgava minha..


A resposta seria:

Quero as minhas duas filhas.

E faria tudo para ficar com elas!


Atentem que respondi apenas como ser humano igual a todos os que não exercem a profissão que exerço.

.

Se quiser a minha resposta como Juiz começarei por lhe dizer que, mal ou bem, todos os Juízes, sem excepção, decidem em consciência.




Deixo aqui outras opiniões.

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11 Comentários:

Blogger Apache disse...

Grande mulher! Grande resposta!!!


P.S. Não ponha as "mãos no fogo" por todos, que queima-se.

12 fevereiro, 2007  
Blogger Leonor disse...

"Se de repente me dissesssem que a filha que tenho não é minha, que houve um engano um lapso... uma troca, e que a minha filha biológica era outra que não a que eu julgava minha..."

Vá lá, cara amiga, se pretende uma “equiparação” ao caso da esmeralda, não pode alterar as premissas do debate sob pena de induzir os leitores em convicções sobre factos que diferem daquela situação concreta.
Desde quando é que, no caso da esmeralda, houve engano, lapso ou troca?
A única enganada é, certamente, a pobre da Esmeralda.

12 fevereiro, 2007  
Blogger Cleopatra disse...

Tem absoluta razão.
A única coisa que me parece é que quem ama , mesmo a uma criança, ama com a mesma fúria, o mesmo egoísmo, o mesmo sentimento de posse.

Por isso começo por dizer que, só como mulher, sou tão egoísta qto os outros.


Só como Juiz consigo o devido distanciamento.
Entende a diferença???

12 fevereiro, 2007  
Blogger ALG disse...

Olá Cleopatra:

Caso complexo,complexo e complexo!

Qem é Pai ou Mãe, no campo das emoções e dos actos, não quer saber do que as leis dos homens dizem, ama incondicionalmente e está disposto a tudo.

Boa semana.

12 fevereiro, 2007  
Blogger £ou¢o Ðe £Î§ßoa disse...

Estava eu por aqui e dei comigo a interrogar-me...

Amo por ser pai, apenas por isso...?

12 fevereiro, 2007  
Blogger Informática do Direito disse...

Vejo as coisas de forma diferente.
Como pai adoro o meu filhote e tudo faria para não o perder numa curva da vida.
Como juiz a questão nem se põe: como juiz jamais teria que enfrentar uma tal situação ou outra que se lhe assemelhasse; e se por um acaso raro isso acontecesse, "como juiz" só teria uma coisa a fazer: declarar-me impedido e deixar o processo ser resolvido por um Colega que tivesse o distanciamento necessário para julgar com objectividade.
A emoção e a paixão são incompatíveis com a isenção, objectividade, serenidade e elevação de espírito que devem ser timbre de uma decisão judicial equilibrada.
Não estabeleço dicotomias de "como homem penso assim" e "como juiz penso assado": na verdade como juiz só posso pensar "assim ou assado" se tiver o processo aberto à minha frente; se não conhecer com muito detalhe todo o processo, "como juiz" não posso ter opinião nenhuma...

12 fevereiro, 2007  
Anonymous Anónimo disse...

LOL...texto bonito e com toda a razão!
Pai e Mãe é quem cuida, educa, ama!

BEijinho Grande
E a 'luta' continua!
;-)

12 fevereiro, 2007  
Blogger Cleopatra disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

12 fevereiro, 2007  
Blogger Cleopatra disse...

Francisco


"na verdade como juiz só posso pensar "assim ou assado" se tiver o processo aberto à minha frente; se não conhecer com muito detalhe todo o processo, "como juiz" não posso ter opinião nenhuma..."
não pesaremos o mesmo?

Por isso eu digo:

Se quiser a minha resposta como Juiz
começarei
por lhe dizer que, mal ou bem, todos os Juízes, sem excepção, decidem em consciência.


Olá Louco

Não. Não "mas apenas por seres pai".
Amas porque amar é humano.
E amar uma criança com todo o instinto de protecção e carinho que é próprio de um pai... é o normal.
É uma questão... de instinto.
Está-nos na pele.
Não é só cultural

12 fevereiro, 2007  
Blogger M@nza disse...

Olá Cleo
Realmente não me espantou nada ver este texto no "forum" do semanário Expresso, porque para discutirmos o caso "Esmeralda" só imaginando-nos na "mente" de uma criança.
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Nestes casos, a criança também deverá ser ouvida, (por especialista - psicóloga) porque não basta dizer que sou pai biológico, chegar e levar este "objecto" que é meu, por direito.
.
Em vez de disputarem o "objecto" tentem conquistar a Esmeralda falando com Ela, com amor e muito carinho explicando-lhe que durante este tempo todo que esteve na companhia dos "pais adoptivos" foi por amor. Explicando-lhe calmamente que Ela tem também outro "pai" que também?? gosta dela e que gostava de a conhecer melhor.
.
Uma coisa também é certa: a Justiça é muito lenta nos casos de adopção. A criança afeiçoa-se a um casal de "acolhimento" ou "candidato à adopção" e quando todos pensam que vão ser uma família eis que os verdadeiros pais as querem de volta (os anos que a criança mais precisou deles onde estavam????)... pois é... agora que já está bonita e é amada como um filho(a) está na hora de aparecerem os tais biológicos "Ora... Biológico, é lá nome de pai ou de mãe!" e levarem-nos.
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A Justiça deveria ser mais célere nestas questões entregando aos pais adoptivos, até 12 meses após o início do processo as crianças que já se afeiçoaram a eles.
.
Quantos "Luís Gomes e Maria Adelina" existirão por aí?
E quantos "Baltazar"??
Quantas "Esmeraldas"???

12 fevereiro, 2007  
Blogger Cleopatra disse...

è verdade Manza.
Quantos?
Quantos?
Acredita que muitos.

13 fevereiro, 2007  

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