CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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segunda-feira, novembro 06, 2006

As mulheres da minha Vida de Neil Simon


"AS MULHERES da MINHA VIDA”
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Neil Simon conta-nos com a ajuda de António Fagundes e mais cinco excelentes actrizes, a história de um escritor de sucesso apaixonado pelo seu trabalho, mas com uma vida íntima cheia de conflitos, medos, memórias e armários com fantasmas, onde não faltam as mulheres da sua vida e que, são realmente, as mulheres da sua vida.
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E não pensem que é uma história sobre um galã mulherengo ou um tipo que procura aqui e ali uma aventura.
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É a história de um homem a que chamamos de meia idade e que, em conflito consigo mesmo, vê passar-lhe pelos olhos e pelos conflitos, as mulheres que lhe acompanharam os ditos... conflitos, lhe resolveram os ditos conflitos, o ouviram nos mesmos conflitos......
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Claro que mulheres e conflitos andam sempre em simultâneo para os homens.
Ou eles não fossem homens e não conseguissem aceitar que as fontes dos problemas deles, são eles . Mesmo!
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A peça está bem escrita. Leiam. E bem representada. Vejam.
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A mensagem é fácil de apreender e cheia de conteúdo.
Provavelmente comum a muitos homens de meia idade.
Provavelmente...
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Num mundo próprio, em que não dispensa nem sabe dispensar as mulheres, o personagem principal vê-se rodeado delas, absorvido por elas e, acaba por reconhecer que assim é, porque é ele que necessita delas... e porque sem elas nada consegue decidir,... e porque não aprendeu ainda a viver com elas nem sem elas.
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Os seus regressos à infância por 3 ou 4 vezes, demonstram os medos mal resolvidos com a mãe, as culpas não afastadas pelo divórcio dos pais.
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A imagem da falecida mulher a que apela constantemente para se desculpabilizar pelo acidente que esta sofreu aos 35 anos, surge-lhe quando se tenta confortar com um passado que nunca o ajudará a viver o futuro, como lhe diz a mulher actual.
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Sem perceber que vai ficando só porque não sabe escolher o seu caminho, a certa altura face à tomada de posição da actual mulher que lhe diz que se cansou de ser uma menina bem comportada, como ele e toda a gente sempre a quis, confrontado com a verdade do seu egocentrismo pelo medo de enfrentar a realidade, afasta os fantasmas e a busca de respostas, até na psicoterapeuta e até na infância da filha .
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E percebe que só ele pode resolver a sua vida.
E percebe que ... as mulheres da sua vida têm o lugar delas e não o lugar que ele sempre desejou que tivessem.
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E que as pessoas não são, como diz a terapeuta, lenços de papel de que se serve quando necessita.
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E que não pode prometer o que não cumpre, como lhe diz a imagem de 35 anos da mulher falecida e ressuscitada por ele sempre que lhe apetece.
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E que a vida não é um jogo onde ele dita as regras como lhe diz a filha já mulher.
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E... percebe pelo que realmente tem de optar sem se servir mais das mulheres da sua vida.
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Vale a pena ir ver.
Mas agora.. só no Rivoli, no Porto.
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ACCB.
P.S. : Curioso - Uma sala cheia... 80% mulheres....
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Porque será que tantos homens não foram ao teatro?.
;)


14 Comentários:

Blogger o sibilo da serpente disse...

Tomei a liberdade de mandar para aqui a clientela d' O Anónimo.
Cumprimentos

06 novembro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

E fez muito bem.
SErão muito bem recebidos!
Cumprimentos também para si.
Apareça mais vezes!
Já vi que gostou do que leu.
Vá ver a peça. vale a pena!

07 novembro, 2006  
Blogger M@nza disse...

Se a peça era sobre as Mulheres da minha vida, só poderia ter 80% de mulheres, porque elas realmente são a nossa vida.
Uma bela peça que eu também tive o prazer de ver com a mulher da minha vida.
Boa Cléo, bela escolha e muito bom post.

07 novembro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Estava o texto a correr tão bem (neurónio abaixo)... tinha de vir Vossa Excelência com a provocação do costume... Ezzeee! "Claro que mulheres e conflitos andam sempre em simultâneo para os homens.
Ou eles não fossem homens e não conseguissem aceitar que as fontes dos problemas deles, são eles Mesmo!"

"Porque será que tantos homens não foram ao teatro?"
Está-se mesmo a ver... A peça destina-se a homens de meia-idade, ora, a larga maioria dos homens é sempre jovem! Eh, eh...

07 novembro, 2006  
Blogger o sibilo da serpente disse...

Talvez vá ver a peça. Talvez a peça me ajude a perceber por que razão nos enganamos quase sempre com o que pensamos serem as mulheres da nossa vida :-)
O que tem as suas vantagens, porque nos deixa sempre a pensar que, afinal, a mulher da nossa vida é a próxima.

07 novembro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Adorava ter assistido, mas não tive oportunidade :(
Bjs
MDB

07 novembro, 2006  
Blogger Sónia Sousa Pereira disse...

Que belo o seu enquadramento da peça..

Gostei, pronto!

E agora que me abriu o apetite faz-me ir ao Porto!! Assim tenha oportunidade.

S.

07 novembro, 2006  
Blogger M@nza disse...

Caro Apache
Não se reprima por não ter assistido à peça, porque ainda tem tempo.
Aqui tem o planeamento:
PORTO - RIVOLI TEATRO - 21H30 - 08 a 12NOV
FAMALICÃO - CASA ARTES - 21H30 - 15 a 19NOV
BRAGA - TEATRO CIRCO - 29NOV a 04DEZ

07 novembro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Não fui ver por inveja pura...

Ver um marmanjo daqueles rodeado de mulheres... era juntá-lo ao Martinho da Vila, o que já teve mulheres de todas as cores, e atirá-los ao Trancão! :-)

07 novembro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

é a primeira vez que vejo o seu post, e gostei, parabéns!

07 novembro, 2006  
Blogger arsene lupin disse...

Qualidade da peça à parte, todos sabemos, porque é que só estavam 20% de homens na sala, os bilhetes foram comprados pelo sector feminino à velocidade "Warp" não dando hipóteses aos homens, face ao personagem central da peça.
Tal como tantos outras coisas este factor é do dominio público!!

07 novembro, 2006  
Blogger Kamikaze (L.P.) disse...

Elementar, Caro Arsénio!
(Cleópatra - será que esta explicação de elementar obviedade não lhe passou pela cabeça ou será que sim mas não lhe pareceu politicamente correcta? :)

08 novembro, 2006  
Blogger Cleopatra disse...

Olá Manza.
Um home que reconhece o valor das mulheres.
Mas olhe... não diga isso, assim, à sua!!

Apache!
Mas é inevitável!!!!
Mesmo sendo jovem sente o peso hem? eh eh eh eh

Ai Coutinho Ribeiro! Que coisa!
Essa não era de certeza a mulher da sua vida!!!

GTL

Vão ao PORTO !
O Porto é Lindo!

Sónia
Ainda bem que gostou!

Olá Voyeur!
Marmanjo?
Ao Trancão?
E porque não ao Tejo?
Sempre é mais romântico!
Volte sempre.

Olá Diplomata!
Já convenceu o Moicano a não terminar o Blog?
Vamos nessa?

Arséne Lupin
"velocidade "Warp" não dando hipóteses aos homens, "

eh eh eh eh
Como se eles fossem ao teatro !!!

Kamikaze
Viva!

Bem, o tipo é charmoso!
Mas não ofusca a mensagem da peça.
Mas olhe que é provável!
Mas se for a outras peças...conte as mulheres!!

09 novembro, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Obrigado pela sugestão, Manza, mas o Porto é longe, só nas mini-férias de Natal e o tatro não é muito das minhas preferências, mas quem sabe, talvez apareça alguma menina a precisar de companhia...
Depois o tema, "as mulheres da minha vida"... (estou como o Coutinho Ribeiro) parece uma obra de ficção sobre um futuro ainda distante...

Já agora, Cléo, vi há pouco tempo, "Dois amores" e a assistência era aproximadamente 50% para cada sexo.

11 novembro, 2006  

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