"Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.
Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depus do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.
Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,
Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!"
*Antero de Quental
4 Comentários:
Um poema muito bonito!
E uma escolha excelente da foto!
Jinhos
E pensar que Antero se suicidou!..
Ai as angústias!
Triste...
Triste,... suicídio...bonito...é triste sim. Muito triste.
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