O jornal do Vaticano, L`Osservatore Romano, criticou o filme "A Bússola dourada", do norte-americano Chris Weisz, qualificando a saga de "gnóstica, anti-Natal e `soixante-huitarde`" (alusão ao movimento de rebelião estudantil em França em 1968).
CleopatraMoon
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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.
sexta-feira, dezembro 28, 2007
O VATICANO não aconselha o filme
Eu , realmente, devo ter apanhado alguma "poeira" e devo ter algum "demónio" que me leva sempre a tentar saber porque é que algo é proibido ou desaconselhável antes de decidir.
Como o filme já tinha sido motivo de conversa cá em casa e, como já tinhamos ido ver, (a familia toda, claro!) "Uma história de Encantar", decidimos que agora era "A Bússola dourada".
Fiquei depois a saber que o Vaticano desaconselha e proibe o filme aos católicos.
Pois, uma espécie de "Magistério" que inculca o que está certo nas nossas cabeças e nos proibe o mais leve pensamento sobre o que não é certo para eles, ou, o mais leve questionar do porque é que não estará certo. E nem pensem ver! Não podem! Sacrilégio!
E não venham agora pensar que eu sou assim como que, diremos que...Bem, falando verdade, se calhar e, com toda a sinceridade eu até sou agnóstica - (alguém que acredita que a questão da existência ou não de um poder superior não foi nem nunca será resolvida).
Mas se calhar até nem sou, porque resolvi isso há muito tempo sózinha e por vezes, ainda vou resolvendo.
Criei as minhas regras de conduta e o meu relacionamento com "algo" a que os outros chamam Deus, é sereno e perfeito. Sem conflitos e sem descréditos. Nenhum de nós nega o outro.
É como um percurso de ensino. Ao fim de uns anos, o conhecimento adquirido está digerido e encontramos a nossa solução pessoal.
Eu encontrei a minha.
Agora o que eu ainda não compreendo é como é que o Vaticano, pode vir, ou consegue vir a público, no início do séc XXI, dizer que não devemos ver porque não nos é permitido.
Então não temos todos livre arbítrio?
E o pior é que eu tinha mesmo de ver o filme para perceber se era ou não " uma saga gnóstica e anti Natal".
E não "achei".
No dito filme e em resumo, cada ser humano tem o seu demónio, uma espécie de "bichinho" que espelha os medos, as raivas, os terrores e espicaça a imaginação e leva à interrogação e ao pôr em causa as regras. Não serve de protector. É mais a parte frágil de cada ser, mais ou menos perversa...porque astuta , como que um espelho da alma.
O Magistério, tenta pôr em causa essa "faceta" de cada ser e, tenta desde logo, "cortar o mal pela raiz "começando pelas crianças.
Uma espécie de lobotomia é feita aos miúdos e estes são separados do seu "demónio". Ficam então indefesos e dóceis.
Assim , a hierarquia e as ordens ou regras, não serão postas em causa.
Para além disso e, como em todos os filmes, há lições de lealdade, de sacrifício pessoal para salvar os outros e de inteligencia para saltar obstáculos. Há o castigo do egoísmo e do oportunismo e a recompensa da libertação dos mais fracos.
Há também um alerta : Nem tudo o que a hierarquia diz ou ensina deve ser assimilado sem contestação.
Que mal terá o filme?
Não é Cristo uma figura contestatária? Uma espécie de rebelde que foi condenado por uma hierarquia?
Não se lembram do que nos ensinavam na escola?
Só o que aí era dito estava certo. Quase como que uma lobotomia, não havia hipótese de pensar diferente, de questionar....
E a magia ou o acreditar em outros mundos, outros seres...
Será que as feiticeiras, não bruxas, apenas feiticeiras, que aparecem no filme são de uma espécie semelhante aquela que era queimada nas fogueiras da Inquisição?
Ou serão assim uma espécie igual às tais mulheres que lêem.....
Pois. Não vejo as razões do medo do Vaticano.
-
ACCB
3 Comentários:
Eu li há uns tempos os 3 livros da saga. E achei-os fabulosos.
Vou ver o filme assim que puder...
Acho que estas proibições do Vaticano são uma publicidade extra para o filme. Não pensava ir ver, mas agora estou curioso.
Não sabia que tinha proibido, se assim é, parece-me ridículo. Pensava que tinha desaconselhado, e isso, quanto a mim, já fazia todo o sentido.
Já agora, não tem nada a ver, mas como o “post” acima não permite comentários… Tem a certeza que aquela frase, com a qual concordo, é do Einstein?
é no minimo ridiculo...
ainda não vi o filme e se calhar nem vou lá mas tudo quanto me é proibido, me espicaça a curiosidade.
há muito tempo que para mim, fé não é igual a padres embora tenho dois compadres... padres::))
fico pasma com a arrogância de alguns desses senhores... e já que se fala nisso, que raio de história é essa do padre que foi sequestrado?
também me espicaçou a curiosidade e muito...
um bom ano para ti e para os que tu amas
xi
maria
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