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A praia é também inspiração para os poetas,
como se sugere em
O Carteiro de Pablo Neruda, de Michael Radford.
É na praia que Pablo Neruda explica ao seu carteiro italiano que
para escrever poemas,
basta deambular pela areia
e as metáforas ocorrem naturalmente.
Aliás o único poema que o carteiro vai chegar a escrever
é precisamente com o som das ondas - grandes, pequenas - o vento
e as redes de pesca tristes do pai.
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Fica aqui o poema do Carteiro que o Manza teve a gentileza de deixar:
Realmente o grande, único e sintético poema nas coisas que o carteiro Mário Ruopollo escreveu, é este:
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Número um:ondas em Cali Sotto. Pequenas.
Número dois:ondas grandes.
Número três:vento nos rochedos.
Número quatro...vento nos arbustos.
Número cinco...redes tristes do meu pai.
Número seis...o sino da igreja.
Com padre.
(Belo. Não havia notado antescomo era tudo tão belo).
Número sete...céu estrelado na ilha.
Número oito...o coração de Pablito.
.
19 Dezembro, 2006 14:44
8 Comentários:
Olá Cleópatra:
Sim, é memo uma mota, a minha mais recente aquisição para aliviar o stress e poupar na psicanálise!
Quanto à ausência é mesmo só muito trabalho e quanto ao Alentejo já falta pouco para lá ir passar mais uns dias e recarregar baterias.
Bjs
Obrigado pela visita.
Um abraço
minha querida, o Pai Natal passou pelo meu blog e pergunta que prenda queres.
beijos MDB
Olá Cleo
Realmente o grande, único e sintético poema nas coisas que o carteiro Mário Ruopollo escreveu, é este:
Número um:
ondas em Cali Sotto. Pequenas.
Número dois:
ondas grandes.
Número três:
vento nos rochedos.
Número quatro...
vento nos arbustos.
Número cinco...
redes tristes do meu pai.
Número seis...
o sino da igreja. Com padre.
(Belo. Não havia notado antes
como era tudo tão belo).
Número sete...
céu estrelado na ilha.
Número oito...
o coração de Pablito.
Simples mas também bonito
Beijos
KF
Vi o filme. Lembro-me mal, mas lembro que é muito bonito. E é bom saber que há carteiros que sabem escrever poemas.
... e por falar em praia....
(...) À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda, Os Versos do Capitão
CLARO!
CLARO BULAXA!!
Feliz Natal para ti também!
Tiveste boas notas?
A praia pode ser uma inspiração mesmo para os não poetas.
Um Beijo
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