Não te quero senão porque te quero
Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,a sangue e fogo.
*
Pablo Neruda
Pablo Neruda
Etiquetas: poemas alheios
3 Comentários:
Lindo...
Só um poeta sente assim
com a densidade com que existe
Só o poeta pensa morrer
com a intensidade com que sente
Hoje sou eu..... Nem flores amarelas hoje quero.
Foi tempo de balanços há muitos alinhavados mas não alinhados.
Tentei alinhá-los.
Acho que mesmo que o alinhamento foi longe de mais. Ou melhor, levou a conclusões de mim para comigo.
E pronto apetece-me a mim, também. Desistir. De tudo.
Desistir???
Mas que conversa é essa???
Aí vai uma rosa Vermelha!!!
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