CleopatraMoon

Um Mundo à parte onde me refugio e fico ......distante mas muito próxima.

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Sou alguém que escreve por gostar de escrever. Quem escreve não pode censurar o que cria e não pode pensar que alguém o fará. Mesmo que o pense não pode deixar que esse limite o condicione. Senão: Nada feito. Como dizia Alves Redol “ A diferença entre um escritor e um aprendiz, ou um medíocre, é que naquele nunca a paixão se faz retórica.” Sou alguém que gosta de descobrir e gosta de se descobrir. Apontamento: Gosto que pensem que sou parva. Na verdade não o sou. Faço de conta, até ao dia em que permito que percebam o quanto sou inteligente.

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sábado, maio 10, 2008

Há dias de conversa ao almoço, passou-se de repente para um tema que não abordo com frequência, nem sequer abordo. O Suicídio entre os jovens.


Não creio que a nossa sociedade sofra muito com esta questão. Nem me apercebi ainda de que fosse uma questão ou um tema a tratar urgentemente. Não tenho mesmo presente que assim seja.


Acho é que a maioria dos jovens vive um mundo muito próprio, mas eu também tinha o meu.


Uma das presentes que é professora, saltou para o livro de Goethe - "O sofrimento do jovem Werther."


Outra comentou que toda a história era uma amálgama de angústia e obcessão , outra perguntou se não seria uma forma de libertação.
Fiquei curiosa. Eu ainda não li o livro e a questão deixou-me de "orelha no ar".
A professora teimava que os jovens se matam por amor.
Eu teimava que se o faziam já tinham tendência para o fazer quer por amor quer por qualquer outra razão.
Alguém argumentava que era preciso coragem.
Eu argumentava que era uma forma de chamar a atenção e, de repente alguém disse:
- Foi uma forma que ele encontrou para resolver o problema.
Ficamos todos calados...................
- Resolver o problema ?- perguntei - Ou arranjar um problema pior e pôr-se a milhas?
Todos escandalizados!!!
-Já leste o livro?
- Não... mas parece-me que os problemas não se resolvem dessa maneira!
- Como resolves os teus?
- Sei lá, falo deles até à exaustão...
-Tens quem te oiça..
-Tenho quem me oiça... sim...os amigos salvam , nunca ouviste dizer?! - rematei sorrindo.
-E quando ninguém nos ouve?
- Só se não procurarmos ninguém!!!- resmunguei. - Esse livro não é aquele que deixou familias desesperadas? Não é aquele que até parece incitamento e ajuda ao suicídio??
Abismados com os olhos postos em mim!!!!!!!

OK OK. Vou comprar o livro.

Ao que me dizem é uma obra única que fala de um amor impossível, do dinheiro burguês que tudo compra e da angústia atormentada de um apaixonado. Usando uma estética narrativa mais próxima do leitor, em forma de cartas, a história é contada através dessas cartas a um amigo, que assim como a grande maioria dos leitores, apenas escutou as dores do apaixonado Werther.

Eu ainda argumentei que, em vez de escrever devia ter falado...
Mas os olhares estavam furibundos. Como é que eu podia pensar assim???
-
ACCB

"Algumas vezes não posso compreender como Carlota ama outro homem, como se atreve a amá-lo; quando só eu a amo tão ternamente, tão completamente; quando eu nada conheço, nada sei, nada possuo, senão ela" Werther, in Carta 56 - também do autor de Fausto

Vou ter de ler mesmo. Afinal Romeu e Julieta também morreram de amor e parece que há mais ,... não há?!!

3 Comentários:

Blogger OUTONO disse...

Não tenho o livro. Dedilhei um exemplar na FNAC. E não gostei.

Mas...se calhar....se calhar vou comprar.

10 maio, 2008  
Blogger Cleopatra disse...

Hummm,... não sei se será lamechas mas fiquei com curiosidade de o ler.

11 maio, 2008  
Blogger Pecadormeconfesso disse...

"Esse livro não é aquele que deixou familias desesperadas? Não é aquele que até parece incitamento e ajuda ao suicídio??"

Não vou ler. :-)
Mas este tema tem que se lhe diga.

11 maio, 2008  

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