quarta-feira, novembro 28, 2007



Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim


Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti




Fazes pintura de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar

Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim

Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão

Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti

Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar


Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim

Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão
-
Mafalda Veiga

9 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Enganei-me na forma... bem, queria dizer que bela foto! Tão perto um do outro, e tão irremediavelmente separados...

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  3. Nos seus últimos postais, há claramente um fio condutor, uma mensagem. Mas, honestamente, eu não sei qual é. Nem tenho que saber, obviamente. Mas intriga.

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  4. Bom... Para começar, subscrevo os comentários anteriores. Para terminar, gosto desta letra, não tanto da intérprete.

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  5. Só há uma solução: metralhar. Metralhar até que o peito ceda, as palavras fluam e o mistério escape, distendido, num repente que recusa silêncios e que exorbitam.

    (que grande palermice, mas apeteceu-me e quando me apetece, fico assim)

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  6. JC , Não há mistério nenhum
    E se há nem eu sei qual é. Provavelmente tenho de ir ao psicólogo. eheheh

    Mas Vexa é que é o homem das causas dificeis...
    Não quer descobrir o mistério?
    Depois diga-me.
    Ah e as postagens já cá andavam em rascunho.
    Bjito.

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  7. Cabral Mendes e Apache

    Irremediávelmente separados? Aquilo parece-me papel daquele fininho de embrulhar prendinhas...Ou será plástico. Provavelmente é mais plástico...

    Apache
    A Mafalda escreve bem, tem uma voz ...bem, ... coitada, canta no tom apenas.

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  8. Mafalda Veiga canta a tranquilidade das coisas, os abrigos que nos trazem conforto...
    Mafalda igual, Mafalda em pinturas de sonhos...

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  9. Se não há mistério, então não há nada que eu possa descobrir :-) E também não há razões para metralhar :-)

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os escribas disseram