terça-feira, maio 09, 2006

A propósito de Caminho


"Caminante no hay camino, se hace camino al andar... "

António Machado
*
A propósito do caminho do José. - http://colacojose.blogspot.com/ -

6 comentários:

  1. (...) Fernão Gaivota passou o resto dos seus dias sozinho, mas voou muito além dos Penhascos Longínquos. A solidão não o entristecia. Entristecia-o que as outras gaivotas se tivessem recusado a acreditar na glória do vôo que as esperava. Recusavam-se a abrir os olhos e a ver.

    Richard Bach

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  2. pois é José... o nosso caminho nem sempre, e quase sempre, é igual ao dos outros!!
    Daí a glória do caminho de alguns!

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  3. Soltei a voz ao vento,
    deixei o rio correr
    e fiz tudo o que eu bem quis,
    a meu contento.

    E o rio correu, que a voz sou eu
    e o que eu quiser e ao que eu me der,
    que a vida só se dá para quem se deu.

    No espelho em que me vejo,
    não vejo nem sombras nem medos.
    Eu só vejo o que eu desejo.

    E habito assim, o mais em mim,
    na claridade, da realidade.
    Que o medo de ter medos tem seu fim.

    E abri as asas
    e fui voar
    e fui ser tudo o que eu sempre quis.
    Que o meu limite
    sou eu que traço
    e que desfaço
    sempre que eu assim quiser.
    (Mafalda Arnauth - Sem Limite)

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  4. É verdade que o caminho se faz a andar.
    Julgo, porém, que não somos tão livres como o Fernão Capelo Gaivota.
    É que os trilhos vão-se fazendo por onde passam mais caminhantes e os que vêm a seguir têm a tendência de seguir pelos trilhos já “desenhados”.
    Os primeiros a passar são tão livres como os que voam, os outros só o conseguem ser se não olharem para baixo.

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  5. Missão cumprida Morgana. Esqueci deixar contrasenha.
    Fica aqui.

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  6. Caminho II

    Encontraste-me um dia no caminho
    Em procura de quê, nem eu o sei.
    "Bom dia, companheiro"- te saudei,
    Que a jornada é maior indo sozinho.

    É longe, é muito longe, há muito espinho!
    Paraste a repousar, eu descansei...
    Na venda em que poisaste, onde poisei,
    Bebemos cada um do mesmo vinho.

    É no monte escabroso, solitário.
    Corta os pés como a rocha dum calvário,
    E queima como a areia!... Foi no entanto

    Que chorámos a dor de cada um...
    E o vinho em que choraste era comum:
    Tivemos que beber do mesmo pranto.

    Camilo Pessanha

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os escribas disseram