domingo, novembro 18, 2007


Amo-te tanto meu amor... não cante

O humano coração com mais verdade...

Amo-te como amigo e como amante

Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante

E te amo além, presente na saudade.

Amo-te, enfim, com grande liberdade

Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente

De um amor sem mistério e sem virtude

Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde

É que um dia em teu corpo de repente

Hei de morrer de amar mais do que pude.



(Vinicius de Moraes)

3 comentários:

  1. Tira o fôlego, Vinicius...
    ...
    ..

    É perante poemas como este que ainda me rendo à evidência de que o amor (feliz) é possível...

    Raro... muito raro... mas possível.

    ResponderEliminar
  2. É verdade NI.
    E não há amor se não for feliz.
    Muita gente não sabe é amar.
    Um bj amiga.

    ResponderEliminar

os escribas disseram