quarta-feira, setembro 06, 2006

O Poema



Trabalho o poema sobre uma hipótese:
o amor que se despeja no copo da vida, até meio, como se o pudéssemos beber de um trago.
No fundo, como o vinho turvo, deixa um gosto amargo na boca.
Pergunto onde está a transparência do vidro, a pureza do líquido inicial, a energia de quem procura esvaziar a garrafa; e a resposta são estes cacos que nos cortam as mãos, a mesa da alma suja de restos, palavras espalhadas num cansaço de sentidos.
Volto, então, à primeira hipótese.
O amor.
Mas sem o gastar de uma vez, esperando que o tempo encha o copo até cima, para que o possa erguer à luz do teu corpo e veja, através dele, o teu rosto inteiro.
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Nuno Júdice
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4 comentários:

  1. De copo na mão... vive l'amour et la poésie!

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  2. Eu prefiro um grande copo de água...
    fresca e límpida...
    para ver a alma e beber emoções...

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  3. Mas.. um bom vinho.....
    De primeira água....

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  4. Aqui estou num Palmela.
    Alguém é servido?

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os escribas disseram