segunda-feira, agosto 14, 2006

Androgenia




















Embriagaste-me de palavras minhas
Palavras tantas vezes caladas
Mordidas na noite

Ouvi-te e o fogo consumiu-me
Incendiando o desejo até a dor se tornar intolerável
Percorrendo-me

Em delírio vi brilhar as tuas luzes
Na planície alentejana
Rendi-me

Escorrendo dos teus dedos o meu Eu
Atingiu-me violento
Rompendo das profundezas de mim
Num outro eu que eras Tu

Andrógina surgi assim
Reinventada
Nesta loucura de palavras

IB
.

( O modo andrógino corresponde à expressão original do ser. ACCB)

3 comentários:

  1. Bonito e forte.
    A imagem está muito bem escolhida.

    Andrógina permaneci
    embriagada
    na chama dos nossos poemas dançantes...
    nesta noite só nossa
    onde nasceremos de novo
    ao nascer da aurora.

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  2. Qdo a comunhão entre dois seres é plena...ambos se sentem um só.

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os escribas disseram