É, sem dúvida, um grande poema, do grande Torga. Depois das palavras gastas ficam as palavras caladas, que engolimos, secas, sem a fluidez dos risos partilhados, das cumplicidades anunciadas, aos outros vedadas. É o monólogo ao ritmo desenfreado da emoção que tem raízes fundas, tão fundas, na nossa essência. Lá, onde os portões para a rota do voo sincronizado permanecem entreabertos... na esperança de que num momento de eternidade alguém ouse ousar amar.
Sabes Ni, por vezes... falamos, falamos, tentamos convencer-nos de que não é o que queremos, dizemos tudo o que não devemos, somos irónicos e não era nada disso que queriamos... Tentamos apenas convencer-nos de que não nos amam ou não amamos... Negam-se as evidências...
Ou então... gastaram-se as palavras porque elas nunca foram nada... porque nunca disseram nada... eram apenas frases feitas, sons repetidos,... sem conteúdo... Poderá ser?
E no entanto, de olhos fechados continuo a ver-te...
ResponderEliminarÉ, sem dúvida, um grande poema, do grande Torga.
ResponderEliminarDepois das palavras gastas ficam as palavras caladas, que engolimos, secas, sem a fluidez dos risos partilhados, das cumplicidades anunciadas, aos outros vedadas.
É o monólogo ao ritmo desenfreado da emoção que tem raízes fundas, tão fundas, na nossa essência. Lá, onde os portões para a rota do voo sincronizado permanecem entreabertos... na esperança de que num momento de eternidade alguém ouse ousar amar.
Abraço de vento
Ni*
Sabes Ni, por vezes... falamos, falamos, tentamos convencer-nos de que não é o que queremos, dizemos tudo o que não devemos, somos irónicos e não era nada disso que queriamos...
ResponderEliminarTentamos apenas convencer-nos de que não nos amam ou não amamos...
Negam-se as evidências...
Ou então... gastaram-se as palavras porque elas nunca foram nada... porque nunca disseram nada... eram apenas frases feitas, sons repetidos,... sem conteúdo...
Poderá ser?