quinta-feira, dezembro 15, 2005

A curva do teu joelho


Ponho um beijo
demorado
no fogo do teu joelho
.
Desço-te a perna arrastando
a saliva pelo meio
.
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
.
Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo
.
Em torno um mar
tão revolto
no cimo o cume do tempo
.
E os lençois desalinhados
como se fosse
de vento

Maria Teresa Horta

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