terça-feira, dezembro 27, 2005

Ao Joeiro que mo mandou


Tome lá um poema:

«A um poeta
-
Tu que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares
Longe da luta e do fragor terreno
.
Acorda!
é tempo!
O sol, já alto e pleno
Afuguentou as larvas tumulares...
Pra surgir do seio desses mares,
Um mundo nove espera só um aceno...
.
Escuta!
é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem!
são canções...
Ergue-te, pois,
soldado do Futuro
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador,
faze espada de combate!

***
Antero de Quental

2 comentários:

  1. ta lindo o poema...
    nao sei mesmo o que dizer...fiquei sem palavras...

    beijinhos****

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os escribas disseram