terça-feira, novembro 06, 2007

Lisboa pela manhã com o sol a sorrir-lhe nos olhos.
A R. do Ouro banhada do reflexo do rio ao fundo e, as decorações de Natal já penduradas ao cimo em riscos de estrelas com caudas amarelas.

Não há ar de Natal ainda. É antes um Verão de S. Martinho que me sorri. Sinto-me feliz, feliz porque a minha Lisboa tem um ar de alma limpa e olhos gaiatos.

Não cheira a Primavera nem às manhãs frescas de Verão, aliás os 24º anunciados para hoje, fazem já sentir que o Verão é apenas o das castanhas assadas, mas Lisboa é alegre e feliz e alivia-me a alma...enche-me a alma de Luz.

Não, nenhuma cidade é como Lisboa.... E o que eu gosto de chegar à Praça do Município e encarar de frente com a Sé ao fundo recortada por entre os perfis dos prédios velhos como óleos antigos expostos em galerias de arte.

Ai que bem que eu fico quando a calçada portuguesa ressoa sob os saltos altos... E respiro fundo, porque Lisboa é gaiata, é tela, é aguarela, é rio, é fado, é Sé ao fundo...onde casei...é a minha infancia de mãos dadas com o meu pai avenida acima, é o Parque Eduardo VII e os baloiços onde me imaginava num avião de sonhos, é o Castelo onde corria e sonhava com principes encantados...

É a terra onde nasci cresci e continuo a viver.

-Bom Dia Lisboa!
ACCB

9 comentários:

  1. Giro, gostei e senti, embora nao tenha nascido nessa belíssima cidade. Cumprimentos.

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  2. Lisboa é linda, cidade onde gosto de me perder durante horas sem rumo, percorrendo as suas ruas. Lindo o texto, a nossa terra, ou cidade, é sempre a melhor, tras-nos as nossas memórias.

    Beijos.

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  3. Cleo, tens mesmo razão,
    Lisboa é uma cidade romântica.

    A minha cidade!

    Deixo mimos

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  4. Belas palavras para a minha cidade :)

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  5. Uma carta de amor… e Lisboa bem as merece.

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  6. Lisboa é tudo isso. Até entrou sol pelo ecrã.

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  7. Lisboa Menina e Moça
    Carlos do Carmo
    Composição: Ary dos Santos e Paulo de Carvalho

    No castelo, ponho um cotovelo
    Em Alfama, descanso o olhar
    E assim desfaz-se o novelo
    De azul e mar
    À ribeira encosto a cabeça
    A almofada, na cama do Tejo
    Com lençóis bordados à pressa
    Na cambraia de um beijo

    Lisboa menina e moça, menina
    Da luz que meus olhos vêem tão pura
    Teus seios são as colinas, varina
    Pregão que me traz à porta, ternura
    Cidade a ponto luz bordada
    Toalha à beira mar estendida
    Lisboa menina e moça, amada
    Cidade mulher da minha vida

    No terreiro eu passo por ti
    Mas da graça eu vejo-te nua
    Quando um pombo te olha, sorri
    És mulher da rua
    E no bairro mais alto do sonho
    Ponho o fado que soube inventar
    Aguardente de vida e medronho
    Que me faz cantar

    Lisboa menina e moça, menina
    .... .... ....

    Também a minha cidade! Morei perto da Sé e na Av.liberdade
    Agora fui "escorraçado" pelos políticos da Camara de Lisboa que tudo fizeram para que as pessoas dessem lugar aos escritórios.
    Ai... que saudades!
    Bjos e parabéns por nos avivares esta memória

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  8. Adorei este seu texto!

    Tenho de comentá-lo com mais tempo... estou a meio de uma contestação e vim dar uma "espreitadela"...

    Ai que saudades da Lisboa de meus pais! Que saudades deles! Que saudades do meu avô!

    Que saudades de tudo o que houve de bom!


    Meus Deus, estou quase a chorar...

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os escribas disseram